Relações entre Austrália e Estados Unidos
As relações entre Austrália e Estados Unidos são as relações diplomáticas estabelecidas entre a Comunidade da Austrália e os Estados Unidos da América. Os Estados Unidos reconheceram a Austrália em 8 de janeiro de 1940, quando os governos dos Estados Unidos e da Austrália anunciaram o estabelecimento de relações diplomáticas bilaterais.[1]
A experiência da Segunda Guerra Mundial, as semelhanças na cultura e contexto histórico, e a partilha de valores democráticos tornaram as relações dos Estados Unidos com a Austrália excepcionalmente fortes e próximas. Os laços que ligam as duas nações abrangem todo o espectro das relações internacionais - desde contatos comerciais, culturais e ambientais à cooperação política e de defesa.
Esta tradicional amizade é reforçada pela ampla gama de interesses comuns e pontos de vista semelhantes na maioria das grandes questões internacionais. Ambos atribuem alta prioridade ao controle e, eventualmente, a eliminação de armas químicas, armas de destruição em massa, e minas terrestres, e também trabalham em estreita colaboração nas questões ambientais globais, como a redução das alterações climáticas e a preservação dos recifes de coral. O governo australiano e a oposição compartilham a visão de que a segurança da Austrália depende de laços firmes com os Estados Unidos, e o Tratado ANZUS goza de amplo apoio bipartidário.
Relações militares
[editar | editar código-fonte]A Austrália é um importante comprador de equipamentos militares dos Estados Unidos, sendo consistentemente classificada entre os dez primeiros a nível mundial, com base nas vendas em dólar. O caça F/A-18E/F Super Hornet é o avião de combate principal da Força Aérea Real Australiana.
ANZUS
[editar | editar código-fonte]O tratado de segurança entre Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos (ANZUS) foi concluído na cidade de San Francisco em 1 de setembro de 1951, e entrou em vigor em 29 de abril de 1952. O tratado vinculava os signatários a reconhecer que um ataque armado na área do Pacífico sobre qualquer um deles colocaria em risco a paz e a segurança dos outros. Os países se comprometeram a consultar seus parceiros em caso de uma ameaça e, em caso de ataque, enfrentar o perigo comum, em conformidade com seus respectivos processos constitucionais. As três nações também se comprometeram a manter e desenvolver capacidades individuais e coletivas para resistir à agressão.[2]
Guerra ao Terror
[editar | editar código-fonte]Na sequência dos ataques de 11 de setembro de 2001, em que onze cidadãos australianos também foram mortos, houve um derramamento enorme de simpatia da Austrália pelos Estados Unidos. O primeiro-ministro John Howard se tornou um dos mais fortes defensores internacionais do presidente George W. Bush e apoiou os Estados Unidos na invasão do Afeganistão em 2001 e na invasão do Iraque em 2003.
Em 2011, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, anunciaram um acordo para estabelecer a presença militar americana permanente no norte do país. A presença militar na Austrália "permitirá que os Estados Unidos contem com um maior equilíbrio geográfico na Ásia e no Pacífico e possam responder a uma gama de interesses na região".
Os Estados Unidos têm observado com preocupação a crescente tensão no Mar da China Meridional, uma área que considera estratégica para seus interesses, já que por suas rotas passam cerca de US$ 1,2 trilhão de dólares anuais em mercadorias entrando ou saindo do país.[3]