História
Os contatos entre os franceses e o Brasil eram registrados desde o início do século XVI – através de navegadores, aventureiros, comerciantes, soldados e missionários católicos ou protestantes.
A presença francesa na costa do Nordeste foi tão intensa e ameaçadora que Portugal apressou sua decisão de efetivar a colonização do Brasil, implementando o sistema de Capitanias Hereditárias (donatárias), em 1534-36, que marca o início da colonização sistemática. Contudo, foi muito difícil concretizar a colonização do Brasil uma vez que as tribos indígenas resistiam e a presença Francesa se fazia notada com a pratica de tráfico do pau-brasil.
A partir de então, surgiram vários conflitos de guerra oriunda das tentativas de conquistar a Paraíba, de um lado, os Portugueses e do outro os Franceses, ambos querendo se apoderar das riquezas do Brasil, restando aos indígenas apenas a tentativa de lutar pela sobrevivência e sua liberdade.
Os franceses negociaram com os portugueses e os indígenas, mediante pagamento, a construção de um fortim na Ilha de Ascensão (Itamaracá), rebatizada de “Ile Saint Alexis”, em substituição a Feitoria de Pernambuco arrasada pelo bombardeio. Durante a construção do “Forte Alexis” na Ilha de Ascensão, Dupéret tratou de estabelecer relações comerciais com as tribos indígenas próximas e reuniu uma grande carga. Em pouco tempo a “La Pèrine” partia com sua carga, deixando para trás o capitão La Motte e cerca de 70 homens para a defesa do fortim recém-construído. Porém, em agosto daquele mesmo ano, próximo ao porto de Marselha na Espanha, a “La Pèrine” foi capturada pelos portuguese, através de um ardil, sem combates. Os tripulantes presos e a carga apreendida foram enviados para Portugal. A captura desse navio com uma carga de mais de 15.000 toras de pau-brasil, 3.000 peles de onça, 600 papagaios, aproximadamente duas toneladas de algodão outras mercadorias, e a existência do Fortim Francês no Brasil, levaram o Rei de Portugal, João III, a enviar Pero Lopes de Sousa, que retornava de sua expedição a “Bacia do Prata”, para ir apressadamente a este forte, para destruí-lo, apreender as mercadorias e massacrar os homens da guarnição. O fortim é conquistado após um cerco de 18 dias. La Motte e alguns soldados são executados, 2 soldados são entregues aos canibais e os restantes são presos e enviados para Portugal. Pero Lopes mandou reconstruir a Feitoria de Pernambuco e guarneceu o fortim francês (Feitoria de Itamaracá) com alguns homens sob o comando de Francisco de Braga.
A conquista da Paraíba se deu no final de tudo através da união de um português e um chefe indígena chamado Piragibe, palavra que significa Braço de Peixe.
Com o fim desses conflitos, o Brasil se tronou independente e as cortes francesas e portuguesas que atacavam o nordeste, a grande maioria deles, tiveram que voltar a seus países. No entanto,Martim Leitão trouxe pedreiros, carpinteiros, engenheiros e outros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves. Com o início das obras, Leitão foi a Baía da Traição expulsar o resto dos franceses que permaneciam na Paraíba. Leitão nomeou João Tavares para ser o capitão do Forte. Paraíba foi a terceira cidade a ser fundada no Brasil e a última do século XVI.
Gilson Oliveira
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Para%C3%ADba#Os_franceses
https://www.pm.pb.gov.br/arquivos/Historia_da_Paraiba.pdf