Primeiros princípios
Os primeiros princípios ou princípios primordiais é uma proposição ou suposição básica, fundamental, auto-evidente, que não pode ser deduzida de qualquer outra proposição ou suposição. Em filosofia, os primeiros princípios são ensinados pelos aristotélicos,[1] e as nuançadas versões dos primeiros princípios são referidas como postulados pelos kantianos.[2][3][4][5] Na matemática, os primeiros princípios[6] são referidos como axiomas ou postulados. Em física e outras ciências, o trabalho teórico é dito a partir dos primeiros princípios, ou ab initio, se ele começa diretamente no nível da ciência estabelecida e não faz suposições como modelo empírico e ajuste de parâmetros.
Métodos ab initio
[editar | editar código-fonte]Os métodos ab initio são métodos da química computacional baseados na química quântica.[7] O uso do termo ab initio foi usado pela primeira vez na química quântica por Robert Parr e colaboradores, incluindo David P. Craig em um estudo semiempírico dos estados excitados do benzeno.[8][9] A teoria foi descrita por Parr.[10] Em seu significado moderno ('primeiros princípios') o termo foi usado por Chen[11] (quando citavam um relatório inédito. de 1955, do MIT por Allen e Nesbet), por Roothaan[12] e, no título de um artigo, por Allen e Karo,[13] que o definiu claramente.
Argumento cosmológico
[editar | editar código-fonte]O argumento cosmológico é menos um argumento particular do que um tipo de argumento. Ele usa um padrão geral de argumentação (logos) que faz uma inferência de fatos alegados particulares sobre o universo (cosmos) para a existência de um ser único, geralmente identificado com Deus ou referido como Deus.[14]
A premissa básica é que, já que há um universo em vez de nenhum, ele deve ter sido causado por algo ou alguém além dele mesmo. E essa primeira causa deve ser Deus. Esse raciocínio baseia-se na lei da causalidade, que diz que toda coisa finita ou contingente é causada agora por algo além de si mesma.[15]
Referências
- ↑ A AQUISIÇÃO DOS PRIMEIROS PRINCÍPIOS EM ARISTÓTELES por Jaqueline Stefani DOI: 10.15210
- ↑ Henry Allison (2004) Kant's transcendental Idealism (Yale University Press)
- ↑ Thomas Auxter (1982) Kant's Moral Teleology (Mercer University Press)
- ↑ Lewis White Beck (1960) A Commentary on Kant's Critique of Practical Reason (University of Chicago Press)
- ↑ R. Beiner and W.J. Booth (eds.) (1993) Kant and Political Philosophy (Yale University Press)
- ↑ Análise Iógica dos primeiros princípios por V. de Sousa Alves, publicado em Revista Portuguesa de Filosofia T. 36, Fasc. 3/4, Contribuição para a Filosofia em Portugal (Jul. - Dec., 1980), pp. 279-299
- ↑ Levine, Ira N. (1991). Quantum Chemistry. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice Hall. pp. 455–544. ISBN 0-205-12770-3
- ↑ Parr, Robert G. «History of Quantum Chemistry»
- ↑ Parr, Robert G.; Craig D. P,. and Ross, I. G (1950). «Molecular Orbital Calculations of the Lower Excited Electronic Levels of Benzene, Configuration Interaction included». Journal of Chemical Physics. 18 (12): 1561–1563. doi:10.1063/1.1747540
- ↑ Parr, R. G. (1990). «On the genesis of a theory». Int. J. Quantum Chem. 37 (4): 327–347. doi:10.1002/qua.560370407
- ↑ Chen, T. C. (1955). «Expansion of Electronic Wave Functions of Molecules in Terms of 'United‐Atom' Wave Functions». J. Chem. Phys. 23 (11): 2200–2201. doi:10.1063/1.1740713
- ↑ Roothaan, C. C. J. (1958). «Evaluation of Molecular Integrals by Digital Computer». J. Chem. Phys. 28 (5): 982–983. doi:10.1063/1.1744313
- ↑ Allen, L. C.; Karo, A. M. (1960). «Basis Functions for Ab Initio Calculations». Revs. Mod. Phys. 32 (2): 275-. doi:10.1103/RevModPhys.32.275
- ↑ Reichenbach, Bruce (2019). Zalta, Edward N., ed. «Cosmological Argument». Metaphysics Research Lab, Stanford University
- ↑ «Religio, Histria, Cincia e Filosofia». document.onl. Consultado em 8 de março de 2020