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Livro de Joel – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Livro de Joel

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ilustração para o Livro de Joel na Bíblia Macklin – Joel 2:1. Um anjo tocando para o lado esquerdo. Phillip Medhurst, 1797.

O Livro de Joel faz parte do Antigo Testamento; vem depois do Livro de Oseias e antes do Livro de Amós.[1][2] Segundo a tradição, foi escrito pelo profeta Joel.

Alguns sustentam que foi escrito no final da era monárquica, mas maioria dos exegetas sustenta que foi escrito após o Exílio na Babilônia e após a reconstrução do Templo de Jerusalém, ou seja, aproximadamente em 400 a.C., pois o livro não se refere a nenhum rei, nem ao Exílio.[3]

A mensagem do livro é o "julgamento que Deus fará contra os inimigos de Israel e, de uma perspectiva escatológica, a vitória final do povo de Deus".

As dúvidas sobre a época em que o profeta Joel viveu dificultam a interpretação do que ele escreveu.

Pode-se dividir o livro em duas partes:

  • Os dois primeiros capítulos narram uma terrível invasão de gafanhotos que devasta a plantação do país. Diante disso, Joel pede a participação de todos (profetas, sacerdotes e povo), com arrependimento e jejum geral, para suplicar a Deus que afaste a catástrofe;[4]
esta liturgia penitencial permite caracterizar Joel como um profeta cultual, ligado ao serviço do Templo;[3]
Deus mostra a sua misericórdia e anuncia a libertação da praga e as bênçãos para uma nova plantação. Como o profeta compara esses gafanhotos a um exército, talvez se possa pensar que ele esteja falando de uma invasão inimiga;
  • os dois últimos capítulos[a] descrevem o julgamento de Deus sobre as nações e a vitória final;[4]
a efusão do espírito profético sobre todo o povo na era escatológica (3:1-5) responde ao anseio de Moisés em Nm 11:29[3].

Parece que a primeira parte não tem nada a ver com a segunda, mas uma expressão une o livro todo: o dia de Jeová. O que na primeira parte eram gafanhotos ou exército inimigo, na segunda se transforma em exército de Deus; a praga se torna apenas uma imagem do grande dia em que a humanidade prestará contas a Deus. Assim como afastou os gafanhotos, também a misericórdia de Deus, alcançada pelo arrependimento e jejum, transforma o julgamento em dia de libertação e salvação: arrasada a plantação, ressurge nova e viçosa. Desse modo, uma praga de gafanhotos observada atentamente serviu para que Joel anunciasse o dia de Javé.

A passagem mais destacada de Joel é o capítulo 3 (ou versículos 28 a 32 do capítulo 2, na versão Almeida[6]) que é citado elo apóstolo Pedro no sermão de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2:17-21. Por isso, Joel é também chamado o profeta de Pentecostes,[4] sendo também considerado o profeta da penitência, por causa da primeira parte do livro.[3]

  1. Na Vulgata o capítulo 3 corresponde aos versículos 28 a 31 do capítulo 2[5]

Referências

  1. Echegary, J. González; et alli (2000). A Bíblia e seu contexto. 2 2 ed. São Paulo: Ave Maria. p. 1133. ISBN 978-85-2760347-8 
  2. Pearlman, Myer (2006). Através da Bíblia. Livro por Livro 23 ed. São Paulo: Vida. 439 páginas. ISBN 978-85-7367134-6 
  3. a b c d Citação: .
  4. a b c Citação: .
  5. Citação: .
  6. Citação:

Ligações externas

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