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Academia Cearense de Letras

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Academia Cearense de Letras
(ACL)
Academia Cearense de Letras
Logomarca. Além da logomarca atual a ACL também tem um emblema oficial em formato de jangada que nasceu com a criação da instituição.

Palácio da Luz, atual sede da Academia Cearense de Letras.
Lema "Forti Nihil Difficile -
Para o determinado, nada é difícil"
Tipo Associação literária
Fundação 15 de agosto de 1894 (130 anos)
Sede Brasil Fortaleza  Ceará e tem como sede postal o Palácio da Luz
Membros Cf. Index Academicorum [1]
Línguas oficiais Português
Presidente Ubiratan Aguiar
Sítio oficial academiacearensedeletras.org.br
Edição de 2007 da Revista da ACL
Academia Cearense de Letras - Plenário

A Academia Cearense de Letras (ACL) é a entidade literária máxima do estado do Ceará. A ACL é a mais antiga das Academias de Letras existentes no Brasil, fundada em 15 de agosto de 1894, três anos antes da Academia Brasileira de Letras.[1]

Emblema clássico que nasceu com a criação da entidade. O emblema consiste principalmente numa jangada ao mar com seus jangadeiros em trabalho; ao fundo, existe um resplendor em simbologia de sol nascente. Contornando o emblema tem dois ramos florido e frutificado em própria cor de fumo e algodão[2] que havia no brasão do estado do Ceará. É um emblema bem representativo da heráldica do estado brasileiro do Ceará.

A história da ACL é dividida em três partes. A primeira tem início em 15 de agosto de 1894 quando foi fundada, e vai até 17 de julho de 1922, quando Justiniano de Serpa lhe promoveu a reconstituição. Esse primeiro período foi áureo para as letras cearenses, quando a inquietação de intelectuais já havia motivado a criação da Padaria espiritual, dois anos antes de sua fundação. O Ceará ocupava então importante papel dentro do movimento literário nacional, tendo se antecipado inclusive à criação da Academia Brasileira de Letras, fundada três anos depois da ACL, e à Semana de 22.

Foi fundada como Academia Cearense e a primeira revista foi publicada em 1896, com periodicidade anual até 1914. Seu primeiro presidente foi Tomás Pompeu de Sousa Brasil (II). Iniciou as atividades com 27 membros.

A segunda fase tem início em 1922, quando Justiniano de Serpa, diante da situação em que se encontrava a instituição com somente oito membros ainda residentes em Fortaleza,[3] reorganiza-a sob a nova denominação de "Academia Cearense de Letras". Neste novo formato, foram ampliadas as vagas, passando então para as atuais 40 cadeiras. Foi deste mesmo período a denominação dos patronos. No ano seguinte ao de sua reformulação, a morte de Justiniano de Serpa em 1 de agosto de 1923 fez a instituição ficar na penumbra até 1930.[4]

Em 21 de maio de 1930 foi instalada a reunião de reorganização da instituição, agora em definitivo até os nossos dias, na casa de Tomás Pompeu. Desde então sua revista passou a ser publicada ininterruptamente.[5]

Um fato especial traz novos ares à Academia: sua instalação no Palácio da Luz, em 1989, quando, depois de funcionar de 1978 a 1986 no Palácio Senador Alencar, que fora sede da Assembleia Legislativa e hoje abriga o Museu do Ceará, e em salas do Edifício Progresso, a Academia conhece sua sede definitiva. Anteriormente, a instituição peregrinara por diferentes salões: “As sessões ordinárias realizaram-se, a princípio, no salão de honra da Fênix Caixeiral, depois, no do Clube Euterpe, no Instituto do Ceará [...], casa de residência de Walter Pompeu, Clube Iracema, Instituto Epitácio Pessoa, casa de residência de Dolor Barreira e Casa de Tomás Pompeu.” Essa edificação trata-se a antiga sede do Governo do Ceará, um importante prédio que faz parte do conjunto arquitetônico da Praça dos Leões em Fortaleza.[6]

Desde 1896 edita e publica a Revista da Academia Cearense de Letras.[7][8]

Condecorações

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Atualmente, a academia concede:[9]

  • Prêmio Osmundo Pontes (categorias: poesia e conto).
  • Prêmio Antônio Martins Filho (para jovens poetas).
  • Prêmio Fran Martins (para jovens escritores).
  • Prêmio Edilson Brasil Soárez.
  • Medalha Barão de Studart.
  • Medalha Thomaz Pompeu.

Centro de Cultura

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A Academia Cearense de Letras está se transformando num grande centro de cultura e pesquisa, abrigando entidades que não possuem sede própria, tais como: Academia Fortalezense de Letras, Academia Cearense de Retórica, Academia Cearense da Língua Portuguesa, Associação Brasileira de Bibliófilos, Sociedade Amigos do Livro (com a “Biblioteca Olga Barroso”, que reúne importante acervo com cerca de 4.000 títulos, boa parte da coleção do Governador Parsifal Barroso), União Brasileira dos Trovadores (seção Ceará), Sociedade Cearense de Geografia e História, Associação de Jornalistas Escritores do Brasil (secção Ceará), Academia Feminina de Letras, Academia de Letras e Artes do Ceará, Academia Ipuense de Letras e o Programa Terça-Feira em Prosa e Verso.[10][11][12]

Membros atuais

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Lista:[13]

NOME MANDATO
Tomás Pompeu de Sousa Brasil (II) 1894 - 1929
Antonio Ferreira Sales 1930 - 1937
Thomaz Pompeu Sobrinho 1937 - 1951
Dolor Uchôa Barreira 1952 - 1954
Mário Rômulo Linhares 1955 - 1956
Raimundo Girão 1957 - 1958
Manoel Antonio de Andrade Furtado 1959 - 1960
Raimundo Renato de Almeida Braga 1961 - 1962
Antônio Martins Filho 1963 - 1964
10º Manuel Eduardo Pinheiro Campos 1965 - 1974
11º Cláudio Martins 1975 - 1992
12º Artur Eduardo Benevides 1993 - 2004
13º José Murilo de Carvalho Martins 2005 - 2008
14º Pedro Henrique Saraiva Leão 2009 - 2012
15º José Augusto Bezerra 2013 - 2016
16º Ubiratan Diniz de Aguiar 2017 - 2018
17º Angela Maria Rossas Mota de Gutiérrez 2019 -

Notas

  1. vaga com a morte de Genuíno Sales
  2. Vaga com a morte de Francisco Ernando Uchôa Lima

Referências

  1. «Academia Cearense de Letras - site oficial». www.ceara.pro.br. Consultado em 22 de setembro de 2018 
  2. Lei estadual do Ceará 393 de 1897
  3. Dos 28, os 27 fundadores mais Rodrigues de Carvalho, ou tinham morrido ou estavam fora do Ceará.
  4. «Academia Cearense de Letras». www.fortalezanobre.com.br. Consultado em 22 de setembro de 2018 
  5. «Academia Cearense de Letras». Coisa de Cearense. 10 de setembro de 2010 
  6. Gutiérrez, Angela Maria Rossas Mota de (28 de agosto de 2014). «Os 120 anos da Academia Cearense de Letras» (PDF). institutodoceara.org.br/. Consultado em 22 de setembro de 2018 
  7. Revista da Academia Cearense de Letras. Edição de 1973.
  8. LINHARES, Mário. História literária do Ceará. Rio de Janeiro, Jornal do Commercio, 1948.
  9. «Academia Cearense de Letras» (PDF). academiacearensedeletras.org.br. Consultado em 6 de outubro de 2018 
  10. www.indexdigital.com.br, Index Comunicação Digital /. «Academia Cearense De Letras | Fundação Beto Studart». www.fundacaobetostudart.org.br. Consultado em 22 de setembro de 2018 
  11. Ceará, Mapa Cultural do (26 de março de 2015). «Palácio da Luz (Academia Cearense de Letras) - Mapa Cultural do Ceará». Mapa Cultural do Ceará 
  12. Academia Cearense de Letras completa 120 anos de existência - G1 Ceará - Bom Dia Ceará - Catálogo de Vídeos, consultado em 22 de setembro de 2018 
  13. «Academia Cearense de Letras». www.academiacearensedeletras.org.br. Consultado em 23 de agosto de 2018 
  • AZEVEDO, Sânzio (Org.) - Antologia da Academia Cearense de Letras - Edição do Centenário. Fortaleza: Academia Cearense de Letras, 1994.
  • AZEVEDO, Sânzio - Literatura Cearense. Fortaleza: Academia Cearense de Letras, 1976.
  • BARREIRA, Dolor - História do Ceará: História da Literatura Cearense (1º Tomo). Fortaleza: Edições do "Instituto do Ceará", 1948.

Ligações externas

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