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Década de 2010 – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Década de 2010

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Conforme padronização da norma internacional para representação de data e hora da Organização Internacional de Padronização (ISO), a década de 2010, também referida como anos 2010, década de 10 ou anos 10, compreende o período de tempo entre 1 de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2019.[1][2]

SÉCULOS: Século XXSéculo XXI
DÉCADAS: 19601970198019902000201020202030204020502060
ANOS: 20102011201220132014201520162017201820192020
Da esquerda no sentido horário: Egípcios celebraram a renúncia de Hosni Mubarak durante a Primavera Árabe de 2011; O presidente dos EUA, Barack Obama, e sua equipe de segurança nacional supervisionam a Operação Lança de Neptuno, na qual ocorreu a morte de Osama bin Laden em 2011; a aceitação LGBT aumenta em diversas partes do mundo; Militantes do Estado Islâmico desfilam em Raqqua; o Bóson de Higgs é detectado pelo Grande Colisor de Hádrons e posteriormente confirmado em 2013; membros do movimento pró-Europa protestam contra a saída do Reino Unido da UE; Donald Trump em sua posse como Presidente dos EUA em 2017; tecnologias móveis e digitais, como o Smartphone, se tornam extremamente populares.

Visão geral no mundo

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Bento XVI, primeiro papa a abdicar desde o século XIII.

A década de 2010 teve início enfrentando as consequências após o fim crise econômica mundial, iniciada nos últimos anos da década anterior. A crise afetou especialmente os países da União Europeia, em especial os do sul da Europa, que tiveram aumento no desemprego e notas rebaixadas da dívida por agências como a Fitch e a Standard & Poor's. Mesmo os Estados Unidos, pela primeira vez, perderam a nota máxima (AAA).[3][4] Porém, surpreendentemente, países da América latina como Peru e Uruguai não foram tão afetados por essa crise quanto economias latino-americanas mais crescentes como México e Argentina.[5][6]

Os Estados Unidos mantiveram o seu status global de superpotência, embora levemente ameaçados pela contínua expansão chinesa, que lança vastas iniciativas econômicas e grandes reformas militares e tenta aumentar sua influência na África e no Mar do Sul da China, dessa maneira solidificando seu status de superpotência emergente. A disputa entre os Estados Unidos e a China se baseou na década em uma política de contenção por parte dos Estados Unidos e na disputa comercial iniciada em 2018 que foi fortemente impulsionada pelo Presidente Donald Trump.[7][8][9]

A década também ficou marcada pela crise migratória na Europa, agravada em 2015. Centenas de milhares de migrantes irregulares vindos da África, Oriente Médio e Ásia Meridional buscam refúgio nos estados membros da União Europeia. Muitos seguiram a rota do Mediterrâneo, ocorrendo vários naufrágios e muitos perdem a vida. Ocorreu também uma nova aproximação entre a França e a Alemanha principalmente após a vitória de Emmanuel Macron nas eleições francesas. Uma das grandes polêmicas na Europa foi o anúncio da saída do Reino Unido da União Europeia, mais conhecido como brexit, marcado para 31 de outubro de 2019.[10][11]

A partir de 2016, grande parte do mundo ocidental começou a experimentar uma reação política contra a globalização, especialmente a política de imigração e os acordos de livre comércio. Essa tendência ficou mais evidente após a votação do Brexit no Reino Unido e a eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos.[12] O aumento da desigualdade econômica nos países desenvolvidos também foi um importante tema de discussão ao longo da década. Em outros lugares, o sentimento populista aumentou nos países asiáticos no final de 2010, particularmente no sudeste da Ásia e na Índia.[13][14][15]

No Norte da África, irrompeu a Primavera Árabe,[16] em que regimes ditatoriais iniciados ainda no século XX foram depostos através de forças populares, por meio dos rebeldes, tendo início na Tunísia e estendendo-se depois para o Egito e principalmente para a Líbia, culminando com a execução do ditador Muammar al-Gaddafi.[17] Por outro lado, emergiu o grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, concentrado na região do Levante [18]. Tal grupo vale-se de execuções brutais de reféns como método de intimidação, estendendo sua atividade para todo o norte da África e até mesmo para a Europa, sendo particularmente notáveis os ataques de novembro de 2015 em Paris, que deixaram 129 mortos e mais de 300 feridos,[19][20] sendo este o maior ataque ocorrido em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial. Como resposta, a França iniciou uma ofensiva militar aliando-se à Rússia em bombardeios às áreas controladas pelo Estado Islâmico na região do Levante.[21][22]

Ocorreu também o escândalo do Vatileaks, em que documentos secretos do Vaticano foram roubados, denunciando casos de corrupção no Banco do Vaticano e disputas internas dentro da Cúria.[23][24] Em 2013, o papa Bento XVI abdicou do pontificado, fato que não ocorria desde o século XIII,[25] o motivo alegado foi a falta de condições de saúde para continuar a exercer o pontificado. Em suas últimas audiências, Bento XVI denunciou a hipocrisia religiosa, e disse renunciar "para o bem da Igreja", ele foi sucedido pelo Papa Francisco, primeiro papa oriundo da América Latina.[26]

Outro marco importante da década foi a popularização dos dispositivos móveis. As vendas de computadores convencionais caíram pela primeira vez, dando lugar ao crescimento de smartphones e tablets, conceito desconhecido do grande público até o lançamento do primeiro iPad pela Apple, em 2010. A Apple se tornou, no início da década, a empresa com maior de valor de mercado no mundo. Posteriormente o conceito do tablet seria adotado por outras fabricantes como a Motorola, a Sony, a Microsoft — em uma de suas até então raras incursões no mercado de hardware — e sobretudo a Samsung, com quem a Apple travou uma batalha judicial por causa de patentes durante 7 anos.[27][28][29]

Dilma Rousseff, a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Brasil.

No mundo dos esportes, o Brasil recebeu quatro grandes eventos desportivos do mesmo ao longo da década, entre eles, a Copa das Confederações 2013, onde a seleção de futebol foi campeã,[30] a Copa do Mundo de 2014 na qual viria a ocorrer o fatídico 7 a 1 para a seleção alemã na semifinal[31][32] e em seguida em 2016, o evento desportivo mais importante do mundo, os Jogos Olímpicos Rio 2016,[33] no qual o país teve a melhor participação da história[34], além de receber os Jogos Paralimpicos Rio 2016. No final da década, o país ainda recebeu a Copa América de 2019, na qual foi campeão.[35] O Brasil sediaria o campeonato em 2015, mas em virtude dos grandes eventos, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, o país optou por trocar com o Chile.[36]

Vale destacar também que nestes 10 anos, o Brasil recebeu diversos eventos importantes do mundo, sendo políticos ou religiosos. Estes são: a Rio+20 em 2012,[37] a Jornada Mundial da Juventude de 2013 quando o Papa Francisco fez sua primeira visita ao país e a primeira visita fora da Itália como sumo pontifície,[38] e a 2.ª, 6.ª e 11.ª Cúpula do BRICS em 2010, 2014 e 2019, respectivamente.[39][40][41]

Também nesta década ocorreram o massacre de Realengo, que deixou 13 mortos e 22 feridos, o massacre de Suzano, que deixou 10 mortos e 11 feridos, e o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que deixou mais de 240 mortos e outras centenas de feridos, além de um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil e do mundo, ocorrido com a ruptura da barragem de Mariana, em Minas Gerais, controlada pela Samarco. Todo o ecossistema da bacia do Rio Doce foi completamente destruído após sofrer um despejo de 50 milhões de metros cúbicos de lama tóxica, que chegou até mesmo a atingir o litoral do Espírito Santo. Em 2019, houve o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro, na Mina de Córrego do Feijão, administrada pela Vale S.A., na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, que deixou mais de 250 mortos e destruiu grande parte da fauna do Rio Paraopeba.[42][43][44][45][46]

Primeiro mandato do governo Dilma

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O maior marco no início da década foi a eleição de Dilma Rousseff como a primeira mulher a ser eleita Presidente da República. Eleita pelo PT, demitiu vários ministros e funcionários de alto escalão em seu primeiro ano de mandato devido a acusações de corrupção. Teve, no início, um mandato caracterizado por uma política, em parte, voltada pela continuidade dos programas sociais de seus dois antecessores imediatos, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso e, em outra, por parcerias com a iniciativa privada na gestão de aeroportos e reduções pontuais de impostos em setores estratégicos da economia, como a eletricidade. Entretanto, o crescimento do PIB brasileiro não se destacou, em comparação a outros países emergentes. Em seu governo foi implantada a chamada nova matriz econômica, que visava beneficiar o setor industrial do país.[47][48][49]

Em 2013, em meio a uma acelerada da inflação, o aumento da tarifa dos transportes públicos em São Paulo serviu de estopim para uma irrupção de protestos em todas as grandes cidades do Brasil,[50][51] muitos deles violentos, chegando mesmo a incendiar a área frontal do Palácio Itamaraty, em Brasília, com várias demandas e condenações a toda a classe política brasileira.[52] A presidente Dilma Rousseff respondeu a isto com a proposta de um plebiscito para uma reforma política, que não ocorreu.

Segundo mandato do governo Dilma e impeachment

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Mesmo com a popularidade bem mais baixa, Dilma Rousseff foi reeleita em uma eleição acirrada para um segundo mandato em 2014. Em seu segundo mandato, o Brasil vivenciou a pior recessão desde o início do Plano Real na crise econômica de 2014.[53] Acusações de crimes de responsabilidade por meio de pedaladas fiscais resultaram no impeachment de Dilma Rousseff, assumindo o vice-presidente Michel Temer em 2016.[54] Eclodiu também a Operação Lava Jato, apurando um rombo histórico na Petrobras, que perdeu grande parte de seu valor de mercado. Nesta operação, vários próceres de grandes empresas e muitos políticos foram presos, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.[55][56][57][58]

Onda conservadora

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Jair Bolsonaro foi o primeiro presidente do Brasil eleito por um partido de direita após longo período de governos de centro-esquerda.

Em 2018, após mais de uma década de governos considerados de esquerda no espectro político, houve uma grande mudança política no país quando o deputado federal Jair Bolsonaro, conhecido por suas polêmicas opiniões nacionalistas de extrema-direita, foi eleito Presidente da República. Ele foi eleito principalmente após o descobrimento de diversos escândalos de corrupção que ocorreram durante governos anteriores[59][60], como a crise econômica do Brasil de 2014 que se desencadeou no Governo Dilma[61] e a insatisfação do povo enquanto a governos da esquerda.[62][63][64]

Política e guerras

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As principais guerras da década sejam elas internacionais ou internas em cada país são:

Conflitos internacionais

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Nome Data de início Data final Descrição
Conflito entre Israel e Palestina 14 de maio de 1948


em progresso As origens do conflito remontam ao final do século XIX quando judeus colonos começaram a migrar a Palestina e se juntar a judeus remanescentes das invasões históricas. Porém, é desde 1948 que o conflito armado entre as comunidades judaica e árabe em Israel e na Cisjordânia começa. Depois de Israel ocupar a Cisjordânia, a nação israelense começou a fazer assentamentos lá , o que tem sido um obstáculo para o processo de paz. As tensões também continuaram altas, já que o Hamas, que controla a Faixa de Gaza,[65] continua lançando foguetes transfronteiriços até o território de Israel.[66][67]
Guerra ao Terror 11 de setembro de 2001 em progresso Motivado pelos ataques de 11 de setembro de 2001, o então presidente americano, George W. Bush, declarou a "Guerra ao Terror" como parte de sua estratégia global para combater o terrorismo conhecida como Doutrina Bush, desde então os Estados Unidos e governos aliados iniciaram um esforço de larga escala para combater o terrorismo globalmente.[68][69] Com o apoio da OTAN, os EUA invadiram o Afeganistão e derrubaram o governo talibã que o controlava.[70][71] Dois anos depois, sob o pretexto de que o governo de Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa (sem autorização prévia da ONU), os Estados Unidos invadiram o Iraque e derrubaram o governo de Hussein,[72][73] após a invasão os Estados Unidos ocuparam o território do país. Contudo, a insurgência talibã continua provocando um aumento da violência na região. Em 2011, com o aval do então presidente Barack Obama, um grupo de militares americanos da SEAL Team Six realizaram uma operação em Abbottabad, no Paquistão. E como consequência, o terrorista Osama Bin Laden foi morto após receber vários tiros, e com isso, a operação foi concluída com sucesso. No mesmo ano, Obama ordenou a retirada de tropas americanas do Iraque, encerrando a guerra no local após 8 anos.
Intervenção militar da Rússia na Ucrânia 20 de fevereiro de 2014 em progresso Após a queda do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, os soldados russos assumiram o controle de posições estratégicas no território ucraniano da Crimeia e posteriormente anexaram a região em um controverso referendo no ano de 2014.[74] Nos meses que se seguiram, os protestos em Donestsk transformaram-se em um confliro armado entre o governo da Ucrânia e as forças separatistas apoiadas pela Rússia.[75][76]
Guerra contra o Estado Islâmico 13 de junho de 2014 em progresso No final de 2013, uma organização terrorista chamada Estado Islâmico do Iraque e do Levante começou a fazer avanços militares rápidos e ganhos territoriais no Iraque e na Síria. A organização capturou Mossul na Batalha de Mossul em 2014 e fizeram a cidade de Raqqua sua capital.[77][78] Várias coalizações internacionais foram formadas para ajudar a combater os militantes do Oriente Médio.[79] Em dezembro de 2017, o Estado Islâmico já havia perdido grande parte do seu território e as tropas russas foram retiradas da Síria.[80][81] Após a organização terrorista perder o controle das cidades de Mossul e de Raqqua,[82] ela se mostrou enfraquecida e praticamente derrotada, sendo assim o presidente americano, Donald Trump, declarou a derrota do Estado Islâmico na Síria e anunciou a retirada de tropas americanas do país em dezembro de 2018.[83][84]

Conflitos internos

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Nome Data de início Data final Descrição
Guerra Civil

Síria

26 de janeiro

de 2011

em

progresso

A Guerra Civil Síria é um conflito interno em andamento na Síria, que começou como uma série de grandes protestos populares, parte da Primavera Árabe, em 26 de janeiro de 2011 e progrediu para uma violenta revolta armada em 15 de março de 2011. Enquanto a oposição (os chamados "Rebeldes") alega estar lutando para destituir o presidente Bashar al-Assad do poder para posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país, o governo sírio diz estar apenas combatendo "terroristas armados que visam desestabilizar o país". Com o passar do tempo, a guerra passou a abranger aspectos de natureza sectária e religiosa, com a expansão do Estado Islâmico sobre o território, e forças curdas, combatendo tanto o governo quanto umas às outras. Assim, o conflito acabou espalhando-se para a região, atingindo também países como Iraque, Líbano e a Turquia, ocasionado uma emigração em massa.

História política

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Democracia e autoritarismo

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Muitas nações se democratizaram parcialmente ou totalmente ao longo da década, entre elas a Etiópia, evidenciado pela liberação de presos políticos,[85] a Malásia, evidenciado pela primeira vez em que a Organização Nacional dos Malaios Unidos perde uma eleição,[86] a Angola, evidenciado pela concessão de maior independência aos tribunais,[86] e o Equador, evidenciado por medidas anticorrupção e a imposição de limites ao mandato presidencial.[86]

Entre os ditadores que deixaram o poder estão Muammar al-Gaddafi da Líbia (após 42 anos no poder), Robert Mugabe, do Zimbábue (após 37 anos), Ali Abdullah Saleh, do Iêmen (após 33 anos), Omar al-Bashir do Sudão (após 30 anos), Hosni Mubarak do Egito (após 29 anos) e Ben Ali da Tunísia (após 23 anos).

Entretanto, retrocessos democráticos ocorreram em diversos países, como a Venezuela, evidenciado pela reeleição controversa de Nicolás Maduro e a crise presidencial,[87][88] Nicarágua, evidenciado pela repressão de protestos pacíficos contra o governo,[89] e Hungria, evidenciado pela criação de uma nova constituição e de sistema judicial paralelo.[90][91]

Alguns líderes políticos morreram ainda no cargo durante essa década, como Lech Kaczyński, Muammar al-Gaddafi, Kim Jong-il, Hugo Chávez, Islan Karimov, Abdullah da Arábia Saudita e Béji Caid Essebsi, outros morreram anos após deixarem a vida política, como Fidel Castro, Itamar Franco, Nelson Mandela, Margaret Thatcher, Robert Mugabe, Giulio Andreotti, Jacques Chirac, Helmut Schmidt, Helmut Kohl, Mohamed Morsi, Lee Kuan Yew, Ariel Sharon, Shimon Peres, Akbar Hashemi Rafsanjani, Zine El Abidine Ben Ali, Václav Havel, Jusuf Habibie, Yasuhiro Nakasone, Alan García, Jorge Rafael Videla, Néstor Kirchner, Fernando de la Rúa, Patricio Aylwin e George H. W. Bush.

Cronologia de eventos

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Conflitos, política e religião

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2010
Osama Bin Laden é capturado e morto em 2 de maio de 2011.
2011
2012
2013
O Papa Francisco é o primeiro pontífice latino-americano da história.[142]
2014
2015
Ao vencer a eleição presidencial de 2015, Mauricio Macri se tornou o primeiro presidente argentino não-justicialista desde 2001.
2016
2017
Greve geral na Catalunha após a opressão policial contra o referendo de independência.
2018
2019

Desastres naturais

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2010
2011
2014
2015
  • Sismo de 7,8 na escala de Richter, seguido de várias réplicas, atinge o Nepal, Índia, Paquistão e Bangladesh, sendo o Nepal o mais afetado no mais violento sismo a atingir o país em 81 anos.[169] Mais de 4,6 milhões de pessoas foram afetadas pela tragédia,[170] deixando mais de 8 mil mortos e mais de 19 mil feridos.
2016
  • Sismo de magnitude 6,2 na escala de Richter abala a região central de Itália na madrugada de 24 de agosto, provocando 299 mortes e mais de 380 feridos.[171]

Desastres por causas humanas

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Bento Rodrigues após o rompimento da barragem em 2015.
2010
2013
2015
Incêndio atingiu a catedral mais visitada do planeta em abril de 2019.
2016
2018
2019

Saúde pública

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A década ficou marcada pela diminuição da pandemia de gripe A no mundo.[172] Ocorreu também na África Ocidental um surto de ébola entre 2013 e 2016 o que provocou 11 mil mortes.[173][174] Nas Américas, especialmente no Brasil, ocorreu em 2013 um surto de chicungunha e posteriormente uma epidemia de Zica, que causou o nascimento de bebês com microcefalia.[175][176] Ambas as epidemias foram causadas pelo mosquito Aedes aegypti.

2010
2011
2012
2013
2014
2015

Cultura e Arte

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  • Avatar se torna o filme mais visto da história do cinema, superando Titanic. Até 25 de janeiro de 2010, o filme tinha faturado 562 milhões de dólares nos EUA e Canadá e 1,288 bilhões * mundialmente, alcançando a cifra de 2,62 bilhões de dólares, se tornando a maior bilheteria da história e o primeiro filme a superar a marca de 2 bilhões de dólares.[216][217]
  • Harry Potter, que arrecadou mais de 7,7 bilhões de dólares durante dez anos, tem seu esperado desfecho, que por sua vez, se transformou em uma das maiores bilheterias do mundo, bateu inúmeros recordes e foi altamente elogiado por críticos.[218][219]
  • Estreia um dos filmes brasileiros mais bem sucedidos da década, Tropa de Elite 2 chegou nos cinemas em outubro de 2010.[220]
  • Os filmes de animação se tornaram predominantemente gerados por computador. Estilos mais antigos perderam protagonismo, embora animes continuem sendo populares.
  • Filmes de super-heróis e de ficção científica, principalmente os do Universo Cinematográfico Marvel, que já haviam se popularizado na década anterior, tornam-se líderes de bilheteria e carros-chefes de estúdios de cinema.[221][222]
  • Em dezembro de 2015 estreou o primeiro filme da nova trilogia de Star WarsStar Wars: The Force Awakens, a mesma trilogia foi finalizada com o longa Star Wars: The Rise of Skywalker.[223][224]
  • Vingadores: Ultimato supera Avatar e se torna o filme com a maior bilheteria da história, atingindo 2,8 bilhões de dólares ao redor do mundo, consequentemente se tornou o filme mais bem sucedido do Universo Cinematográfico Marvel.[225][226]
2010
2011
A série The Walking Dead uma série de apocalipse zumbi a segunda maior série da década estreou em 31 de Outubro de 2010 em meio ao Halloween que completou 10 anos em 2020 e ainda segue sendo exibida e maior série de TV mais assistida da AMC e da FOX.
2012
2013
2014
  • Estreia em março na The CW a série de ficção científica The 100.[233]
2015
2016
2017
  • Estreia na CW a série americana Riverdale, que se tornou um sucesso entre o público adolescente.
  • Estreia o último episódio de um dos desenhos mais vistos do Cartoon Network, Apenas um Show.
2018
2019
Logo da série Grey's Anatomy, o drama médico é uma das maiores séries americanas da história.[237]
  • Através da popularização de gêneros musicais como o funk e o sertanejo universitário no Brasil e da música pop no resto do mundo, a moda retrô passa a fazer parte do guarda-roupa dos jovens, remetendo aos visuais do final do século XX, em especial das décadas de 1980 e 1990.
  • A moda grunge dos anos 1990 também volta a influenciar o estilo dos jovens, com camisas de flanela xadrez, gargantilhas (entre as mulheres), jardineiras e jeans rasgados. Entre outros itens que marcaram a época, retornaram à moda jaquetas oversized, mini óculos, óculos com armações redondas e o famoso "mom jeans" — modelo de calças jeans populares entre as mamães na década de 1990.
  • O estilo hipster movimenta o guarda-roupa não somente dos jovens, mas também do público em geral, sendo conhecida por implementar um caldeirão de misturas e gostos da massa, e trazer elementos antigos a serem reutilizados na moda.
  • O estilo gótico reaparece no cenário urbano, mas denominado desta vez como "gótico-suave", sendo uma versão mais leve e comportada do original que teve o seu auge vinte anos antes.
  • No público feminino, durante a metade da década, o retrô e o vintage continuam em alta e dominando o mercado, rebuscando além dos estilos das décadas de 1980 e de 1990 que já estavam em uso, os da década de 1970, que reaparecem com força. Da década de 1970 voltam as calças flare, sapatos com grandes plataformas ou com saltos grossos e cores mais fracas entre mulheres adultas. Entre as jovens, as inspirações para as vestimentas provêm das duas décadas posteriores. Da década de 1980: roupas muito coloridas e brilhosas, neon, saias, shorts, sapatos scarpins, polainas, jeans ácido e a cintura alta. Grande parte das jovens e adultas começam a usar seus "cabelos naturais" e afro, muito volumosos e ousados como consequência da popularização do ativismo dos movimentos negro e feminista.
  • No público masculino o estilo hipster dita os ressurgimentos. A moda contém inspirações das cinco últimas décadas do século anterior, tendo a estética dos anos 1980 e 1990 se destacado como as duas mais populares. Da década de 1950 reaparece o famoso corte "undercut", calças justas e camisas com a barra virada, e jaquetas jeans ou de couro. Da década de 1970, as cores mais suaves e os cabelos afro. Dos anos 1980, as cores vibrantes, mocassins e jeans rasgados e com lavagem ácida. Da década de 1990, as camisas quadriculadas e flanela, sapatenis, coturnos, entre outros acessórios.

Envelhecimento da população

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A década de 2010 foi a década em que a maioria dos baby boomers (indivíduos nascidos entre 1946 e 1964, principalmente no mundo ocidental) se aposentou, pressionando os programas previdenciários e outros programas de bem-estar social em todo o planeta, dessa maneira, diversas nações realizaram reformas previdenciárias, entre elas, Alemanha, França e Brasil.[241][242] No mesmo período, países relataram declínio nas taxas de fertilidade em seus censos de 2010.[243] As consequências de uma sociedade em envelhecimento foram sentidas mais duramente na Europa e no Japão, que foram os primeiros a sofrer um declínio substancial da população.[244][245]

A geração Z, nascidos em média entre 1997-2010, passaram na década de 2010 por sua infância e adolescência. A maior parte dessa geração nasceu pouco após o surgimento da internet e desde a infância está acostumada com a tecnologia; exatamente por esse motivo eles têm muita facilidade no manuseio de smartphones, computadores, tablets e redes sociais para tarefas mais simples e normalmente estão um passo a frente dos próprios pais no mundo da tecnologia, porém apresentam dificuldades em tarefas mais técnicas e que são mais exigidas no mercado de trabalho, como usar impressoras[246]. De acordo com o site escola da inteligência, existem certas dificuldades quanto a educação dos membros dessa geração, já que os pais dos mesmos não tiveram contato com a internet até a fase adulta. "Muitos deles tendem a compará-los a si mesmos quando jovens e pensam que seus filhos não deveriam ter tanto contato com a internet para ter uma infância saudável", afirma o site.[247][248][249]

Ciência e tecnologia

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Chega ao fim a era dos ônibus espaciais.
A Estação Espacial Internacional é concluída no início da década.
Primeira imagem revelada de um buraco negro.
2010
2011
2012
2014
2015
2016
2019
Popularização da Smart TV demonstra a evolução dos aparelhos televisores.
Kinect, acessório de videogame que dispensa o uso do joystick.
Windows 10 sistema operacional da Microsoft é lançado em meados da década.
Fundada na década de 1990, se popularizou nessa década.
Se consolida como uma das plataformas mais usadas.
Spotify difunde o serviço de streaming musical.

Diversão eletrônica

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Xbox One videogame de oitava geração da Microsoft é lançado em 2013.
Principais eventos multiesportivos da década de 2010
Ano Evento Local Data da escolha
2010 9.º Jogos Sul-Americanos Medellín  Colômbia 7 de novembro de 2006
21.º Jogos Olímpicos de Inverno Vancouver  Canadá 2 de julho de 2003
16.º Jogos Asiáticos Guangzhou  China 1 de julho de 2004
19.º Jogos da Commonwealth Deli  Índia 14 de novembro de 2003
11.º Jogos Sul-Asiáticos Daca  Bangladesh
2011 16.º Jogos Pan-Americanos Guadalajara  México 28 de maio de 2006
10.º Jogos Pan-Africanos Maputo  Moçambique 27 de abril de 2005
14.º Jogos do Pacífico Nouméa  Nova Caledônia
2012 30.º Jogos Olímpicos de Verão Londres  Inglaterra 6 de julho de 2005
2013 9.º Jogos Mundiais Cáli  Colômbia 15 de julho de 2009
12.º Jogos Sul-Asiáticos Deli  Índia
2014 3.º Jogos da Lusofonia Goa  Índia 14 de julho de 2009
22.º Jogos Olímpicos de Inverno Sóchi  Rússia 4 de julho de 2007
17.º Jogos Asiáticos Incheon Coreia do Sul Coreia do Sul 17 de abril de 2007
10.º Jogos Sul-Americanos Santiago  Chile 7 de novembro de 2006
20.º Jogos da Commonwealth Glasgow Escócia 9 de novembro de 2007
13.º Jogos Sul-Asiáticos Katmandu Nepal
2015 17.º Jogos Pan-Americanos Toronto  Canadá 6 de novembro de 2009
11.º Jogos Pan-Africanos Brazzaville República do Congo 14 de setembro de 2011
15.º Jogos do Pacífico Port Moresby Papua-Nova Guiné 27 de setembro de 2009
1.º Jogos Europeus Baku  Azerbaijão 8 de dezembro de 2012
2016 31.º Jogos Olímpicos de Verão Rio de Janeiro  Brasil 2 de outubro de 2009
14.º Jogos Sul-Asiáticos Guwahati e Shilong  Índia
2017 4.º Jogos da Lusofonia Maputo  Moçambique
10.º Jogos Mundiais Wroclaw  Polónia 12 de janeiro de 2012
2018 23.º Jogos Olímpicos de Inverno Pyeongchang Coreia do Sul Coreia do Sul 6 de julho de 2011
18.º Jogos Asiáticos Jacarta e Palembang Indonésia
11.º Jogos Sul-Americanos Cochabamba  Bolívia
21.º Jogos da Commonwealth Gold Coast  Austrália 11 de novembro de 2011
2019 18.º Jogos Pan-Americanos Lima  Peru 11 de outubro de 2013
12.º Jogos Pan-Africanos Rabat  Marrocos
2.º Jogos Europeus Minsk  Bielorrússia 21 de outubro de 2016
16.º Jogos do Pacífico Apia Samoa
Principais eventos futebolísticos da década de 2010
Ano Evento Local Campeão
2010 19.º Copa do Mundo FIFA África do Sul Espanha Espanha (1.º título)
27.º Campeonato Africano das Nações  Angola Egito Egito (7.º título)
2011 43.º Copa América  Argentina Uruguai Uruguai (15.º título)
15.º Copa da Ásia  Catar Japão Japão (4.º título)
11.º Copa Ouro da CONCACAF  Estados Unidos México México (6.º título)
6.º Copa do Mundo FIFA Feminino  Alemanha Japão Japão (1.º título)
2012 28.º Campeonato Africano das Nações Guiné Equatorial e Gabão Zâmbia Zâmbia (1.º título)
14.º Campeonato Europeu de Futebol  Polónia e  Ucrânia Espanha Espanha (3.º título)
9.º Copa das Nações Ilhas Salomão  Taiti (1.º título)
2013 29.º Campeonato Africano das Nações África do Sul Nigéria Nigéria (3.º título)
12.º Copa Ouro da CONCACAF  Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos (4.º título)
9.º Copa das Confederações  Brasil Brasil Brasil (4.º título)
2014 20.º Copa do Mundo FIFA  Brasil Alemanha Alemanha (4.º título)
2015 13.º Copa Ouro da CONCACAF  Estados Unidos e  Canadá México México (7.º título)
44.º Copa América  Chile Chile Chile (1.º título)
16.º Copa da Ásia  Austrália Austrália Austrália (1.º título)
30.º Campeonato Africano das Nações Guiné Equatorial Costa do Marfim Costa do Marfim (2.º título)
7.º Copa do Mundo FIFA Feminino  Canadá Estados Unidos Estados Unidos (3.º título)
2016 15.º Campeonato Europeu de Futebol  França Portugal Portugal (1.º título)
45.º Copa América  Estados Unidos Chile Chile (2.º título)
10.º Copa das Nações Papua-Nova Guiné Nova Zelândia Nova Zelândia (5.º título)
2017 14.º Copa Ouro da CONCACAF  Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos (6.º título)
31.º Campeonato Africano das Nações Gabão Camarões Camarões (5.º título)
10.º Copa das Confederações  Rússia Alemanha Alemanha (1.º título)
2018 21.º Copa do Mundo FIFA  Rússia França França (2.º título)
2019 17.º Copa da Ásia  Emirados Árabes Unidos  Catar (1.º título)
8.º Copa do Mundo FIFA Feminino  França Estados Unidos Estados Unidos (4.º título)
46.º Copa América  Brasil Brasil Brasil (9.º título)
15.º Copa Ouro da CONCACAF  Estados Unidos, Costa Rica e  Jamaica México México (8.º título)
32.º Campeonato Africano das Nações  Egito  Argélia (2.º título)

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