Falácias Informais
Falácias cujas premissas: a) não são relevantes para a
conclusão; b) Não fornecem dados suficientes para garantir a conclusão; c)
estão formuladas com linguagem ambígua. A capacidade persuasiva destes
argumentos reside frequentemente no seu impacto psicológico sobre o auditório. 5.
Apelo à Piedade ( Argumentum ad Misericordiam). Faz-se
apelo à misericórdia do auditório de forma a que a conclusão seja
aceite.
Exemplos:
a) Sr. Juiz não me prenda, porque se o
fizer os meus filhos ficam desamparados.
b) Não torne o seu filho infeliz, adquira-lhe
já um televisor panorâmico!
6. Apelo à Ignorância (Argumentum ad
Ignorantiam). Utiliza-se uma premissa baseada na insuficiência de
evidências para sustentar ou negar uma dada conclusão.
Exemplo:
a)
Ninguém provou que Deus existe. Logo, Deus não existe.
b)
Ninguém provou que Deus não existe. Logo, Deus existe.
7. Apelo à Força ( Argumentum ad
Baculum). Pressão
psicológica sobre o auditório. Os argumentos são substituídos por ameaças
de punições.
Exemplos:
a) As minhas ideias são verdadeiras, quem
não as seguir será castigado.
b) Ou te calas ou não de dou dinheiro para ires
ao cinema!
c) A força faz a lei.
8. Apelo à Autoridade ( Argumentum ad
Verecundiam). Faz apelo à
autoridade e prestígio de alguém para sustentar uma dada conclusão.
Exemplos:
a) Einstein, o maior génio de todos o
tempos, gostava batatas fritas. Logo, as batatas fritas são o melhor alimento
do mundo.
b) O que foi bom bom no passado para a tua
família é também bom para ti. 9.
Ataque Pessoal ( Argumentum ad
hominem). Coloca-se em causa a
credibilidade do oponente, através de ataques pessoais, de forma a desvalorizar a importância do seus
argumentos.
Ex. Esta mulher afirma que foi roubada! Mas que
confiança nos pode merecer alguém que vive com uma ladra ?.
10. Apelo ao Povo (Argumentum
ad populum). Apela-se à
emoção e preconceitos das pessoas, não à sua razão.
Ex. Querem uma escola melhor? Querem um
melhor ensino? Votem na lista Z.
11. Argumento do Terror
(Argumentum ad terrorem). Evoca-se as
consequências negativas que podem resultar da não admissão
de determinada tese.
Ex. Ou nós ou o caos!. A escolha é
vossa. 12. Falácia da Bola de
Neve ( Argumentum ad
consequentian).
Exagera-se nas consequências que podem resultar se se aceitar
uma dada tese. Ex. Os
pequenos delitos se não forem severamente reprimidos, abrem caminho aos crimes mais hediondos.
13. Falácia ignorância da causa. A conclusão é
extraída de uma sucessão de acontecimentos. Um facto circunstancial é tomado
a causa principal.
Exemplos:
a)
Depois do cometa houve uma epidemia; logo, os cometas causam
epidemias.
b) O dinheiro desapareceu do cofre depois do João ter saído da loja.
Logo....
c) O trovão ocorreu depois do relâmpago. Logo,
o relâmpago é a causa do trovão.
14. Falácia do Ónus da
Prova.
15. Falso Dilema.
Apenas são apresentadas duas alternativas, sendo omitidas as restantes
hipóteses.
Exemplos:
a) Quem não está por mim, está contra
mim.
b) É pegar ou largar!
c) O Joaquim é genial ou idiota. Como não se
revelou genial, é pois idiota.
16.
Perguntas capciosas. A pergunta
funciona como uma armadilha para quem responde.
Exemplos:
a).
Perante uma situação em que são solicitadas respostas do tipo sim ou
não, pergunta-se a alguém que se vê envolvida num furto
ocorrido numa escola: "Já
deixou de roubar na escola?"
b)
Vocês ganharam fazendo batota ou subornando o arbitro ?
c)
Continuas tão egoísta como eras ?
Qualquer
resposta do tipo sim ou não, compromete o sujeito em actos ilícitos.
17. Múltiplas
perguntas. Consiste
em confundir o adversário com várias perguntas de modo a que
não seja possível uma única resposta, ou levando-o a
contradizer-se.
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