Operação Coalizão Vermelha
Operação Coalizão Vermelha ou Operação Coligação Vermelha é[1] um suposto plano de atentados terroristas nos Estados Unidos. Os atentados teriam como alvo, primariamente, o embaixador saudita nos Estados Unidos, Adel Al-Jubeir, além das embaixadas de Israel e Arábia Saudita em Washington, D.C.. Duas pessoas foram indiciadas pelas acusações: o cidadão americano de origem iraniana Manssor Arbabsiar e Gholam Shakuri, que seria um membro da Força Quds, uma unidade de operações especiais da Guarda Revolucionária Iraniana.[2][3]
Suposto plano
[editar | editar código-fonte]No dia 11 de outubro de 2011 a rede de notícias ABC News publicou uma reportagem em que oficiais federais dos Estados Unidos afirmam que agentes do FBI e DEA teriam desmontado "um plano para 'cometer um atentado terrorista significativo nos Estados Unidos' ligado ao Irã".[2]
Segundo os oficiais, o plano incluía o assassinato de Adel Al-Jubeir, embaixador da Arábia Saudita nos Estados Unidos, em um atentado com uma bomba. A este atentado, seguir-se-iam ataques nas embaixadas de Israel e Arábia Saudita em Washington, D.C. Ainda segundo os oficiais, ataques com bombas às embaixadas sauditas e israelenses em Buenos Aires também foram mencionados.[2]
Manssor iria contratar um membro do cartel de drogas mexicano Zetas. Segundo a revista The Atlantic, Manssor teria oferecido US$ 1,5 milhões a um agente da DEA infiltrado para que procedesse com os atentados, supondo que o agente seria realmente um membro do cartel. Manssor teria agendado duas transferências de US$ 49960 para agosto de 2011, além de sugerir ao agente que seus contatos no governo iraniano poderiam prover "toneladas de ópio" ao cartel.[3]
O suposto contratante teria dito que recebia ordens de membros do alto escalão do governo iraniano - incluindo um sobrinho que seria "membro do Exército Iraniano mas não usa uniforme".[2]
Reações à notícia
[editar | editar código-fonte]O advogado-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, afirmou no mesmo dia em que a notícia foi publicada que uma fação do governo iraniano concebeu, apoiou e direcionou o plano a partir do Irã. Ele ainda afirmou que o plano era uma violação "flagrante" das leis norte-americanas e internacionais, e que os Estados Unidos estariam comprometidos a responsabilizar o Irã.[2] O diretor do FBI, Robert Muelle, afirmou que os Estados Unidos imporiam "todo o peso da lei" aos responsáveis, e que atentados em solo americano não seriam tolerados.[2] Por sua vez, oficias superiores da Casa Branca afirmaram que não havia nenhum indício de que o Líder Supremo Iraniano, aiatolá Ali Kamenei, ou o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, conheceriam os planos dos atentados. Disseram ainda que os Estados Unidos "buscarão um caminho para resposta que não inclua a possibilidade de um conflito armado com o Irã."[2]
Um representante iraniano em Washington teria dito à ABC que os informes do governo eram "falsos", mas não teria apresentado mais informações.[2] Oficiais iranianos teriam dito em redes de notícias ligadas ao governo de Teerã que as notícias eram um "cenário prefabricado" e que as acusações seriam o início de "uma nova campanha de propaganda contra o Irã".[2]
Referências
- ↑ Richard Esposito (11 de outubro de 2011). «Iran 'Directed' Washington, D.C., Terror Plot, U.S. Says». ABC News.
The new case, called Operation Red Coalition, began in May when an Iranian-American from Corpus Christi, Texas, approached a DEA informant seeking the help of a Mexican drug cartel to assassinate the Saudi ambassador, according to counter-terrorism officials.
- ↑ a b c d e f g h i Richard Esposito (11 de outubro de 2011). «Iran 'Directed' Washington, D.C., Terror Plot, U.S. Says». ABC News
- ↑ a b Adam Martin (11 de outubro de 2001). «U.S. Implicates Iran in Saudi Ambassador Assasination Plot». The Atlantic