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Roger Bacon – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Roger Bacon

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Roger Bacon
Roger Bacon
Estatua de Roger Bacon en el Museo de Historia Natural de Oxford
Nascimento Roger Bacon
1220
Ilchester
Morte 1292 (71–72 anos)
Oxford
Sepultamento Church of Ss Edmund and Frideswide (Greyfriars Church)
Cidadania Reino da Inglaterra
Alma mater
Ocupação filósofo, físico, teólogo, musicólogo, teórico musical, astrólogo, alquimista, tradutor, inventor, matemático, escritor
Empregador(a) Universidade de Oxford, Universidade de Paris
Obras destacadas Opus majus, Opus minus, Opus tertium, Summa Grammatica
Movimento estético Escolástica
Religião catolicismo

Roger Bacon ou Rogério Bacon OFM, (Ilchester, Somerset, 1214Oxford, 1294), também conhecido como Doctor Mirabilis (Doutor Admirável em latim), foi um dos mais famosos frades de seu tempo. Ele foi um Padre e filósofo inglês que deu bastante ênfase ao empirismo e ao uso da matemática no estudo da natureza. Estudou nas universidades de Oxford e Paris. Contribuiu em áreas importantes como a Mecânica, a Filosofia, a Geografia e principalmente a Óptica.[1]

Bacon viveu um período de forte atividade intelectual e proliferação de universidades através da Europa.

Por volta de 1240 ingressou para a Ordem dos Franciscanos, onde, fortemente influenciado por Robert Grosseteste, dedicou-se a estudos nos quais introduziu a observação da natureza e a experimentação como fundamentos do conhecimento natural. Roger Bacon vai um passo além de seu tutor e descreve o método científico como um ciclo repetido de observação, hipótese, experimentação e necessidade de verificação independente. Ele registrava a forma em que conduzia seus experimentos em detalhes precisos a fim de que outros pudessem reproduzir seus experimentos e testar os resultados — essa possibilidade de verificação independente é parte fundamental do método científico contemporâneo.

Estudo sobre óptica.

Seus avanços nos estudos da Óptica possibilitaram a invenção dos óculos e seriam em breve imprescindíveis para a invenção de instrumentos como o telescópio e o microscópio.

Ele propagou o conceito de "leis da natureza", fato importante num período do século XIII em que estavam ocorrendo constantes modificações no pensamento filosófico e na filosofia da natureza. "Seus escritos, na verdade, mostram as virtudes e não os vícios da escolástica — a mistura do dogma religioso com a filosofia, que era a marca registrada do pensamento da intelectualidade ocidental entre os séculos IX e XV." (Ronan, Colin A. História Ilustrada da Ciência, volume 2. Universidade de Cambridge. pp. 142 e 143).

A sua principal obra é Opus majus, em 7 partes.

Em 1277, proposições relacionadas à astrologia de Bacon foram condenadas por Tempier, bispo de Paris. Por sua vez, Bacon promoveu uma defesa de seus pontos de vista publicando a obra Speculum astronomiae.

Trabalho alquímico

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Roger Bacon também se destacou pelo seu trabalho de alquimia. Seus experimentos deram origem a lendas sobre suas façanhas, como, por exemplo, dele ter construído uma cabeça mecânica de bronze que era capaz de prever o futuro. Uma famosa citação dele era a que ele comparava o trabalho alquímico com uma horta: mesmo se colhesse o que não pretendia, ter-se-ia cultivado e melhorado a colheita. Descobrira a pólvora, era capaz de acender uma vela com uma lente e seus estudos contribuíram para o desenvolvimento de um telescópio primitivo, que mais tarde seria criado por Galileu.

Na obra "O Nome da Rosa", do escritor italiano Umberto Eco, é feita menção a Roger Bacon. Segundo o autor, ele seria fonte de inspiração para o franciscano Guilherme de Baskerville, personagem central daquela obra. Assim como Bacon, frei Guilherme é um monge excêntrico e com conhecimento avançado para a época.

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O Wikiquote possui citações de ou sobre: Roger Bacon

Referências

  1. Roger Bacon, pag. 1289 - Grande Enciclopédia Universal - edição de 1980 - ed. Amazonas

Fontes primárias

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  1. (1909–40), Opera hactenus inedita, ed. Robert Steel and Ferdinand Delorme, Oxford: Clarendon Press.
  2. (1978), Opus maius: De signis, in K. M. Fredborg, Lauge Nielsen, and Jan Pinborg, eds., “An unedited part of Roger Bacon’s Opus maius: De signis,” Traditio 34, pp. 75–136.
  3. (1983), De multiplicatione specierum and De speculis comburentibus, in David C. Lindberg, ed., Roger Bacon’s Philosophy of Nature: A Critical Edition, with English Translation, Introduction and Notes of De multiplicatione specierum and De speculis comburentibus, Oxford: Clarendon Press.
  4. (1986 and 1987), Summulae dialectices, in Alain de Libera, ed., Les Summulae dialectices de Roger Bacon, Archives d’Histoire Doctrinale et Littéraire du Moyen Âge53 (pp. 139–289); 54 (pp. 171–278).
  5. (1988), Compendium of the Study of Theology, in Thomas S. Maloney, Roger Bacon: Compendium of the Study of Theology: Edition and Translation with Introduction and Notes, Leiden: Brill.
  6. (1993), Geometria speculativa, in George Molland, ed. and trans., “Roger Bacon’s Geometria speculativa,” in M. Folkerts and J. P. Hogendijk, eds., Vestigia mathematica, Amsterdam and Atlanta:Editions Rodolpi.
  7. (1996), Perspectiva, in David C. Lindberg, ed., Roger Bacon and the Origins of Perspectiva in the Middle Ages: A Critical Edition and English Translation of Bacon’s Perspectiva with Introduction and Notes,Oxford: Clarendon Press.

Fontes secundárias

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  1. Alessio, Franco (1959), “Un secolo di studi su Ruggero Bacone (1848–1957),”Revista Critica di Storia della Filosofia14, pp. 81–102.
  2. Berubé, Camille (1976), De la philosophie à la sagesse chez Saint Bonaventure et Roger Bacon, Rome: Istituto Storico dei Cappuccini.
  3. Catach-Rosier, I. (1997), “Roger Bacon and grammar,” in J. Hackett, ed., Roger Bacon and the Sciences: Commemorative Essays(pp. 67–102), Leiden, New York, and Cologne: Brill.
  4. de Libera, A. (1997), “Roger Bacon et la logique,” in J. Hackett, ed., Roger Bacon and the Sciences: Commemorative Essays(pp. 103–32), Leiden, New York, and Cologne: Brill.
  5. Ebbesen, Sten (1970), “Roger Bacon and the fools of his time,” in Cahiers de l’Institut du Moyen Âge Grec et Latin3, pp. 40–4.
  6. ——(1979), “The dead man is alive,”Synthese40, pp. 43–70.
  7. Hackett, Jeremiah (1995), “Scientia experimentalis: from Robert Grosseteste to Roger Bacon,” in James McEvoy, ed., Robert Grosseteste: New Perspectives on his Thought and Scholarship(pp. 89–119), Turnhout: Brepols; Steenbrugis: Abbatia S. Petri.
  8. ——ed. (1997a), Roger Bacon and Aristotelianism, Vivarium35/2 (September), pp. 129–35.
  9. ——ed. (1997b), Roger Bacon and the Sciences: Commemorative Essays, Leiden: Brill.
  10. ——(1997c), “The published works of Roger Bacon,”Vivarium35/2 (September), pp. 315–20.
  11. ——(1998), “Experientia, Experimentumand the perception of objects in space,” in Jan A. Aertsen and Andreas Speer, eds., Raum und Raumvorstellungen im Mittelalter, Miscellanea medievalia 25 (pp.101–20), Berlin: De Gruyter.
  12. Hackett, Jeremiah and Maloney, Thomas S. (1987), “A Roger Bacon bibliography (1957–85),”The New Scholasticism 61, pp. 184–207.
  13. Hedwig, Klaus (2000), “Roger Bacon: scientia experimentalis,” in Theo Kobusch, ed., Philosophen des Mittelalters(pp. 140–51), Darmstadt: Primus.
  14. Kukssewicz, Z. (1982), “The potential and agent intellect,” in Norman Kretzmann, Anthony Kenny, Jan Pinborg, eds., The Cambridge History of Later Medieval Philosophy(pp. 595–601), Cambridge: Cambridge University Press.
  15. Maloney, Thomas S. (1982),“Roger Bacon on The significatum of words,” in L. Brind’Amour and E. Vance, eds., Archéologie du signe(pp. 187–211), Toronto: Pontifical Institute of Mediaeval Studies.
  16. ——(1983), “The semiotics of Roger Bacon,”Mediaeval Studies45, pp. 120–54.
  17. ——(1984), “Roger Bacon on equivocation,”Vivarium22, pp. 85–112.
  18. ——(1997), “A Roger Bacon bibliography (1985–95),” in Jeremiah Hackett, ed., Roger Bacon and the Sciences: Commemorative Essays(pp. 395–403), Leiden: Brill.