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Segunda Guerra dos Barões – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Segunda Guerra dos Barões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Segunda Guerra dos Barões
Data 1264 - 1267
Local Inglaterra
Casus belli Infração das Provisões de Oxford
Desfecho Vitória Monárquica
Mudanças territoriais Status quo ante bellum
Beligerantes
Tropas Baronesas Tropas Reais
Comandantes
Simão de Montfort

Pedro de Montfort

e outros barões
Henrique III
Príncipe Eduardo
Ricardo da Cornualha

A Segunda Guerra dos Barões (1264 - 1267) foi uma guerra civil na Inglaterra entre as tropas de vários barões ingleses, liderados por Simão de Montfort, contra as tropas reais lideradas pelo Príncipe Eduardo (depois rei Eduardo I).

O reinado de Henrique III é sempre lembrada por um período de lutas civis, provocadas pelo próprio pelas demandas de finanças extras. Mas também é marcada pela grande insatisfação dos barões ingleses pela metodologia de governo, descontentes pela ampla fome.

O francês de nascença Simão de Montfort foi, originalmente, um dos conselheiros estrangeiros de Henrique, mas após se casar com a irmã do rei (Eleanor) sem consultá-lo, a relação de ambos acabou se distanciando. Seu relacionamento alcançou o ápice da crise em meados de 1250, quando Montfort foi mandado a julgamento por ter tomado ações como tenente na Gasconha, o último território Plantageneta além do Canal da Mancha.

Henrique também se envolveu no financiamento de uma guerra contra Hohenstaufen, na Sicília, a favor do papa. Em troca, ele receberia um título para o seu segundo filho, Edmundo Crouchback, e essa aproximação gerou um receio entre os barões que achavam que Henrique estava seguindo os passos do seu pai, o rei João I de Inglaterra. Assim como o seu pai, Henrique precisava ser contido. Simão, conde de Leicester, se tornou líder daqueles que queria forçar o rei a reassinar a Magna Carta, forçando-o a passar mais poderes ao conselho dos barões. Em 1258, sete barões forçaram Henrique a concordar com as Provisões de Oxford, o qual iria abolir efetivamente a monarquia absolutista anglo-normanda, dando o poder para o conselho de quinze barões para negociar os Negócios do Governo e prover um encontro de parlamento a cada três anos, para monitorar sua performance.

Henrique foi forçado a se comprometer em um juramento coletivo de manter as Provisões de Oxford. No anos seguintes, aqueles que apoiavam Montfort e aqueles que eram leais ao rei cresceram mais e se tornaram mais divididos. Henrique obteve a Bula pontifícia em 1261, deixando-o livre do juramento e ambos os lados começaram a preparar seus exércitos: as tropas reais sob o comando de Edward Longshanks, o filho mais velho de Henrique. Logo em seguida, começou uma guerra civil.

Curso da guerra

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O carismático Montfort e suas tropas capturaram a maior parte do sudeste da Inglaterra em 1263 e, na Batalha de Lewes em 1264, Henrique foi derrotado e feito prisioneiro pelo exército de Montfort. Enquanto Henrique era reduzido a um rei figurativo, Montfort estendeu a representação parlamentar para incluir grupos além da nobreza, como membros de cada condado da Inglaterra e muitas das importantes cidades. Henrique e Eduardo continuaram com a prisão domiciliar. O curto período que se seguiu foi o mais próximo que a Inglaterra chegou em abolir completamente a monarquia antes do período da Comunidade da Inglaterra em 1649-1660 e muitos dos barões que o apoiavam, começaram a achar que Montfort havia ido longe demais com as suas reformas.

Somente quinze meses depois da vitória de Montfort, o cenário se inverteu quando Edward Longshanks escapou do seu cativeiro, para liderar os leais ao rei em uma nova guerra, derrotando e matando Montfort na Batalha de Evesham em 1265. Seu filho, Simão, tentou uma negociação de rendição, mas foi negada pelos barões leais á Montfort. O impasse levou aos seis meses de Cerco de Kenilworth, onde o rei prevaleceu. As tropas de Montfort foram autorizadas a deixarem o castelo com suas armas e cavalos.[1]

Logo após a vitória, os rebeldes foram suprimidos e a ordem foi restaurada em favor ao rei Henrique.[2] As mortes nessa guerra chegam a 15 000.

Referências

  1. Conduit, Brian. Battlefield Walks in the Midlands. Sigma Leisure. pp. 12.
  2. Sir Maurice Powicke, The Thirteenth Century 1216-1307, chapter 5