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Linha de Kármán – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Linha de Kármán

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Atmosfera da Terra fotografada da Estação Espacial Internacional. A linha laranja da luminescência atmosférica está a uma altitude ligeiramente superior (140-170 km) do que a linha Kármán.

Linha de Kármán, ou simplesmente Linha de Karman, é um limite convencionado que fica a uma altitude de 100 km acima do nível do mar, usado para definir o limite entre a atmosfera terrestre e o espaço exterior.

Esta definição é aceita pela Fédération Aéronautique Internationale (FAI), órgão internacional que estabelece padrões e registra e oficializa recordes aeronáuticos e espaciais.[1]

Origem e definição

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Esse limite foi designado como linha de Karman em homenagem a Theodore von Kármán (1881–1963), um engenheiro e físico húngaro-americano, que contribuiu significativamente nos campos da aeronáutica e da astronáutica. Foi ele quem primeiro calculou que aproximadamente a essa altitude a densidade da atmosfera terrestre se tornava tão baixa para fins aeronáuticos, que qualquer veículo a essa altitude teria que se deslocar a velocidades maiores que a velocidade orbital (24.000 km/h) para conseguir sustentação.[2] Acima desse limite, ocorre também um aumento repentino na temperatura atmosférica, e uma maior influência da radiação solar. O primeiro foguete projetado e construído por estudantes ultrapassou a linha Karman em 2019 atingindo uma altitude máxima registrada de 103,6 km, e uma velocidade máxima de 5449 km/h.[3]

A FAI usa a Linha de Karman para definir os limites entre aeronáutica e astronáutica:[1]

  • Aeronáutica — Para os objetivos da FAI, atividades aéreas, incluindo os esportes, abaixo de 100 km da superfície da Terra.
  • Astronáutica — Para os objetivos da FAI, qualquer atividade acima de 100 km da superfície da Terra.


Interpretações

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Por vezes, pessoas ou entidades, usam o termo "limite do espaço" (em inglês: edge of space), referindo-se a uma região abaixo do limite dos 100 km, muitas vezes incluindo regiões consideravelmente mais baixas. Com isso, certos voos de balões e aviões, são descritos como tendo "atingido os limites do espaço", o que na verdade, apenas significa que eles chegaram mais alto que a média dos veículos aeronáuticos chega.[4][5]

Os Estados Unidos, não definiram oficialmente um limite para o espaço. A definição que eles adotam para um astronauta, que permanece até hoje é: qualquer pessoa que tenha voado a mais de 80 km de altitude. Até mesmo essa definição é controversa, pois existem definições diferentes entre o setor militar e a NASA.[4]

O direito internacional, define o limite inferior do espaço como sendo o menor perigeu mantido por um veículo espacial em órbita, sem no entanto especificar uma altitude. Devido ao arrasto atmosférico, a menor altitude que um objeto numa órbita circular necessita para efetuar ao menos uma órbita completa, é de aproximadamente 150 km.[6]

Referências

  1. a b de Córdoba, Sanz Fernández. «100km Altitude Boundary for Astronautics». Fédération Aéronautique Internationale. Consultado em 14 de abril de 2013. Arquivado do original em 22 de agosto de 2011 
  2. O'Leary, Beth Laura (2009). Ann Garrison Darrin, ed. Handbook of space engineering, archaeology, and heritage. Col: Advances in engineering (em inglês). [S.l.]: The Macmillan Company. p. 84. ISBN 1-4200-8431-3. Consultado em 13 de abril de 2013 
  3. The first entirely student-designed and built rocket reached the space The first-ever student designed and student-built rocket past the boundary of space. por Ashwini Sakharkar (2019)
  4. a b «A long-overdue tribute». NASA. Consultado em 14 de abril de 2013 
  5. Kay, W. D. «The X-15 Hypersonic Flight Research Program». NASA. Consultado em 14 de abril de 2013 
  6. «Space Environment and Orbital Mechanics». Federation of American Scientists. Consultado em 14 de abril de 2013. Arquivado do original em 20 de março de 2013 

Ligações externas

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