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Noé

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Noé (desambiguação).
Noé
Noé
O Sacrífico de Noé (c. 1847–1853), de Daniel Maclise
Servo de Deus; Santo Patriarca; Profeta; Construtor da Arca; Pai da Justiça; Da Raiz de David
Nascimento 2948 a.C. [a] na Mesopotâmia
Morte 1998 a.C [a] no Monte Ararate
Veneração por todas as religiões abraâmicas
Portal dos Santos

Nas religiões abraâmicas, Noé, Noha (do aramaico ܢܘܚ, "dormir, descanso")[1][2] ou Noach (do hebraico: נח, "descanso, alívio, conforto") é o herói bíblico que recebeu ordens do Deus abraâmico para a construção de uma arca, para salvar a Criação do Dilúvio. De acordo com o Pentateuco, os cinco primeiros livros do tradicional Antigo Testamento da Bíblia escritos por Moisés[3][carece de fonte melhor],Noé era filho de Lameque, que era filho de Matusalém, que era filho de Enoque, que era filho de Jarede, que era filho de Malalel, que era filho de Cainã, que era filho de Enos, que era filho de Sete, que era filho de Adão, que era criação do Deus abraâmico.

A mulher de Noé (Gênesis 6:18; 7:7, 13; 8:16, 18), segundo a tradição judaica não bíblica, é chamada de Noéma ou Naamá (Na'amah - cheia de beleza) uma mulher cananita. Há quem a identifique como proveniente da descendência de Caim, sendo irmã de Tubalcaim que era filho de Lameque. O seu nome não vem mencionado no Pentateuco ou no Torá, na história de Noé. No livro dos Jubileus, o seu nome é conhecido por Enzara e seria sobrinha do Patriarca.

Contudo o personagem carece de evidências históricas sólidas. A estória de Noé por seus elementos fantásticos pertencem ao campo da mitologia.

Noé possui paralelos com os mitos de Gilgamés e Deucalião.

O nascimento de Noé

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Ver artigo principal: Livro de Enoque

O nascimento de Noé é relatado no livro apócrifo de Enoque e relata a história de uma estranha criança. Conta a história que Matusalém escolheu uma esposa para o seu filho Lameque e esta ficou grávida de um filho. Quando este nasceu repararam que era um bebê muito diferente dos outros e o seu pai teve medo. Ao ter medo, dirigiu-se a Matusalém para lhe contar o sucedido e disse-lhe:

"Eu tive um filho estranho, diferente de qualquer homem, e a sua aparência é como a dos filhos do Senhor do céu; e a sua natureza é diferente e não é como um de nós."

(Enoque 106:7)

Matusalém, ouvindo isto, viajou para longe, ao encontro de Enoque e contou-lhe o sucedido e este, ouvindo tudo, lhe respondeu: "O Senhor fará algo de novo na terra, porque na geração de meu pai Jarede, alguns dos Anjos do Senhor transgrediram a palavra do Senhor e a sua lei, e uniram-se pecaminosamente com as filhas dos homens e tiveram filhos. Estes filhos resultantes desta união foram gigantes, não de acordo com o espírito mas de acordo com a carne. Por isto,o Senhor destruirá a Terra com um grande dilúvio e haverá grande destruição e castigo. E este filho que nasceu de teu filho será salvo, e os seus filhos com ele. E toda a humanidade restante morrerá." (Enoque 106:13-17)

Os livros de Enoque e esta história não foram aceitos pelos Judeus, porque, segundo a sua doutrina, os Anjos não se poderiam misturar com as mulheres comuns. Além disto, Matusalém não poderia ter feito qualquer menção a respeito de Noé a Enoque, pois este já não podia ser encontrado mesmo alguns anos antes do nascimento de Noé, conforme a Bíblia, no capítulo 5 do Livro de Gênesis, versículos 21 a 29. Afirma-se entretanto que a origem deste episódio, estaria na Bíblia, em uma das interpretações para os versículos 1 e 2 do capítulo 6 do livro de Gênesis.

Narrativa bíblica

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Noé amaldiçoando seu neto Canaã, gravura de Gustave Doré (1832–1883)

A história de Noé encontra-se no livro de Gênesis, sendo seu nome mencionado pela primeira vez em Gênesis 5:29, encerrando com sua morte, em 9:29, com 950 anos. O relato conta que Noé era descendente da linhagem de Sete, e viveu numa época em que as outras linhagens humanas (a partir dos descendentes de Caim e dos próprios parentes de Noé, provavelmente) mostraram-se corrompidas.

Ver artigo principal: Dilúvio
Ver artigo principal: Mito do dilúvio

Na Bíblia, em Gênesis, é mostrado o arrependimento do Senhorem ter criado o homem, devido à maldade que este espalhara na Terra. Neste arrependimento, decide fazer um enorme dilúvio, fazendo desaparecer tudo que havia sido criado até então. Porém, decide poupar Noé, por este ter agido bem, e lhe recomenda fazer uma arca de madeira, e abrigar, junto com sua família, um casal de cada espécie existente.

Entretanto, arqueólogos não encontraram nenhuma evidência significante que comprove a existência do dilúvio.[4]

O Dilúvio supostamente ocorreu entre 6 de maio de 2349 a.C. até 30 de novembro de 2348 a.C., mas Noé só sai da arca no dia 18 de dezembro de 2348 a.C.

O repovoamento da Terra

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A Noé e seus descendentes coube a tarefa de povoar a região. A fonte extrabíblica de Flávio Josefo detalha em pormenores a descendência de Noé, e quais povos cada um de seus filhos e netos teria dado origem. Em certa altura, Noé embebedara-se com o vinho produzido de sua própria videira de tal modo que encontrou-se nu em sua tenda. Seu filho Cam o viu e faz saber aos que estavam fora. Seus irmãos sabendo entraram na tenda de costas para cobrirem Noé sem o ver nu. Quando recobrou a consciência, Noé amaldiçoou seu neto Canaã, filho de Cam, porém abençoando seus outros filhos, Sem e Jafé. De acordo com o texto bíblico Noé teria vivido 950 anos.

A história de Noé tem forte significado simbólico sobre boa parte da história de Israel, principalmente durante o período da conquista de Canaã narrada no livro de Josué. A maldição de Noé certamente foi usada pelos povos semitas (ou seja, descendentes de Sem, cujos hebreus fazem parte) como justificativa para a conquista da terra de Canaã (ocupada pelos cananeus, alegadamente descendentes de Canaã, neto amaldiçoado de Noé).

Longevidade de Noé

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De acordo com o texto bíblico, Noé teria vivido 950 anos. Tinha 500 anos quando gerou a Sem, Cam e Jafé. Com a idade de 600 anos, enfrentou o Dilúvio e ainda viveu mais três séculos e meio, o que significa que poderia ter falecido já nos dias de Abraão, já na décima geração de seus descendentes.

Idades dos patriarcas
nome idade ao ser pai idade ao morrer
Adão 130 930
Sete 105 912
Enos 90 905
Cainã 70 910
Malalel 65 895
Jarede 162 962
Enoque 65 365
Matusalém 187 969
Lameque 182 777
Noé 500 950
Sem 100 600
Arpachade 35 438
Selá 30 433
Éber 34 464
Pelegue 30 239
Reú 32 239
Serugue 30 230
Naor 29 148
Terá 70 205
Abraão 100 175
Isaque 60 180

Descendentes de Noé

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Os descendentes de Sem eram chamados semitas. Os descendentes de Cam estabeleceram-se em Canaã, no Egito e na África. Os descendentes de Jafé estabeleceram-se, em sua maioria, na Europa e Ásia Menor. Tais correspondências, evidentemente, não correspondem à ciência de Etnogênese, Demografia e Genética populacionais.

Sob critério e método científicos

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Os povos de fala semitas compartem as mesmas populações pré-históricas, mas em quantias diferentes: Agricultores e Pastores Natufitas, Antigo agricultor europeu (AGE ou em ing: EEF), Caçadores-Coletores do Irã e do Cáucaso, Pastor da África Oriental; compartilhando semelhanças os antigos cananeus (a incluir os antigos israelitas e judaítas) não somente com todas as populações do Levante, Península Arábica e Mesopotâmia, mas também em segundo grau com Egito, em terceiro grau com Irã, e em quarto, Anatólia, Cáucaso e Sul da Europa.[5]

<quote>Não existem raças, somente gradientes geográficos.</quote> Frank Livingstone (1928–2005

Visão Religiosa

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Visão samaritana

Visão judaica

Visão cristã

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Segundo o arcebispo James Ussher, Noé nasceu em 2 948 a.C. e morreu com 950 anos em 1 998 a.C..[a] Seus três filhos mais conhecidos eram Sem, Cam ou Cã e Jafé.

Visão muçulmana

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Ver também : Nuh (sura)

O Alcorão afirma que Noé (em árabe: نوح,; romaniz.: Nūḥ) estava sendo inspirado por Deus, semelhante a outros profetas como Abraão, Ismael, Isaac, Jacob, Jesus, , Jonas, Aarão, Salomão, David e Maomé, e que era um fidedigno mensageiro. (4:163, 26:107)

Ele continuamente e abertamente alertou as pessoas dos tormentos que estavam vindo, porque eles foram iníquos e não obedeceram a Deus por cerca de mil anos (11:25, 29:14, 71:1-5). Noé chamou o povo para servir a Deus, e disse que ninguém, além de Deus poderia salvá-los (23:23), disse que o tempo do dilúvio já havia sido declarado e não poderia ser adiado, desta forma, seu povo deveria retornar a Deus, para que Ele pudesse perdoá-los (7:59-64, «11:26». ). 

Os chefes tribais, incrédulos, disseram que Noé certamente estava em um erro evidente, e era somente um mortal como eles. Noé respondeu a esta acusação afirmando que não estava errado, mas que fora o mensageiro do Senhor do Universo[parcial?] e transmitira-lhes as mensagens de Deus. Noé foi enviado como um aviso, para dar às pessoas a chance de se arrependerem para serem perdoados e encontrarem misericórdia (7:59-64, «26:105-110». ). 

Deus comandou Noé na construção de uma arca por Sua inspiração. Como começou a construir o barco, os chefes tribais passavam por ele e o escarneciam. Após a sua conclusão, o navio estava carregado com animais e a família de Noé(11:35-41). As pessoas que negaram a mensagem que Noé retransmitiu foram afogadas (7:64), o filho de Noé também foi uma delas (11:42-48). Este último pormenor não é perceptível em outras fontes e o Alcorão trata-o como uma prova para a sua originalidade. (11:49).

Noé é chamado de "um servo agradecido" (17:3). Entre as sementes de Noé (e Abraão), é colocada a profecia e a escritura (57:26).

Similaridades

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Mitologia comparada

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A história do dilúvio, como outras do Antigo Testamento, não é um fato exclusivo da Bíblia. Esta estória escrita por Moisés é similar a outras tão antigas quanto a de Utnapishtim no épico de Gilgamesh ou mesmo outro herói sumério chamado de Ziusudra, no entanto sua importância reside no fato de ser a história do Dilúvio um marco entre duas formas de contar o tempo. O ano solar baseado nas estações do ano ou no caso nas cheias do Nilo e o Ano lunar, baseado na lua cheia e nas marés de sizígia, esse último explicaria então a alegada longevidade dos lendários personagens bíblicos (77,5; 76; 75,42; 75,83; 74,58; 80,17; 30,42; 80,75; 64,75; 79,17; 50; 36,5; 36,08; 38,67; 19,92; 19,92; 19,17; 12,33; 17,08; 14,58; 15) inclusos no livro do Pentateuco. (Não explica a idade que tiveram filhos: 10,83 ; 8,75; 7,5; 5,83; 5,42; 13,5; 5,42; 15,58; 15,17; 41,67; 8,33; 2,92; 2,5; 2,83; 2,5; 2,67; 2,5; 2,42; 5,83; 8,33; 5).

Tal estória, também pode ser observada entre os gregos antigos no mito do Deucalião.

[Nota: Está redigido em Português galego na ortografia da AGAL

Noé foi comparado a miúdo com Deucaliom, o filho de Prometeo e Hesínoe na mitología grega. Como Noé, Deucaliom é avisado do dilúvio (por Zeus e Poseidom); construe umha arca e abasta-a com criaturas e, quando remata a sua viage, dá as graças e recibe conselhos dos deuses sobre como repovoar a Terra. Deucaliom tamén envia umha pomba para conhecer a situaçom do mundo e o paxaro volve cum umha rama de oliveira.[75][76] Deucaliom, nalgumhas versões do mito, tamém se converte no inventor do vinho, como Noé.[77][6] Filom [78[7]] e Justino equiparam a Deucaliom com Noé, e Josefo utilizou a historia de Deucaliom como evidéncia de que o dilúvio ocorreu realmente e que, polo tanto, Noé existiu.[79][8][80][9]

O motivo dumha divindade dos Céos que encabeçou o panteom causando a grande inundaçom e despois o tramposo que creou homes a partir do home salvador de argila tamén está presente na mitologia suméria, já que Enlil, em lugar de Zeus, provoca a inundaçom, e Enqui, mas que Prometeo, salva o home. Stephanie West escriviu que isto quiçais se deve a que os gregos tomárom prestadas histórias do Próximo Oriente[10]

Outros gêneses e outras histórias de civilizações ao redor do planeta, semelhantes à de Noé, são também relatadas. Foi encontrada em Nipur, na Babilônia meridional, uma tabuinha de 1 600 a.C. contendo a história de uma devastadora inundação.

Os sumérios também já haviam relatado uma história semelhante, muito antes mesmo dos hebreus surgirem como povo.

Árvore genealógica

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Segundo a tradição das religiões abraâmicas e do povo de Canaã, eis a genealogia de Noé:

Adão
Eva
Caim
Abel
Sete
Enoque
Enos
Irad
Cainã
Meujael
Malalel
Metusael
Jarede
Ada
Lameque
Zilá
Enoque
Jabal
Jubal
Tubalcaim
Naamá
Matusalém
Lameque
Noé
Sem
Cam
Jafé


Referências bíblicas

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Notas e referências

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[a] ^ As datas do nascimento e da morte de Noé não pasam de especulações sem qualquer base científica.
  1. «Search Entry». www.assyrianlanguages.org. Consultado em 28 de outubro de 2024 
  2. «Search Entry». www.assyrianlanguages.org. Consultado em 28 de outubro de 2024 
  3. Rogerson, John William (1985). «Old Testament Criticism in the Nineteenth Century». [S.l.: s.n.] 
  4. «The Palace of King David (Or Not)» (em inglês). Slate. 15 de janeiro de 2008. Consultado em 22 de agosto de 2011. Archaeologists have discovered no significant evidence for Noah's flood, Sodom and Gomorrah, Abraham, Isaac, or Jacob. They don't believe Jews were enslaved in Egypt, wandered in the desert, or conquered the Promised Land. Plenty of evidence has survived about later parts of the Hebrew Bible—the cut-rate monarchs and latecomer generals in the books of Kings—but the great Bible heroes remain stuck in the world of myth.) 
  5. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8445022/
  6. Anderson, Graham (2006). «Greek and Roman Folklore». doi:10.5040/9798400659270. Consultado em 28 de outubro de 2024 
  7. Anderson, Graham (2006). «Greek and Roman Folklore». doi:10.5040/9798400659270. Consultado em 28 de outubro de 2024 
  8. Machiela, Daniel A. (2012). «Noah Traditions in the Dead Sea Scrolls: Conversations and Controversies of Antiquity. By Dorothy M. Peters. (Society of Biblical Literature: Early Judaism and Its Literature 26). Atlanta: Society of Biblical Literature, 2008. Pp. xxiv, 252. Paperback. US$ 29.95. ISBN 978-1-58983-390-6.». Journal for the Study of Judaism (1): 123–125. ISSN 0047-2212. doi:10.1163/157006312x618091. Consultado em 28 de outubro de 2024 
  9. Machiela, Daniel A. (2012). «Noah Traditions in the Dead Sea Scrolls: Conversations and Controversies of Antiquity. By Dorothy M. Peters. (Society of Biblical Literature: Early Judaism and Its Literature 26). Atlanta: Society of Biblical Literature, 2008. Pp. xxiv, 252. Paperback. US$ 29.95. ISBN 978-1-58983-390-6.». Journal for the Study of Judaism (1): 123–125. ISSN 0047-2212. doi:10.1163/157006312x618091. Consultado em 28 de outubro de 2024 
  10. «Inhaltsverzeichnis». Museum Helveticum. 2019. ISSN 2673-2963. doi:10.24894/mh.2020.efirst. Consultado em 28 de outubro de 2024 
  • Barker, Burdick, Stek, Wessel, Youngblood (Eds.). (1995). The New International Version Study Bible. (10th Ann ed). Grand Rapids, MI: Zondervan.
  • Bright, John. (2000). A History of Israel. (4th ed.). Louisville, KY: Westminster John Knox Press.
  • DeVaux, Roland. (1997). Ancient Israel. (John McHugh, Trans.) Grand Rapids, MI: Eerdmans.
  • Freedman, David Noel (Ed.). (2000). Eerdmans Dictionary of the Bible. (pp. 597) Grand Rapids, MI: Eerdmans.
  • Wood, Millard, Packer, Wiseman, Marshall (Eds.). (1996). New Bible Dictionary (3rd ed.) (pp. 477). Downers Grove, IL: Intervarsity Press.


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