Halabja
País | |
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Província | |
Capital de | |
Área |
1 599 km2 |
Altitude |
721 m |
Coordenadas |
População |
65 200 hab. () |
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Densidade |
40,8 hab./km2 () |
Presidente |
Ali Osman Ali (en) |
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Fundação |
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Halabja (curdo: ههڵهبجه Helebce), é uma cidade no Curdistão iraquiano e capital da provincia de Halabja, está situada cerca de 240 km a nordeste da Bagdá e a 15 km da fronteira iraniana.
Os curdos na cidade de Halabja geralmente falam apenas o dialeto curdo Sorâni, mas alguns moradores das aldeias vizinhas falam o dialeto Hewrami.
História
[editar | editar código-fonte]História Antiga
[editar | editar código-fonte]Halabja tem uma longa história. O cemitério inclui os túmulos de várias figuras históricas, como Ahmed Mukhtar Jaf, Tayar Bag Jaf e Adila Khanim. Em agosto de 2009, três túmulos do século XVII foram descobertos no distrito de Ababile.[1]
Isto sugere que a cidade é mais antiga do que o indicado por algumas fontes, que afirmam que ela foi construída pelo Império Otomano em 1850. Contudo, os desenvolvimentos modernos datam do início do século XX. A estação de correios, inaugurada em 1924 e a abertura da primeira escola no ano seguinte. A energia elétrica só chegou à cidade em 1940.[2]
No início do século XX, havia muitos soldados britânicos estacionados em Halabja. Durante a Primeira Guerra Mundial, Adela Khanum salvou a vida de vários soldados britânicos, resultando na Grã-Bretanha honrá-la com o título Khan Bahadur, Princesa dos Bravos. Ela também foi responsável pela construção de uma nova prisão, a criação de um Tribunal de Justiça, da qual foi a primeira presidente e a construção de um novo bazar.[3]
Ataque químico
[editar | editar código-fonte]Os guerrilheiros curdos Peshmerga, apoiado por Irã, liberaram Halabja na fase final da Guerra Irã-Iraque. Em 16 de março 1988, após dois dias de ataques de artilharia convencional, aviões iraquianos lançaram bombas de gás na cidade.[4] A cidade e o distrito circundante foram atacados com bombas, fogo de artilharia e armas químicas, a última das quais se mostrou mais devastadora. Pelo menos 5.000 pessoas morreram como resultado imediato do ataque químico e estima-se que mais de 7.000 pessoas foram feridas ou sofreram da doença.[5] A maioria das vítimas do ataque à cidade de Halabja eram civis curdos.[6]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Ancient tombs found in Halabja». AK News. 9 de agosto de 2009. Consultado em 7 de setembro de 2009. Arquivado do original em 21 de agosto de 2009
- ↑ «History of Halabja». PUK media. 16 de março de 2009. Consultado em 7 de setembro de 2009. Arquivado do original em 3 de outubro de 2011
- ↑ «Adela Khanum - Princess of the Brave». Kurdistan's Women. 4 de abril de 2008. Consultado em 7 de setembro de 2009
- ↑ «1988: Thousands die in Halabja gas attack». BBC News. 16 de março de 1988. Consultado em 4 de maio de 2010
- ↑ Osman, Hiwa (17 de março de 2002). «Iraqi Kurds recall chemical attack». BBC News. Consultado em 5 de agosto de 2006
- ↑ [1], Human Rights Watch, 11 March 1991