Dachshund Kaninchen Pelo Curto
Nome da Raça
Dachshund Kaninchen Pelo Curto
Porte
Pequeno
Peso
Fêmeas: 7-14 kg Machos: 7-14 kg
Altura na Cernelha
Fêmeas: 20-23 cm Machos: 20-23 cm
Nível de atividade
Moderada
Temperamento
Inteligentes, determinados, dominantes, curiosos, independentes
Adestrabilidade
Moderada
Introdução
Origem
Acredita-se que a origem da raça Dachshund se deu na Alemanha, por volta do século XV, no entanto, estes cães apareceram na arte egípcia do Egito Antigo e os restos de um cão do tipo Dachshund foram encontrados com restos de naufrágio na Itália, que remontam ao século I d.C.
O padrão de raça alemã foi estabelecido em 1879 e o clube da raça estabelecido em 1888. Dachshunds foram exportados para a Grã-Bretanha com o príncipe Albert e tornaram-se populares na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos ao longo do século XIX. Durante a Primeira Guerra Mundial, a raça perdeu popularidade nesses países, devido às origens germânicas, no entanto, os preconceitos foram postos de lado e o cão é novamente um animal de estimação favorito e companheiro de caça. Dachshunds anões foram historicamente usados para caçar coelhos.
O Dachshund, também chamado de Dackel ou Teckel, é conhecido desde a Idade Média. Criavam-se, nessa época, muitos cães descendentes de Bracos que eram especialmente bons para a caça debaixo da terra. Desses cães providos de pernas curtas evoluiu-se o Dachshund, que foi reconhecido como uma das mais versáteis e úteis raças de caça. Ele também mostra excepcional trabalho sobre a terra, caçando silenciosamente, além disso, possui alto instinto de busca seguindo animais feridos.
O Clube mais antigo para Teckel é o “Deutsche Teckelclub”, fundado em 1888. Durante décadas, o Dachshund tem sido criado em 3 diferentes tamanhos (Teckel Standard, Teckel Anão e Kaninchen) e em 3 diferentes pelagens (Pelo Curto, Pelo Duro e Pelo Longo)..
Nome original
Dachshund Kaninchen (Smooth)
País de origem
Alemanha
Características gerais
Aspectos raciais
A aparência geral do Dachshund é de um cão baixo, de pernas curtas, comprido, mas compacto, bem musculoso, com atitude imponente, de cabeça e expressão atenta. Apesar das pernas curtas em relação ao corpo comprido, é muito vivo e ágil.
Sua cabeça é alongada, vista de cima e de perfil. Afinando gradualmente para a trufa, mas nunca pontuda. Arcadas superciliares claramente definidas. Cana nasal longa e estreita. Na região craniana, o crânio é plano, fundindo-se gradualmente com uma cana nasal ligeiramente arqueada.
Na região facial, a rufa é bem desenvolvida com focinho longo, suficientemente largo e forte. Pode ser bem aberto até a inserção dos olhos. Lábios: Bem aderentes cobrindo bem a mandíbula. Maxilares superior e inferior bem desenvolvidos. Mordedura em tesoura firmemente fechada.
O ideal para o padrão da raça são 42 dentes de acordo com a fórmula dentária, com fortes caninos ajustados entre eles. Olhos: Tamanho médio, ovais, bem afastados, com expressão enérgica, contudo amigável. Não penetrante. Cor brilhante, do marrom avermelhado escuro até o marrom enegrecido em todas as cores do pelo.
Olhos porcelanizados, olhos de peixe ou perolizados em cães marmorizados não são desejados, mas podem ser tolerados. Orelhas: Inseridas altas, não muito para a frente. Suficientemente longas, mas não exageradas. Arredondadas; não estreitas, pontiagudas ou dobradas; com as bordas da frente bem rentes às faces.
O pescoço é suficientemente comprido, musculoso. Pele da garganta bem aderente. Ligeiramente arqueado, livre e portado alto. A linha superior do tronco se funde harmoniosamente da nuca até a garupa ligeiramente inclinada. Cernelha: Pronunciada.
Dorso: Após a cernelha, que é alta, é reto ou ligeiramente inclinado para trás. Firme e bem musculoso. Flancos: Fortemente musculosos. Suficientemente longos. Garupa: Larga, suficientemente longa e ligeiramente inclinada. Joelhos: Largos e fortes e muito bem angulados. Pernas: Curtas, quase a um ângulo reto com as coxas. Bem musculosas.
Articulação do jarrete: Seca, com fortes tendões. Jarretes: Relativamente compridos, bem articulados com as pernas. Ligeiramente curvados para a frente. Patas: Quatro dedos bem fechados e bem arqueados, pisando por inteiro sobre suas fortes almofadas.
A movimentação padrão da raça deve cobrir bem o solo. É fluente e enérgica, com passadas de frente sem levantar muito e o movimento dos posteriores deve transmitir uma ligeira elasticidade para a linha do dorso. A cauda pode ser portada em prolongamento harmonioso com a linha do dorso, ligeiramente inclinada.
Na movimentação, anteriores e posteriores são paralelos. A pele de todas as variações da raça é bem aderente. O Dachshund de pelo curto, como o nome já diz, tem o pelo curto, denso, brilhante, assentado, cerrado e áspero. Não possui nenhuma área sem pelo.
A cauda é fina, cheia, mas não abundantemente coberta. Pelos um pouco mais longos na parte inferior da cauda não é um defeito. A cor do pelo pode ser unicolor, bicolor ou arlequim. Unicolor: vermelho, amarelo avermelhado, amarelo, todos com ou sem pelos pretos entremeados. A cor sólida é preferível e o vermelho é melhor do que o amarelo avermelhado ou amarelo.
Cães com muitos pelos pretos entremeados também são classificados como cores sólidas e não como outras cores. Trufa e unhas pretas. Bicolor: Preto profundo ou marrom com manchas ferrugem (castanha) ou amarela sobre os olhos, nas laterais do focinho, descendo até a mandíbula, no interior das orelhas, no antepeito, nas partes internas e traseiras dos posteriores, nas patas, na região do ânus e no terço proximal da face ventral da cauda. Trufa e unhas pretas em cães pretos, marrom nos cães de cor marrom.
O branco não é desejado, mas algumas pequenas manchas não desqualificam. Marcas muito extensas de castanho ou amarelo são indesejáveis. Arlequim (tigrado manchado, manchado): A cor básica é sempre a cor escura (preto, vermelho, cinza).
São desejadas manchas irregulares de cor cinza ou bege (manchas extensas não são desejadas). Nem as cores escura ou clara devem ser predominantes. A cor do Teckel é vermelha ou amarela com listras escuras. A cor da trufa e das unhas é a mesma que a dos sólidos e a dos bicolores.
Pelo
Curto
Comportamento e cuidados
Comportamento e cuidados
Uma das palavras mais associadas ao Dachshund é a "determinação". O padrão da raça descreve-o como inteligente, animado e corajoso. Este é um cão que nunca desiste. Entretanto, cada tipo tem uma personalidade distinta. Um mini Dachshund não é menos determinado, simplesmente porque ele é menor.
O Dachshund de pelo curto costuma ser arteiro, o de pelo duro mais agitado e arteiro e de pelo longo um pouco mais tranquilo e silencioso. Os Dachshunds podem ser teimosos, curiosos, independentes, mas nunca serão tímidos. Ele é um excelente cão de guarda. Treinando bem um Dachshund, ele pode se tornar um grande competidor em provas de obediência e outros esportes para cães. É apenas uma questão de encontrar o que o motiva.
Normalmente, os alimentos funcionam, mas os Dachshunds têm sua própria maneira de pensar e não importa o quão bom são os petiscos, às vezes seus desejos simplesmente não coincidem com o que você está pedindo para eles fazerem. Treinar um Dachshund exige paciência, consistência e um grande senso de humor.
Outra característica importante é que eles adoram cavar. É o que eles nasceram para fazer, afinal. Só porque eles vivem em uma casa com você não significa que eles não tenham mais o instinto de escavação. Se possível, dê ao seu Dachshund seu próprio lugar para cavar em seu quintal.
Quando nada mais estiver disponível, você pode encontrá-lo bagunçando os cobertores nas camas. Dachshunds adoram comer, seu apetite pode ser descrito como voraz. Se tiverem a oportunidade, eles comerão até ficarem doentes. Dachshunds obesos são mais propensos a desenvolverem doenças musculoesqueléticas. Sua alimentação deve ser sempre controlada, por toda a sua vida, e deverão realizar exercícios diários para evitar o sobrepeso. Ele ficará satisfeito com alguns passeios curtos diariamente, mas é capaz de caminhadas longas também.
Caminhadas não são a única maneira de exercitar um Dachshund, ele é um cão versátil que vai adorar brincar de caçar no campo, trabalhar como cão de terapia em lares de idosos e hospitais e correr por uma pista de obstáculos em agility para cães.
É necessária uma socialização precoce para acostumá-los com crianças, estranhos e outros animais. Eles são uma raça que se torna bastante apegada à sua família e geralmente um membro da família em particular, portanto, eles serão menos amigáveis com estranhos.
A socialização precoce é necessária para que ele aprenda a se dar bem com gatos e outros cães. A socialização também ajudará a superar sua cautela natural com estranhos.
Esta raça precisa ser escovada pelo menos uma vez por semana para remover os cabelos pois tendem a perder muito pelo. Não é necessário tosar o pelo. Mantenha as orelhas caídas do Dachshund limpas e secas. O resto trata-se de cuidados básicos como alimentação de boa qualidade, idas periódicas ao veterinário e escovação dentária semanal.
Sensibilidade a fármacos
Não foram encontrados em literatura relatos de sensibilidade à fármacos específicos relacionados à raça em questão.
Predisposição à doenças
Cardiovasculares
Doença valvar mitral:
- Prolapso de valva mitral é comum nesta raça.
Dermatológicas
Displasia folicular de pelame preto:
- Rara;
- Início precoce.
Celulite juvenil canina:
- Provavelmente, há fator hereditário envolvido;
- Início entre 1 e 4 meses de idade.
Dermatose linear pustular canina mediada por IgA:
- Muito rara;
- Idiopática;
- Acomete adultos de ambos os sexos.
Alopecia em pavilhão auricular
- Machos mais acometidos que fêmeas;
- Início entre 6 a 9 meses de idade.
Paniculite nodular estéril idiopática:
- Causa múltiplas lesões;
- Fêmeas mais predispostas.
Dermatite por Malassezia:
- Condição comum;
- Acomete qualquer idade;
- Pode ser sazonal.
Onicodistrofia:
- Doença idiopática e simétrica nesta raça;
- Ocorre de 2 a 6 anos de idade.
Pênfigo foliáceo:
- Doença incomum;
- Não há predisposição sexual;
- Idade média de acometimento: 4 anos.
Pododermatite:
- Pode acometer qualquer idade e ambos os sexos;
- Machos mais predispostos;
- Patas da frente são mais usualmente acometidas.
Seborréia primária:
- Provavelmente possui fator hereditário;
- Sinais ocorrem em cães jovens e podem piorar a medida que o cão envelhece.
Vasculite:
- Incomum;
- Reação tipicamente do tipo III.
Endócrinas
Diabetes Mellitus:
- Idade média de acometimento: 4 a 14 anos;
- Fêmeas inteiras e mais velhas são mais predispostas.
Hiperadrenocorticismo:
- Idade média de acometimento: 10 anos.
Hipotireoidismo:
- Pode ocorrer em animais jovens (2 a 3 anos de idade);
- Machos e fêmeas castrados são mais predispostos.
Fisiológicas
Hipocondroplasia:
- Aceitado como um padrão da raça.
Gastrointestinais
Gastroenterite hemorrágica
Hematológicas e imunológicas
Hemofilia A (Dachshund Miniatura)
- Deficiência moderada do fator VIII de coagulação na raça.
Trombocitopenia imunomediada (Dachshund Pelo Longo):
- Condição comum;
- Provavelmente possui fator hereditário na raça;
- Fêmeas mais acometidas que machos.
Deficiência de imunoglobulina:
- Condição incomum;
- Pode causar pneumonia protozoótica (Pneumocystis carinii);
- Associada a baixos níveis de IgG.
Deficiência de piruvato-quinase:
- Causa anemia hemolítica regenerativa crônica.
Musculoesqueléticas
Herniação perineal:
- Machos inteiros são mais predispostos;
- Condição comum.
Pes varus:
- Deformidade tibial distal;
- Visto em animais entre 5 e 6 meses de idade.
Neoplásicas
Tumor adrenocortical:
- Resulta em hiperadrenocorticismo;
- Fêmeas são mais acometidas.
Adenocarcinoma de saco anal:
- Idade média de acometimento: 10 anos.
Histiocitoma cutâneo canino:
- Idade média: 3.6 anos;
- Acomete principalmente cabeça, pavilhão auricular e membros.
Mastocitoma:
- Pode ser visto em qualquer idade a partir dos 4 meses, mas geralmente é visto em animais mais velhos;
- Sítios de predileção incluem membros traseiros, períneo e escroto.
Tumor pituitário:
- Resulta em hiperadrenocorticismo.
Tumores de glândula sebácea:
- Idade média: 10 anos;
- Sítio comum: cabeça.
Carcinoma de células escamosas no dígito:
- Acometimento maior em cães de meia-idade a idosos.
Neurológicas
Miastenia gravis congênita:
- Condição rara;
- Sinais clínicos podem aparecer entre os 6 e 9 semanas;
- Acredita-se em fator hereditário.
Surdez congênita:
- Prevalência na raça ainda desconhecida;
- Suspeita-se que tenha caráter hereditário.
Epilepsia idiopática:
- Possui fator hereditário;
- Idade média de aparecimento dos sinais clínicos: 6 meses a 6 anos;
- Condição comum.
Doença do disco intervertebral:
- Condição comum;
- Acomete cães adultos.
Doença de armazenamento lisossomal – lipofuscinose ceróide:
- Rara;
- Suspeita-se de fator hereditário;
- Sinais vistos entre 3 e 7 anos nesta raça.
Narcolepsia / Catalepsia:
- Aparecimento dos sinais clínicos: antes de 1 ano de idade.
Neuropatia sensorial:
- Suspeita-se de fator hereditário;
- Rara;
- Sinais vistos entre 8 e 12 semanas.
Oftálmicas
Catarata:
- Suspeita-se de fator hereditário.
Ceratite crônica superficial:
- Idade média: 2-4anos;
- Suspeita-se de fator hereditário.
Coloboma (íris e nervo óptico):
- Congênito;
- Pode estar relacionado à microftalmia e múltiplos defeitos oculares.
Distrofia de córnea:
- Suspeita-se de fator hereditário;
- Início dos sintomas: 9 a 11 anos.
Distiquíase:
- Condição comum.
Cílios ectópicos:
- Condição incomum.
Atrofia retiniana progressiva generalizada
Glaucoma primário:
Defeitos oculares múltiplos:
- Pode incluir: microftalmia, microcórnea, catarata e colobomas.
Lipofuscinose neuronal ceróide
Hipoplasia de nervo óptico:
- Congênito;
- Não se sabe se há fator hereditário;
- Condição incomum.
Renais e urinárias
Urolitíase:
- Cálculos de cistina;
- Cistinúria resulta de um defeito hereditário no transporte da cistina em túbulo renal, predispondo a urolitíase por cistina.
- Cães jovens são mais acometidos (2 a 5 anos);
- Machos mais acometidos.
Reprodutivas
Criptorquidismo
Distocia:
- Na raça, pode ser causada canal pélvico estreito da fêmea e inércia uterina.
Respiratórias e pneumológicas
Estenose nasofaríngea
Pneumonia devido infecção secundária por Pneumocystis carinii
Referências bibliográficas
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FOGLE, B. Guia Ilustrado Zahar Cães. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. 344 p.
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