Outro gênero com uma dezena de espécies de características comuns, tanto em relação ao colorido da plumagem quanto ao comportamento reprodutivo. Vivem em florestas de todo país nos estratos médio a alto, usualmente em grupos monoespecíficos. Esses grupos se congregam a bandos mistos, ao lado de pássaros insetivoros ou seguindo formigas-de-correição pelo sub-bosque. Nidificam em cavidades naturais e em túneis em barrancos, os quais são muito semelhantes ao gênero Philydor.
O barranqueiro-pardo mede cerca de 19 cm de comprimento. Distingue-se de outras espécies do gênero Automolus por apresentar a garganta branca e a cauda ferrugínea.
É comum no sub-bosque de florestas úmidas de terra firme e de várzea. Vive solitário ou aos pares, geralmente acompanhando bandos mistos de insetívoros do sub-bosque.
Ao longo de toda a Amazônia brasileira e nos demais países amazônicos: Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
Análises de vocalizações, biometria e caracteres da plumagem, revelam que Automolus leucophthalmus consiste de duas espécies biológicas. A forma do Centro de Endemismo Pernambuco (lammi) difere morfologicamente das demais subespécies de Automolus leucophthalmus, contudo estas distinções são sutis, porém é altamente diferenciado em vários caracteres vocais. As diferenças vocais entre os dois grupos (leucophthalmus e lammi) são maiores do que aquelas conhecidas entre outros pares de espécies dentro do gênero. Decisão 4/2008 do CBRO
O barranqueiro-de-olho-branco mede 20 centímetros. Apresenta olhos e garganta brancos e plumagem ferrugínea.
Torna-se abundante em matas secundárias e capoeiras. Acompanha regularmente bandos mistos e correições de formigas pelo estrato médio e baixo, eventualmente como “espécie nuclear”.
Típico de florestas do Brasil Oriental.
O barranqueiro-escuro mede 17 centímetros. Apresenta os olhos amarelados e as áreas auriculares negras em contraste com a garganta ocre.
Habita florestas dominadas por soqueiras de bambus do gênero Gadua.
Ocorre no estados do Acre e de Rondônia.
O barranqueiro-camurça mede 19 centímetros. Apresenta o peito escamado.
Vive em todos os tipos de florestas, especialmente em matas de transição e em florestas paludosas.
Ocorre em toda a Amazônia.
O barranqueiro-do-pará tem uma coroa mais acinzentada e uma cauda mais rufa do que a do barranqueiro-pardo(Automolus infuscatus). Uma das principais razões para considerar barranqueiro-do-pará como uma espécie separada e plena é sua vocalização diferente, que é muito mais lenta do que a espécie citada.
É encontrado principalmente em florestas de terra firme.
Ocorre na Amazônia brasileira, a partir da margem direita do rio Madeira e no sul de Rondônia e no norte de Mato Grosso.
O barranqueiro-ferrugem mede de 17 a 20 centímetros. Independente da subespécie a que pertença, trata-se do representante de plumagem mais escura do gênero, apresentando a garganta com tons ferrugíneos.
É encontrado em matas de terra firme, com uma subespécie alcançando o estado do Acre.
Ocorre na Amazônia Setentrional.
O barranqueiro-de-coroa-castanha mede cerca de 19,5 cm de comprimento.
Varia de incomum a localmente comum. Habita o denso estrato inferior da várzea e florestas de galeria, também em ilhas fluviais. Em algumas áreas habita a floresta de terra firme, onde prefere manchas de bambus. É mais ouvido do que observado.
Regiões periféricas da Amazônia brasileira, tanto ao norte quanto ao sul do Rio Amazonas, estando ausente de sua região mais central. Encontrado localmente também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.