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Odontologia – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Odontologia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um cirurgião-dentista (médico-orofacial) trabalhando com paciente

Medicina Orofacial ou Odontologia (português brasileiro) ou medicina dentária (português europeu) é a área da saúde humana que estuda e trata do sistema estomatognático - compreende o crânio, a face, pescoço e cavidade bucal, abrangendo ossos, musculatura mastigatória, articulações, dentes e tecidos. Em Portugal, a Medicina Dentária é um segmento independente, tal como no Brasil é a Odontologia ou, recentemente, Medicina Orofacial. Médico Orofacial, Médico Bucofacial ou Médico Estomatologista são sinônimos atribuídos ao título de Cirurgião Dentista para estes profissionais no Brasil; já em Portugal, os Licenciados com Mestrado Integrado em Medicina Dentária designam-se Médicos Dentistas. Por saúde oral, entende-se a ausência de doença estomatognática, bem como a correta função, estabilidade e até mesmo estética de todo o sistema estomatognático, incluindo região craniana e cervical. Nos dias de hoje, sabe-se que a saúde oral tem sérias implicações na saúde humana, sendo as duas indissociáveis.

No Brasil, a Odontologia se configura como especialidade médica autônoma, desta forma o médico cirurgião dentista detém de todas as prerrogativas médicas inerentes ao exercício profissional. Essa situação ficou configurada pela Lei de regulamentação da Odontologia[1] e após a aprovação da Lei do ato médico,[2] na qual a Odontologia foi totalmente isentada em sua área de atuação.

A formação inclui disciplinas das áreas de saúde, ciências médicas e biológicas, como anatomia, patologia, fisiologia, histologia, microbiologia, imunologia e bioquímica, dentre outras. As matérias profissionalizantes incluem radiologia, materiais dentários, dentística, endodontia, periodontia, cirurgia bucomaxilofacial, próteses, odontopediatria e ortodontia. No segundo ano o aluno começa a treinar restaurações e demais procedimentos em aulas práticas de laboratório, utilizando um manequim odontológico e dentes naturais extraídos, bem como tratamentos de canal. Ainda no segundo ano, os alunos começam atendimentos em clínica de estomatologia, odontologia preventiva e estomatologia. A partir do terceiro ano o aluno passa a atender pacientes na clínica da faculdade procedimentos como próteses e cirurgias diversas. O curso dura em média 5 anos, chegando a 6 em algumas faculdades.

O médico oral ou médico cirurgião dentista, detém de todas as prerrogativas médicas incluindo prescrição de qualquer medicamento de uso interno ou externo, solicitação de qualquer tipo de exame complementar, seja de imagem ou laboratorial, podendo emitir qualquer tipo de atestado em sua área de atuação e na qualidade de cirurgião oral ou crâniofacial, poderá solicitar a internação de seus pacientes.

No Brasil, se caracteriza como um curso bastante disputado na ciência médica e da saúde, sendo obrigatória a apresentação de um trabalho de conclusão de curso, que pode ser um artigo científico ou uma monografia. Na qualidade de cirurgião bucomaxilofacial, o cirurgião dentista, poderá passar por uma residência hospitalar em período integral que dura em média de 3 a 4 anos, ou curso de especialização, alcançando a titulação em Cirurgião e Traumatologista bucomaxilofacial, sendo especialista em cirurgias do complexo crânio-maxilo-facial e cervical. (Cirurgia de Cabeça, Face, Cavidade oral e pescoço).

Especialidades variavelmente reconhecíveis internacionalmente: Medicina Endodôntica, Medicina Prostodôntica, Medicina Periodôntica, Medicina Oral ou Estomatologia, Medicina Dentística, Cirurgia (Cirurgia Oral e Maxilofacial e Cirurgia Ortognática), Patologia Oral e Maxilofacial, Imagiologia e Radiologia Oral e Maxilofacial; Pediatria Orofacial, Medicina Orofacial Hospitalar, Medicina Orofacial Desportiva, Geriatria Orofacial, Medicina Orofacial Forense, Medicina Orofacial Ocupacional, Ortopedia Orofacial, Oncologia Oral e Maxilofacial, Anestesiologia Oral e Maxilofacial, Implantologia Orofacial, Harmonização Orofacial, Medicina Ortodôntica e Saúde Pública Oral.

Medicina dentária em Portugal

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Um Médico Dentista é o profissional da saúde responsável por diagnosticar, tratar e prevenir todas as patologias orais e maxilares, bem como de todas as estruturas anexas a estes, entenda-se, todo o Sistema Estomatognático. Para se poder intitular Médico Dentista, é necessário possuir um curso superior (Licenciatura ou Mestrado Integrado) em Medicina Dentária obtido em Portugal e estar inscrito na Ordem dos Médicos Dentistas.

Existe, no entanto, outro profissional de saúde cujas competências igualam às dos Médicos Dentistas - os Médicos Estomatologistas. A diferença reside sobretudo no percurso profissional entre ambos - o Médico Estomatologista é um profissional licenciado em Medicina e que conclui, posteriormente, a especialidade em Estomatologia. Os Médicos Estomatologistas estão englobados na Carreira Médica Hospitalar e exercem a sua função em hospitais, centros de saúde e clínicas privadas, enquanto que os Médicos Dentistas não estão atualmente contemplados por qualquer carreira e exercem quase exclusivamente em consultórios, clínicas e hospitais privados. No entanto, esta situação ocorre apenas em Portugal Continental - nos Açores, os Médicos Dentistas trabalham em Centros de Saúde e na Madeira estão contratualizados.

O ensino superior em Medicina Dentária é algo recente no panorama Português. A política de criação de Escolas Superiores de medicina dentária teve a sua origem num plenário de Médicos Estomatologistas, realizado em 1974 na cidade de Aveiro. Nas conclusões desse plenário ressalvou-se que se deveria fazer o ensino da Odonto Estomatologia a um nível pré-graduado nas Universidades de Lisboa, Porto e Coimbra. Estas foram criadas em 1975 - Dec.-Lei 282/75, com a criação da Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa (ESMDL), em 1976 - Dec.-Lei 368/76, com a do Porto (ESMDP) e em 1976 a de Coimbra, tendo esta última como base o Serviço de Estomatologia e Cirurgia Maxilo-Facial dos Hospitais da Universidade de Coimbra (SECMF-HUC).

No entanto, hoje observa-se que a tendência é a de se formarem cada vez menos Médicos Estomatologistas, ao passo que muitos serviços de Estomatologia têm encerrado, nomeadamente em Centros de Saúde.

Em Portugal, ainda falta a inserção da Medicina Dentária como área de saúde pública, em Hospitais Públicos, Centros de Saúde Públicos, entre outros.

Podem destacar-se diversas faculdades, em Portugal, de que são exemplo, a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP), o Instituto Superior de Ciências da Saúde - Norte (ISCS-N/CESPU) , a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, o Instituto Universitário Egas Moniz, a Universidade Católica Portuguesa (polo de Viseu), assim como a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), que incorpora concomitantemente o ensino da Medicina Dentária e Medicina, e a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL).

Ver artigo principal: História da Odontologia

Recursos Humanos

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Níveis de complexidade do trabalho

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Em cada um dos campos de ação da Odontologia, desde a clínica geral à reabilitação oral, podem ser identificadas tarefas de distintos níveis de complexidade. No setor industrial, por exemplo, são muito aplicadas as técnicas de "análise ocupacional" pelas quais uma determinada atividade ou ocupação é fracionada em seus módulos de conhecimentos, permitindo que os considerados como de maior simplicidade sejam executados por pessoal com preparo elementar ou básico, e os mais complexos caibam a profissionais de alto nível de formação, que evidentemente são mais caros para a empresa.

Respeitadas as peculiaridades do trabalho em saúde, não há porque deixar de aplicar a análise ocupacional, com objetivo de estender a cobertura populacional, ao labor em Odontologia e ao campo da saúde em geral.

Uma vez identificadas as tarefas por seu nível de complexidade, cada uma deve ser atribuída à pessoa com o correspondente nível de formação técnica. Quando isso não é feito, dois resultados podem ser inevitáveis:

  1. Uma redução nas possibilidades de acesso aos serviços disponíveis, devido ao encarecimento da atividade;
  2. Uma perda de qualidade nos serviços prestados, devido à inadequação entre o tipo de recurso humano utilizado e o tipo de tarefa que lhe foi dada.

É um erro colocar um profissional com um elevado padrão científico, adquirido em sofisticadas Universidades, para efetuar ações de baixo requerimento tecnológico. O exemplo mais comum, no campo odontológico, é o das restaurações dentárias nos programas de atenção a escolares primários: na sua maioria referem a cavidades simples, constituindo-se em atividade essencialmente mecânica que exige esforço mental mediano para sua realização. Para efetuar uma boa restauração classe I ou II com amálgama de prata, resina ou silicato, os requisitos fundamentais são três: destreza manual, prática constante e capacidade de discernimento para equacionar situações de dificuldade momentânea, sabendo quando referir o paciente. Quando esta tarefa se repete de maneira continuada, reduzem-se ao mínimo as oportunidades de inovações ou variação, fazendo-a monótona para um cirurgião-dentista que só se satisfaz realmente com trabalhos de maior densidade tecnológica, compatíveis com sua formação universitária. Em consequência, pode perder o interesse pelo que faz, tornando-a muito difícil evitar que o seu desempenho baixe de qualidade.

Mercado de trabalho

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A odontologia vem sofrendo, desde as últimas décadas, forte retração, consubstanciando uma drástica queda na procura pelos seus serviços, mormente no setor privado. Na verdade, não existe nenhuma congruência na formação de recursos humanos nesse setor, em relação a colocação da mão-de-obra odontológica no Brasil. O que existe, de fato, é um enorme abismo entre a grande massa de jovens recém formados e o mercado de trabalho.

No País, não há mais a necessidade de formação de profissionais de odontologia, apesar da paradoxal necessidade de significativa parte da população carente desses serviços.

A solução é criar vagas no setor público para promover uma odontologia de qualidade, abrangendo todas as suas ramificações, principalmente a preventiva.

O mercado de trabalho em Odontologia para um determinado país, região ou localidade, é função do modelo de prestação de serviços; dos padrões epidemiológicos, culturais e econômicos da população; do crescimento da oferta de mão-de-obra e da própria estrutura profissional.

Em áreas com alta prevalência de doenças bucais sem tratamento, caso típico da maioria dos países em desenvolvimento,[3] há, em princípio, um amplo mercado de trabalho à disposição tanto dos cirurgiões-dentistas como do pessoal técnico e auxiliar que atua ou deseja atuar no setor. Paradoxalmente, porém, não é incomum ouvir falar de "pletora profissional" (excesso de cirurgiões-dentistas) e até mesmo de desemprego nestas mesmas regiões. Isso significa que, por um lado, devido à forma de organização dos serviços uma grande parte da população não tem acesso a eles, seja por não dispor de recursos financeiros para custeá-los, seja porque o Estado os oferta em volume insuficiente; e por outro lado, algumas pessoas que têm acesso e podem pagar não os utiliza em função de aspectos comportamentais ou educacionais.

O mercado de trabalho torna-se, portanto, dependente em maior proporção de fatores extra odontológicos ligados notadamente à estrutura socioeconômica e de organização da sociedade. A concentração de profissionais nas grandes cidades e nas áreas com melhores níveis de renda é um fenômeno virtualmente universal que se agudiza nos países onde a concepção econômica se dá de maneira mais indisciplinada e de forma particular em tempos de escassez.

Tratamento odontológico

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A odontologia geralmente engloba práticas relacionadas à cavidade oral.[4] De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as doenças bucais são grandes problemas de saúde pública devido à sua alta incidência e prevalência em todo o mundo, com os desfavorecidos afetados mais do que outros grupos socioeconômicos.[5]

A maioria dos tratamentos odontológicos são realizados para prevenir ou tratar as duas doenças orais mais comuns, que são a cárie dentária (cárie dentária) e a doença periodontal (doença gengival ou piorreia). Tratamentos comuns envolvem a restauração dos dentes, extração ou remoção cirúrgica dos dentes, raspagem e alisamento radicular, tratamento endodôntico de canal radicular, e odontologia estética[6][7]

Por natureza de sua formação geral, os dentistas, sem especialização, podem realizar a maioria dos tratamentos dentários, como restaurações (obturações, coroas, pontes), próteses (próteses dentárias), terapia endodôntica (canal radicular), terapia periodontal (gengival), e extração de dentes, além de realizar exames, radiografias (raios-x) e diagnósticos. Os dentistas também podem prescrever medicamentos utilizados no campo como antibióticos, sedativos, e quaisquer outros medicamentos usados no manejo do paciente. Dependendo de seus conselhos de licenciamento, os dentistas gerais podem ser obrigados a completar treinamento adicional para realizar sedação, implantes dentários, etc.

Defeitos de esmalte irreversíveis causados por doença celíaca não tratada. Eles podem ser a única pista para o diagnóstico, mesmo na ausência de sintomas gastrointestinais, mas muitas vezes são confundidos com fluorose, descoloração por tetraciclina, refluxo ácido ou outras causas.[8][9][10] Os Institutos Nacionais de Saúde incluem um exame dentário no protocolo de diagnóstico da doença celíaca.[8]

Os dentistas também incentivam a prevenção de doenças bucais por meio de higiene adequada e check-ups regulares, duas vezes ou mais por ano, para limpeza profissional e avaliação. Infecções e inflamações bucais podem afetar a saúde geral e as condições na cavidade oral podem ser indicativas de doenças sistêmicas, como osteoporose, diabetes, doença celíaca ou câncer.[11][8][12][13] Muitos estudos também mostraram que a doença periodontal está associada a um maior risco de diabetes, doenças cardíacas e parto prematuro. O conceito de que a saúde bucal pode afetar a saúde e doença sistêmicas é referido como "saúde oral-sistêmica".

Especialidades

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Atualmente, são 24 as especialidades de Odontologia Brasileira reconhecidas pelo Conselho Federal de Odontologia – CFO, que são:

Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais

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Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais é a especialidade médica dentro da odontologia que tem como objetivo o diagnóstico e o tratamento cirúrgico e coadjuvante das doenças, traumatismos, lesões e anomalias congênitas e adquiridas do crânio, da face, aparelho mastigatório e anexos, e estruturas cérvico-faciais associadas.

As áreas de competência para atuação do especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais incluem:

  • Implantes, enxertos, transplantes e reimplantes;
  • Biópsias;
  • Cirurgia e traumatologia crâniofacial;
  • Cirurgia estética e reconstrutiva;
  • Cirurgia com finalidade protética;
  • Cirurgia com finalidade ortodôntica;
  • Cirurgia ortognática;
  • Tratamento cirúrgico de cistos;
  • Afecções radiculares e perirradiculares;
  • Doenças das glândulas salivares;
  • Doenças da articulação têmporomandibular;
  • Lesões de origem traumática na área crânio-maxilo-facial;
  • Malformações congênitas ou adquiridas dos maxilares e da mandíbula;
  • Tumores benignos da cavidade bucal e facial;
  • Tumores malignos da cavidade bucal e facial, quando o especialista deverá atuar integrado em equipe de oncologista; e,
  • Distúrbio neurológico, com manifestação crânio-maxilo-facial, em colaboração com neurologista ou neurocirurgião.

Dentística é a especialidade que tem como objetivo o estudo e a aplicação de procedimentos educativos, preventivos, operatórios e terapêuticos para preservar e devolver ao dente integridade anátomofuncional e estética.

As áreas de competência para atuação do especialista em Dentísta Restauradora incluem:

  • Diagnóstico e prognóstico das doenças dentárias;
  • Procedimentos estéticos, educativos e preventivos;
  • Procedimentos conservadores da vitalidade pulpar; e,
  • Tratamento das lesões dentárias possíveis de restauração, inclusive a confecção de coroas individuais e restaurações metálicas fundidas.

Endodontia é a especialidade que tem como objetivo a preservação do dente por meio de prevenção, diagnóstico, prognóstico, tratamento e controle das alterações da polpa e dos tecidos perirradiculares.

Endo quer dizer dentro/interno, a palavra dontia quer dizer dente; A endodontia envolve o tratamento de toda estrutura interna do dente, conhecida também como polpa dentária.

Popularmente conhecido como tratamento de canal.

As áreas de competência para atuação do especialista em Endodontia incluem:

  • Procedimentos conservadores da vitalidade pulpar;
  • Procedimentos cirúrgicos no tecido e na cavidade pulpares;
  • Procedimentos cirúrgicos paraendodônticos; e,
  • Tratamento dos traumatismos dentários.

Harmonização Orofacial

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Harmonização Orofacial é a especialidade que trata os aspectos funcionais e estéticos tanto intra quanto extra oralmente, dentro da área de atuação e conhecimento anatômico de competência do cirurgião dentista. A área de atuação do cirurgião dentista vai da porção superior do osso hioide ao tríquio e de tragus à tragus. Cabe ao cirurgião dentista habilitado, realizar aplicação de toxina botulínica, preenchedores intradérmicos, fármacos de uso tópico ou parenterais, fios de tracionamento tecidual, microdermopigmentadores e demais procedimentos cirúrgicos. HMS.

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A Odontologia Legal é a especialidade que tem como objetivo a pesquisa de fenômenos psíquicos, físicos, químicos e biológicos que podem atingir ou ter atingido o homem, vivo, morto ou ossada, e mesmo fragmentos ou vestígios, resultando lesões parciais ou totais reversíveis ou irreversíveis.

A atuação da Odontologia Legal restringe-se a análise, perícia e avaliação de eventos relacionados com a área de competência do cirurgião-dentista podendo, se as circunstâncias o exigirem, estender-se a outras áreas, se disso depender a busca da verdade, no estrito interesse da justiça e da administração.

As áreas de competência para atuação do especialista em Odontologia Legal incluem:

  • Identificação humana;
  • Perícia em foro civil, criminal e trabalhista;
  • Perícia em área administrativa;
  • Perícia, avaliação e planejamento em infortunística;
  • Tanatologia forense;
  • Elaboração de:
  1. Autos, laudos e pareceres;
  2. Relatórios e atestados;
  • Traumatologia odonto legal;
  • Balística forense:
  • Perícia logística no vivo, no morto, íntegro ou em suas partes em fragmentos;
  • Perícia em vestígios correlatos, inclusive de manchas ou líquidos oriundos da cavidade bucal ou nela presentes;
  • Exames por imagem para fins periciais;
  • Deontologia odontológica;
  • Orientação odonto legal para o exercício profissional; e,
  • Exames por imagens para fins odonto legais.

Odontologia em Saúde Coletiva

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Odontologia em Saúde Coletiva é a especialidade que tem como objetivo o estudo dos fenômenos que interferem na saúde bucal coletiva, por meio de análise, organização, planejamento, execução e avaliação de serviços, projetos ou programas de saúde bucal, dirigidos a grupos populacionais, com ênfase nos aspectos preventivos.

As áreas de competência para atuação do especialista em Odontologia em Saúde Coletiva incluem:

  • Análise sócio epidemiológica dos problemas de saúde bucal da comunidade;
  • Elaboração e execução de projetos, programas e/ou sistemas de ação coletiva ou de saúde pública visando à promoção, ao restabelecimento e ao controle da saúde bucal;
  • Participação, em nível administrativo e operacional de equipe multiprofissional, por intermédio de:
  1. Organização de serviços;
  2. Gerenciamento em diferentes setores e níveis de administração em saúde pública;
  3. Vigilância sanitária;
  4. Controle das doenças;
  5. Educação em saúde pública; e,
  • Identificação e prevenção das doenças bucais oriundas exclusivamente da atividade laboral.

Odontopediatria

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Odontopediatria é a especialidade que tem como objetivo o diagnóstico, a prevenção, o tratamento e o controle dos problemas de saúde bucal da criança, a educação para a saúde bucal e a integração desses procedimentos com os dos outros profissionais da área da saúde.

As áreas de competência para atuação do especialista em Odontopediatria incluem:

  • Educação e promoção de saúde bucal, devendo o especialista transmitir às crianças, aos seus responsáveis e à comunidade, os conhecimentos indispensáveis à manutenção do estado de saúde das estruturas bucais;
  • Prevenção em todos os níveis de atenção, devendo o especialista atuar sobre os problemas relativos à cárie dentária, à doença periodontal, às maloclusões, às malformações congênitas e às neoplasias;
  • Diagnóstico dos problemas buco-dentários;
  • Tratamento das lesões dos tecidos moles, dos dentes, dos arcos dentários e das estruturas ósseas adjacentes, decorrentes de cáries, traumatismos, alterações na odontogênese e malformações congênitas; e,
  • Condicionamento da criança para a atenção odontológica.

Ortodontia é a especialidade que tem como objetivo a prevenção, a supervisão e a orientação do desenvolvimento do aparelho mastigatório e a correção das estruturas dentofaciais, incluindo as condições que requeiram movimentação dentária, bem como harmonização da face no complexo maxilo-mandibular.

As áreas de competência para atuação do especialista em Ortodontia incluem:

  • Diagnóstico, prevenção, interceptação e prognóstico das maloclusões e disfunções neuro-musculares;
  • Planejamento do tratamento e sua execução mediante indicação, aplicação e controle dos aparelhos mecanoterápicos e funcionais, para obter e manter relações oclusais normais em harmonia funcional, estética e fisiológica com as estruturas faciais; e,
  • Inter-relacionamento com outras especialidades afins necessárias ao tratamento integral da face.

Patologia Oral e Maxilofacial

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A Patologia Oral e Maxilofacial é a especialidade que tem como objetivo o estudo dos aspectos histopatológicos das alterações do complexo bucomaxilofacial e estruturas anexas, visando ao diagnóstico final e ao prognóstico dessas alterações, por meio de recursos técnicos e laboratoriais.

As áreas de competência para atuação do especialista em Patologia Oral e Maxilofacial incluem a execução de exames laboratoriais microscópicos, bioquímicos e outros, bem como a interpretação de seus resultados.

Periodontia é a especialidade que tem como objetivo o estudo, o diagnóstico, a prevenção e o tratamento das doenças gengivais e periodontais, visando à promoção e ao restabelecimento da saúde periodontal.

As áreas de competência para atuação do especialista em Periodontia incluem:

  • Avaliação diagnóstica e planejamento do tratamento;
  • Controle de causas das doenças gengivais e periodontais;
  • Controle de sequelas e danos das doenças gengivais e periodontais;
  • Procedimentos preventivos, clínicos e cirúrgicos para regeneração dos tecidos periodontais;
  • Outros procedimentos necessários à manutenção ou à complementação do tratamento das doenças gengivais e periodontais; e,
  • Colocação de implantes e enxertos ósseos.

Prótese Buco-Maxilo-Facial

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Prótese Buco-Maxilo-Facial é a especialidade que tem como objetivo a reabilitação anatômica, funcional e estética, por meio de substitutos aloplásticos, de regiões da maxila, da mandíbula e da face ausentes ou defeituosas, como sequelas da cirurgia, do traumatismo ou em razão de malformações congênitas ou de distúrbios do desenvolvimento.

As áreas de competência para atuação do especialista em Prótese Buco-Maxilo-Facial incluem:

  • Diagnóstico, prognóstico e planejamento dos procedimentos em Prótese Buco-Maxilo-Facial;
  • Confecção, colocação e implantação de prótese bucomaxilofacial; e,
  • Confecção de dispositivos auxiliares no tratamento emanoterápico das regiões Buco-Maxilo-Faciais.

Prótese Dentária

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Prótese Dentária é a especialidade que tem como objetivo o restabelecimento e a manutenção das funções do sistema estomatognático, visando a proporcionar conforto, estética e saúde pela recolocação dos dentes destruídos ou perdidos e dos tecidos contíguos.

As áreas de competência do especialista em Prótese Dentária incluem:

  • Diagnóstico, prognóstico, tratamento e controle dos distúrbios crânio-mandibulares e de oclusão, através da prótese fixa, da prótese removível parcial ou total e da prótese sobre implantes;
  • Atividades de laboratório necessárias à execução dos trabalhos protéticos; e,
  • Procedimentos e técnicas de confecção de peças, aparelhos fixos e removíveis parciais e totais como substituição das perdas de substâncias dentárias e paradentárias.

Radiologia Odontológica e imagiologia

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Imagiologia dentomaxilofacial é a especialidade que tem como objetivo a aplicação dos métodos exploratórios por imagem com a finalidade de diagnóstico, acompanhamento e documentação buco-maxilo-facial e estruturas anexas.

As áreas de competência para atuação do especialista em imagiologia dentomaxilofacial incluem:

  • Obtenção, interpretação e emissão de laudo das imagens de estruturas buco-maxilo-faciais e anexas obtidas, por meio de: radiologia convencional, digitalizada, subtração, tomografia convencional e computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia, e outros; e
  • Auxiliar no diagnóstico, para elucidação de problemas passíveis de solução, mediante exames pela obtenção de imagens e outros.

Implantodontia

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Implantodontia é a especialidade da odontologia que tem como objetivo o estudo dos enxertos ósseos com a finalidade de viabilizar a instalação de implantes dentários, da própria cirurgia de instalação desses implantes e das próteses que são confeccionadas sobre estes dispositivos e é a especialidade que reúne o conhecimento necessário para tratar pacientes que necessitam desses tipos de procedimentos.

As áreas de competência para atuação do especialista em Implantodontia incluem:

  • Planejamento pré-cirúrgico;
  • Diagnóstico das alterações ósseas para verificar a necessidade ou não de enxertos;
  • Cirurgia de instalação de implantes.
  • Confecção de próteses sobre implantes; e,
  • Manutenção e controle dos implantes.

Estomatologia

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Estomatologia é a especialidade que tem como objetivo a prevenção, o diagnóstico, o prognóstico e o tratamento das doenças próprias da boca e suas estruturas anexas, das manifestações bucais de doenças sistêmicas, bem como o diagnóstico e a prevenção de doenças sistêmicas que possam eventualmente interferir no tratamento odontológico.

As áreas de competência para atuação do especialista em Estomatologia incluem:

  • Promoção e execução de procedimentos preventivos em nível individual e coletivo na área de saúde bucal;
  • Obtenção de informações necessárias à manutenção da saúde do paciente, visando à prevenção, ao diagnóstico, ao prognóstico e ao tratamento de alterações estruturais e funcionais da cavidade bucal e das estruturas anexas; e,
  • Realização ou solicitação de exames complementares, necessários ao esclarecimento do diagnóstico.

Ortopedia funcional dos maxilares

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Ortopedia funcional dos maxilares é a especialidade que tem como objetivo tratar a maloclusão através de recursos terapêuticos, que utilizem estímulos funcionais, visando ao equilíbrio morfofuncional do sistema estomatognático e/ou a profilaxia e/ou o tratamento de distúrbios craniomandibulares, recursos estes que provoquem estímulos de diversas origens, baseados no conceito da funcionalidade dos órgãos.

Disfunção temporomandibular e dor-orofacial

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Disfunção temporomandibular e dor orofacial é a especialidade que tem por objetivo promover e desenvolver uma base de conhecimentos científicos para melhor compreensão no diagnóstico e no tratamento de dores e desordens do aparelho mastigatório, região orofacial e outras estruturas relacionadas.

Odontogeriatria

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Odontogeriatria é a especialidade que se concentra no estudo dos fenômenos decorrentes do envelhecimento que também têm repercussão na boca e suas estruturas associadas, bem como a promoção da saúde, o diagnóstico, a prevenção e o tratamento de enfermidades bucais e do sistema estomatognático do idoso.

Odontologia do Trabalho

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Odontologia do Trabalho é a especialidade que tem como objetivo a busca permanente da compatibilidade entre a atividade laboral e a preservação da saúde bucal do trabalhador.

Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais

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Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais é a especialidade que tem por objetivo o diagnóstico, a preservação, o tratamento e o controle dos problemas de saúde bucal dos pacientes que apresentam uma complexidade no seu sistema biológico e/ou psicológico e/ou social, bem como percepção e atuação dentro de uma estrutura transdisciplinar com outros profissionais de saúde e áreas correlatas com o paciente.

As áreas de competência para atuação do especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais incluem:

  • Prestar atenção odontológica aos pacientes com graves distúrbios de comportamento, emocionalmente perturbados;
  • Prestar atenção odontológica aos pacientes que apresentam condições incapacitantes, temporárias ou definitivas a nível ambulatorial, hospitalar ou domiciliar; e,
  • Aprofundar estudos e prestar atenção aos pacientes que apresentam problemas especiais de saúde com repercussão na boca e estruturas anexas.[14]

O termo “cardiopata” refere-se ao indivíduo que apresenta alteração nas funções do coração. O coração tem a função e responsabilidade de fornecimento do fluxo sanguíneo oxigenado através de vasos aos órgãos e tecidos do corpo.

Quando há alterações nas funções do coração, o corpo responde através de desequilíbrios funcionais que podem deixar a passar despercebido um grande número de riscos para a saúde e muitas vezes a vida do indivíduo.

Os sintomas de uma cardiopatia está caracterizado por:

  • Dispnéia - é o termo utilizado sobre uma dificuldade de respirar. Sintomas mais frequentes da insuficiência cardíaca.
  • Dor precordial – Devido a uma isquemia do miocárdio e pericardite. Ocorre uma insuficiência passageira e reversível da circulação coronária, levando a dor no peito, conhecida como angina.
  • Palpitações – caracterizado por batimentos cardíacos desregulados, sendo exagerados ou falhos, causando uma sensação de murros dentro da caixa torácica e palpitações no pescoço.
  • Edemas – devido a um acúmulo de líquido nos tecidos intersticiais.
  • Ascite – Este sinal é representado por acúmulo de líquido no interior da cavidade abdominal. Ele se manifesta posteriormente ao edema, e é considerado um sinal de cardiopatia avançada.
  • Cianose - Trata-se da coloração azulada da pele. Sinal devido uma saturação insuficiente de sangue arterial em relação ao oxigênio ou consumo exagerado nos tecidos periféricos.
  • Hemoptise – Escarro sanguinolento. Por mais que pareça difícil, é um sinal bem comum entre portadores de cardiopatias.
  • Síncope - Perda de consciência momentânea devido ao fluxo inadequado da pressão dos tecidos cerebrais.

De acordo com a Sociedade de Cardiologia de Nova York, pacientes cardiopatas podem ser classificados em quatro grupos, levando em consideração a gravidade da sintomatologia:

  • Grupo I - Caracteriza cardiopatas que conseguem realizar atividades físicas, sem apresentar sintomas.
  • Grupo II – apresentam pacientes que conseguem realizar atividades físicas, porém, em resposta esforço moderado ou intenso, apresentam sintomas. Porém quando em repouso ou esforço leve, são assintomáticos.
  • Grupo III – Mesmo com esforço leve, apresentam sintomas.
  • Grupo IV – Não conseguem exercer qualquer atividade física, sendo leve ao intenso, sem apresentar sintomas severos, inclusive em repouso podem apresentar sintomas. O termo cardiopatia abrange todas as doenças que relacionam o coração. Os tipos mais comuns de cardiopatia são:
  • Cardiopatia congênita: Defeitos cardíacos desde o nascimento. Muitas cardiopatias congênitas são diagnosticadas tardiamente, quando o paciente já está em fase adulta, já as cardiopatias mais graves, costuma ser percebida logo na fase de desenvolvimento ou quando bebê.
  • Doenças no miocárdio: Alterações no músculo do coração. Em muitos casos o coração não consegue fazer adequadamente a função de bombear o sangue.
  • Infecção no coração: Causadas quando bactérias, vírus, fungos ou parasitas alcançam o músculo cardíaco. Uma dessas situações é a Endocardite bacteriana, causada através de uma bactéria.
  • Cardiopatia da válvula: Devido a um dano ou alteração de uma das quatro válvulas que abrem e fecham para permitir a passagem do fluxo sanguíneo.
  • Cardiopatia hipertensiva: Devido a uma pressão arterial alta, pode sobrecarregar o coração causando uma insuficiência coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral entre outras.
  • Cardiopatia Isquêmica: Devido o estreitamento das artérias do coração devido ao acúmulo de gordura, que leva a uma diminuição do suprimento sanguíneo ao coração. Esta doença pode gerar sintomas de angina e infartos.
Cardiopatias versus Tratamento Odontológico
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Para toda intervenção da área da saúde é indispensável conhecimento geral do paciente. A anamnese no início do tratamento torna fácil o conhecimento sobre história médica, saúde, doenças sistêmicas, entre outras, sobre os pacientes. Tratamentos em pacientes portadores de cardiopatias têm como importância:

  • A interação entre médico cardiologista e cirurgião dentista.
  • Evitar consultas longas e dolorosas para poupar desconfortos.
  • Cuidados na escolha do anestésico.
  • Monitoramento constante de sinais vitais como: Pressão arterial e respiração.
  • O posicionamento correto da cadeira ou mudanças bruscas podem causar complicações como hipotensão ortostática.
  • Ficar atento ao tipo de cardiopatia que o paciente porta, por exemplo, pacientes com arritmia eles utilizam medicamentos que influenciam na coagulação sanguínea.
  • Adiar procedimentos quando o paciente apresentar condições gerais desfavoráveis.

Pacientes cardiopatas mesmo que apresentam fatores de riscos não se enquadram no “não atendimento”, mas precisam de uma correta abordagem e um plano de tratamento bem sensibilizado. A dor é um fator de estresse, uma intervenção deste quadro clínico ajuda a melhorar as condições tanto odontológica como sistêmica do paciente. É muito importante orientar os pacientes cardiopatas sobre manter a boa qualidade da saúde bucal, e explicar o quão vantajoso significam para sua saúde bucal e sistêmica. Pacientes portadores exigem conhecimento e cuidados especiais por parte do profissional que os atendem.

Estas especializações aplicam-se apenas ao Brasil pois, em Portugal, apenas existem, atualmente: Ortodontia, Cirurgia Oral, Odontopediatria e Periodontologia, com Colégio de Especialidade oficializado, já as sem correspondente Colégio, são a Saúde Pública Oral, Medicina Dentária Hospitalar, Prostodontia, Endodontia e Ortodontia.

Diabetes Mellitus

Diabetes melito é uma síndrome determinada por grupo heterogêneo de alterações metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e deficiência relativa ou absoluta de insulina com tendência a desenvolvimento de complicações (SANTIAGO, l986;WHITE et al., 1988). O diagnóstico correto e precoce do diabetes melito e das alterações da tolerância à glicose é extremamente importante porque permite que sejam adotadas medidas terapêuticas que podem evitar o aparecimento de diabetes nos indivíduos com tolerância diminuída e retardar o aparecimento das complicações crônicas nos pacientes diagnosticados com diabetes. O diagnóstico é realizado pela manifestação de poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso (KIRK, 1984; MILNE, 1989). São observados desidratação, catarata, hepatomegalia, vômito, oligúria, depressão e coma. A confirmação laboratorial pode ser feita através da determinação da glicemia de jejum. O encontro repetido de valores acima de 150mg/dl é usualmente considerado evidência de diabete (KIRK, 1984), sendo frequentes concentrações acima de 300mg/dl (ETTINGER, 1983). Deve-se diferenciar hiperglicemia do diabetes daquela que ocorre no estado de tensão, após a refeição e no uso de certos medicamentos como corticoide, estrógeno e progesterona (KIRK, 1984). Em 1997, a Associação Americana de Diabetes (ADA) (1) propôs que os critérios diagnósticos fossem fundamentados principalmente na medida da glicose plasmática de jejum. Outra recomendação da ADA (1) foi a introdução da categoria de glicose plasmática de jejum alterada que inclui indivíduos com glicose plasmática de jejum 110 e <126mg/dl. Esta categoria seria equivalente à tolerância à glicose diminuída, isto é, glicose plasmática 2h após TOTG ³140 e <200mg/dl. A determinação da hemoglobina glicosilada pode ser usada para controlar os níveis de glicose e a eficiência terapêutica com insulina no diabetes melito (STEVENS et al., 1978; SUENDSEN et al., 1980; MAHAFFEY & CORNELIUS, 1982; SMITH et al., 1982; FLORIANO & FAN, 1988). A determinação da albumina glicosilada reflete a concentração de glicose plasmática nos 7 a 10 dias precedentes (MAHAFFEY et al., 1984). A lipemia pode ser observada interferindo nos métodos de dosagem de glicose (DUNCAN & PRASSE, 1982). O controle da função renal e hepática é aconselhável para avaliar as complicações do diabetes melito (KIRK, 1984).

Dentre as alterações bucais desses pacientes, estão a hipoplasia, a hipocalcificação do esmalte, diminuição do fluxo e aumento da acidez e da viscosidade salivar, que são fatores de risco para cárie. O maior conteúdo de glicose e cálcio na saliva favorece o aumento na quantidade de cálculos e fatores irritantes nos tecidos. Ocorre xerostomia, glossodínia, ardor na língua, eritema e distúrbios de gustação. A doença periodontal é a manifestação odontológica mais comum, estando presente em 75% destes pacientes.

Diabetes Mellitus versus Tratamento Odontológico

O tratamento está relacionado com a sintomatologia clínica e a fase da enfermidade.

O diabetes melito pode ser dividido em 4 fases:

a) - pré-clínica: caracterizada por hiperglicemia pós-prandial prolongada;

b) - subclínica: caracterizada por hiperglicemia persistente com valores abaixo do limiar renal;

c) - clínica: caracterizada por hiperglicemia persistente que excede o limiar renal, e

d) - cetoacidose: caracterizada por hiperglicemia, glicosúria, cetonemia, cetonúria e acidose metabólica (WOLF, 1970; DUNCAN & PRASSE, 1982).

Nas fases do diabetes em que exista incapacidade do organismo em manter a glicemia em níveis normais, mas estes valores não ultrapassem o limiar renal e os sintomas clínicos do diabetes não estejam presentes, o controle da hiperglicemia pode ser feito pelo cuidado na alimentação, diminuindo a ingestão de açúcar e carboidratos, baseando a alimentação em proteínas. Para a hiperglicemia podem ser utilizados hipoglicemiantes orais. O produto "Metformin" na dose de 250-500mg duas vezes por dia administrado com a alimentação, pode ser recomendado nos casos de intolerância à glicose associada à obesidade ou quando em combinação com a insulinoterapia para diminuir a dose de insulina (MILNE, 1989). No Brasil este produto encontra-se associado à clorpropamida (Obinesea). A droga tolbutamida (Rastinonb, tem severos efeitos hepatotóxicos no cão, não sendo recomendada.

As sulfoniluréias, clorpropamida (Diabineseb) e acetohexamida (Dimelorc) têm sido usadas com sucesso em cães, mas são teratogênicas (KIRK, 1981).

A insulina é o principal fármaco utilizado no controle do diabetes. É um polipeptídeo extraído do pâncreas de bovino ou suíno. As diferenças consistem na seriação e tipo de aminoácidos, não sendo diferentes na atividade, mas apresentam diferenças antigênicas (WOLF, 1970).

Acupuntura é a especialidade que utiliza de conceitos básicos da Medicina Tradicional Chinesa para a prevenção e/ou manutenção do estado geral de saúde do paciente odontológico, sempre que existirem circunstâncias clínicas das quais haja a participação das estruturas do sistema estomatognático, respeitando o limite do campo de atuação do cirurgião-dentista.

Segundo um estudo, realizado entre 2013 e 2021, comprovou-se que a Acupuntura não tem qualquer vantagem para a saúde.[15] [16]

Homeopatia é a especialidade prevenção, o diagnóstico, o prognóstico e o tratamento das doenças próprias da boca e suas estruturas anexas, assim como o diagnóstico e a prevenção de doenças sistêmicas que possam, eventualmente, interferir no tratamento odontológico e também no controle dos problemas bucais e melhoria da qualidade de vida dos pacientes utilizando-se de medicamentos homeopáticos.

De acordo com a ciência acordo com os mais recentes estudos científicos, a homeopatia não é eficaz no tratamento de doenças, não havendo qualquer indício da sua eficácia.[17][18]

Odontologia do Esporte

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A Odontologia do Esporte é a especialidade que vai investigar, prevenir, tratar, reabilitar e compreender a influência das doenças da cavidade bucal no desempenho dos atletas, com a finalidade de melhorar o rendimento esportivo e prevenir lesões.

Odontologia Hospitalar

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A Odontologia Hospitalar era concebida até 2023 como habilitação, ano que se tornou especialização reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia. É a especialidade que lida com o atendimento odontológico em ambientes hospitalares, como em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).

  • Resolução CFO-185/93, de 26 de abril de 1993.
  • Pinto, Vitor Gomes. Saúde Bucal Coletiva, 2000.
  • Rosenthal, Elias; Odontologia no Brasil no século XX; Santos Livraria editora; 2001.
  • Varellis, Maria Lucia Zarvos. O Paciente com Necessidades Especiais na Odontologia: Manual Prático. Editora Santos; 2ª ed; 2013
  • GROSS, Jorge L. et al . Diabetes Melito: Diagnóstico, Classificação e Avaliação do Controle Glicêmico. Arq Bras Endocrinol Metab,  São Paulo , v. 46, n. 1, p. 16-26,  Feb.  2002.
  • NETO, JCN, O paciente diabético. Revista Dentística on line – ano 11, número 23 (2012).
  • Resolução CFO-160/2015, de 02 de outubro de 2015.
  • Resolução CFO-63/2005, de 08 de abril de 2005.
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Referências

  1. BRASIL, Decreto nº 5081, de 24 de agosto de 1966. Regula o Exercício da Odontologia.
  2. BRASIL, Decreto nº 12842, de 10 de julho de 2013. Dispõe sobre o exercício da Medicina.
  3. O termo "país ou mundo em desenvolvimento" é aqui utilizado para representar um estágio intermediário de crescimento econômico entre o mundo subdesenvolvido (PIB per capita de até 1.000 dólares, aproximadamente) e o industrializado ou desenvolvido (PIB per capita superior a 4.000 dólares)
  4. Gambhir RS (2015). «A atenção primária em odontologia - um potencial não explorado». Revista de Medicina de Família e Atenção Primária (Revisão). 4 (1): 13–18. PMC 4366984Acessível livremente. PMID 25810982. doi:10.4103/2249-4863.152239  Verifique o valor de |doi-access=livre (ajuda)
  5. «Qual é o ônus das doenças bucais?». OMS. Consultado em 6 de junho de 2017. Cópia arquivada em 30 de junho de 2004 
  6. «Academia Americana de Odontologia Cosmética | Cursos de CE Odontológico». aacd.com. Consultado em 21 de outubro de 2019 
  7. Mary, Otto (2017). Dentes: a história da beleza, desigualdade e luta pela saúde bucal na América. Nova York: The New Press. 70 páginas. ISBN 978-1-62097-144-4. OCLC 958458166 
  8. a b c «Diagnóstico da doença celíaca». Instituto Nacional de Saúde (NIH). Consultado em 6 de junho de 2017. Cópia arquivada em 15 de maio de 2017 
  9. Defeitos no esmalte dental e doença celíaca Arquivado em 2016-03-05 no Wayback Machine National Institute of Health (NIH)
  10. Pastore L, Carroccio A, Compilato D, Panzarella V, Serpico R, Lo Muzio L (2008). «Manifestações orais da doença celíaca». J Clin Gastroenterol (Revisão). 42 (3): 224–32. PMID 18223505. doi:10.1097/MCG.0b013e318074dd98. hdl:10447/1671Acessível livremente 
  11. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Gambhir20152
  12. Estrella MR, Boynton JR (2010). «Papel da odontologia geral no cuidado de crianças com necessidades especiais: uma revisão». Gen Dent (Revisão). 58 (3): 222–29. PMID 20478802 
  13. da Fonseca MA (2010). «Cuidados dentários e bucais para crianças e adolescentes cronicamente doentes». Gen Dent (Revisão). 58 (3): 204–09; quiz 210–11. PMID 20478800 
  14. «consolidação das normas para procedimentos nos concelhos de odontologia.» (PDF) 
  15. jamanetwork.com https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2798899. Consultado em 27 de fevereiro de 2023  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  16. «Ciência prova em definitivo que acupuntura não tem qualquer vantagem para a saúde». NiT. Consultado em 27 de fevereiro de 2023 
  17. Martins, Catarina Fernandes. «Homeopatia não é eficaz no tratamento de doenças, diz novo estudo». Observador. Consultado em 27 de fevereiro de 2023 
  18. Chast, Fr (junho de 2005). «[Homeopathy confronted with clinical research]». Annales Pharmaceutiques Francaises (3): 217–227. ISSN 0003-4509. PMID 15976692. doi:10.1016/s0003-4509(05)82278-3. Consultado em 27 de fevereiro de 2023 

Ligações externas

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