On the duration of nasal vowels in Brazilian Portuguese
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2012.v12n0a3974Resumo
Este estudo visou reavaliar os achados de Moraes & Wetzels (1992) sobre a duração de vogais nasais distintivas do PB ao ampliar as vogais e os contextos estudados. Segundo a hipótese, uma maior duração da vogal nasal é uma manifestação, no nível da implementação fonética, de uma representação bimoraica e por isso a vogal nasal resultaria mais longa do que as vogais orais e mesmo do que as vogais nasais alofônicas, cuja representação é monomoraica. Foram registradas três repetições de 15 palavras representando cinco contextos diferentes por sujeitos falantes do dialeto de BH. A análise por modelos de efeitos mistos mostrou que a hipótese se refere apenas ao comportamento do [a] antes de plosiva e do [i] antes de fricativa. A hipótese foi também reformulada nos termos da “primazia moraica” (moraic primacy): os falantes mostram maior variação se comparados seu tempo de articulação de segmentos diferentes quando tais segmentos são ocupados por apenas uma mora. Analisaram-se então a variação na duração das vogais [a, i] orais e nasais em contexto seguido por plosiva ou fricativa. Embora vogais sejam mais longas antes de fricativa do que de plosiva, esta diferença aqui só foi atestada nas vogais orais, o que é condizente com a hipótese de que duas moras ocupam mais tempo fonológico restringindo a variação coarticulatória durante a implementação fonética.
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