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Maria Leszczyńska

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maria Leszczyńska
Maria Leszczyńska
Retrato por Charles-André van Loo, 1747
Rainha Consorte da França e Navarra
Reinado 4 de setembro de 1725
a 24 de junho de 1768
Predecessora Maria Teresa da Espanha
Sucessora Maria Antonieta da Áustria
Nascimento 23 de junho de 1703
  Trzebnica, Silésia, Polônia
Morte 24 de junho de 1768 (65 anos)
  Palácio de Versalhes, Versalhes, França
Sepultado em Basílica de Saint-Denis,
Saint-Denis, França
Nome completo Maria Carolina Sofia Felícia
Marido Luís XV de França
Descendência Luísa Isabel de França
Henriqueta Ana de França
Maria Luísa de França
Luís, Delfim da França
Filipe, Duque de Anjou
Maria Adelaide de França
Vitória de França
Sofia Filipina de França
Teresa Felicidade de França
Luísa Maria de França
Casa Leszczyński (por nascimento)
Bourbon (por casamento)
Pai Estanislau I da Polônia
Mãe Catarina Opalińska
Religião Catolicismo
Assinatura Assinatura de Maria Leszczyńska
Brasão

Maria Carolina Sofia Felícia Leszczyńska[1][2][3][nota 1] (Trzebnica, 23 de junho de 1703Versalhes, 24 de junho de 1768) foi a esposa do rei Luís XV e Rainha Consorte da França e Navarra de 1725 até à sua morte.

Nascida uma aristocrata polaca,[nota 2] filha do rei Estanislau I da Polônia e sua esposa Catarina Opalińska, Maria foi uma rainha popular, foi a consorte de maior reinado na história da França, ocupando o posto rainha consorte por 42 anos, 9 meses e 19 dias, sendo muito querida entre o povo por causa de sua piedade e generosidade.[4]

Primeiros anos

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Nascida em Trzebnica, na Baixa Silésia, um ano antes de seu pai ser eleito rei da Polônia, graças ao apoio de Carlos XII da Suécia, que havia invadido o país em 1704, Maria Carolina Sofia Felícia Leszczyńska era filha do então voivoda Estanislau Leszczyński (futuro rei Estanislau I da Polônia) e Catarina Opalińska.[5] Maria tinha uma irmã mais velha, Ana Leszczyńska, que morreu jovem e cuja existência não era mencionada por ela; o rei Luís XV da França, futuro marido de Maria, ficou surpreso ao saber que a esposa tinha uma irmã, após anos de casamento.[6]

Em 1709, após a derrota decisiva de Carlos XII na Batalha de Poltava, contra Pedro, o Grande, Augusto, o Forte, conseguiu se restabelecer como rei polonês. O pai de Maria foi deposto e exilado quando o exército sueco foi expulso da Polônia,[7] e a família recebeu refúgio por Carlos XII na cidade sueca de Kristianstad na Escânia.[8] Durante a fuga, Maria foi separada do resto de sua família; ela foi encontrada mais tarde com sua ama de leite escondida em um berço em um estábulo, embora outra versão afirme que na verdade foi em pedreira em uma antiga mina.[8] Na Suécia, a família foi acolhida pela rainha mãe Edviges Leonor e tornaram-se membros populares da vida social nas propriedades da nobreza nos arredores de Kristianstad; em 1712, eles também visitaram Medevi, o spa da rainha-mãe.[8] Durante sua estadia na Suécia, Maria aprendeu sueco e quando tornou-se rainha da França era conhecida por receber embaixadores suecos na França com a frase em sueco: Bem-vindo, meus queridos!. Em 1714, Carlos XII deu-lhes permissão para viver na província sueca de Zweibrücken, na Alemanha, onde se sustentavam com os rendimentos do Zweibrücken; ali viveram até a morte de Carlos XII em 1718.[8] Após a morte de Carlos XII, em 11 de dezembro de 1718, a família Leszczynski teve que deixar o Palatinado-Zweibrücken e foi recebida na França, onde Estanislau recebeu uma pequena pensão em nome do rei, mas que foi paga irregularmente.[9]

Posteriormente, após a morte de Augusto, o Forte, em 1733, o pai de Maria chegou a recuperar o trono polaco com o apoio da França, mas foi logo deposto novamente pelo filho de Augusto,[10] recebendo o título de Duque da Lorena como compensação; como Duque da Lorena, Estanislau foi descrito como uma monarca patrono da tolerância religiosa, arte, arquitetura, literatura e muitas instituições sociais.[11][12][13]

Retrato de Maria Leszczyńska
Alexis Simon Belle, 1726, Palácio de Versalhes

Descrita como uma beldade, bem-educada e graciosas em maneiras e movimentos,[14] Maria teve vários pretendentes. Em 1720, ela foi sugerida como noiva do Duque de de Bourbon, Regente da França, mas sua potencial sogra Luísa Francisca de Bourbon recusou-se a dar seu consentimento.[14] O Marquês de Courtanvaux pediu ao regente que fosse elevado a duque para casar-se com Maria; mas quando o regente recusou, o casamento tornou-se impossível por causa de sua falta de posição.[14] Luís Jorge, Marquês de Baden-Baden, também pediu a mão de Maria, mas as negociações de casamento fracassaram por causa de seu dote insuficiente.[14] Estanislau então tentou, sem sucesso, arranjar um casamento para ela com o Conde de Charolais, irmão do Duque de Bourbon.[14] Em 1724, ela foi sugerida pelo Conde d'Argensson como uma potencial noiva do Duque de Orleães, mas sa mãe deste, Francisca Maria de Bourbon, desejava um casamento dinástico com vantagem política.[14]

Nesse ínterim, o jovem rei Luís XV da França, com apenas quinze anos, adoeceu pela enésima vez em fevereiro de 1725 e o Duque de Bourbon temia que o Duque de Orleães, filho do falecido regente e seu rival, herdasse o trono. Para evitar que tal coisa acontecesse, teria que garantir rapidamente alguma descendência do jovem rei. Portanto, depois de ter compilado uma lista de 99 princesas europeias elegíveis para se casar com o jovem rei,[15] a escolhida foi Maria Leszczyńska que tinha idade suficiente para ter filhos, ao contrário da jovem noiva do rei a infanta Mariana Vitória da Espanha, que é mandada de volta ao seu país. Maria era a noiva perfeita pois com seu pai deposto a França não teria que se preocupar com relações diplomáticas.

O anúncio do casamento de Luís XV com Maria foi mal recebido na corte francesa, por causa das origens da família Leszczyński; foram espalhados rumores que Maria era feia, epilética e estéril[16] e Isabel Carlota de Orleães, que planejava casar o rei com sua filha Ana Carlota de Lorena, escreveu:

«Tenho que admitir que é surpreendente que para o rei, cujo sangue é o único sangue real na França, buscar uma parceira tão inadequada e que se case com uma simples senhora polonesa, [...] cujo pai foi rei apenas por vinte e quatro horas.[17]»
Maria Leszczyńska, rainha de França
Louis Tocqué, 1740, Museu do Louvre

Como rainha, teve que suportar as traições do marido. Pouco a pouco, Luís XV abandona completamente a esposa apagada, especialmente a partir do momento em que ela o recusa a entrar no quarto, por medo de uma décima primeira gravidez que, segundo os médicos, teria sido fatal, que ela não ousa revelar ao marido. Após o nascimento de sua última filha, Luís XV começou a se relacionar com as famosas irmãs Nesle. Quase todos os reis que o haviam precedido no trono da França tiveram amantes. Inclusive, era de se esperar que Luís, mais cedo ou mais tarde, escolhesse uma favorita. Era fundamental para a construção da imagem viril do monarca possuir uma maîtresse–en-titre­, posição essa que no reinado anterior fora ocupada por mulheres ilustres, tais como Madame de Montespan e Madame de Maintenon.

No reinado de Luís XV, porém, essa posição seria melhor ocupada por Jeanne-Antoinette Poisson. Até a sua morte em 1764, Jeanne foi a figura de maior influência na corte, tanto na política, quanto no vestuário e nas artes. Tudo o que ela usava, lia ou vestia era rapidamente consumido pelo restante da Europa. A princípio, o relacionamento dela com Maria fora bastante cordial. Quando Jeanne foi condecorada pelo amante com o título de Marquesa de Pompadour, se dirigiu aos aposentos da rainha para prestar reverência. Todavia, a cordialidade com que Maria tratou a nova favorita do rei deve ao fato da mesma tentar agradar Luís XV. Tratar as irmãs Nesle com indiferença só havia lhe causado mais aborrecimento junto ao marido. Dessa vez, a rainha estava disposta a reparar as coisas.

Uma amante da música e da pintura (ela mesma pintou aquarelas), Maria Leszczyńska era uma mecenas da arte. Ela contribui com a sua nora Maria Josefa da Saxônia, para trazer até Versalhes artistas de renome como Farinelli em 1737, que dá a ela aulas de canto, ou o jovem prodígio Wolfgang Amadeus Mozart em 1764.

Ela morreu a 24 de junho de 1768 em Versalhes. Seu corpo foi sepultado na Basílica de Saint-Denis, enquanto o seu coração seu foi colocado ao lado do túmulo de seus pais na Catedral de Notre-Dame em Nancy. Ambos seus túmulos foram profanados e destruídos durante a Revolução Francesa.

Personalidade

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A rainha era muito piedosa, entre suas frases estavam "É melhor ouvir aqueles que gritam de longe: aliviem nossa miséria, do que aqueles que nos dizem ao ouvido: aumente nossa fortuna.[18] e "Não preciso de vestidos quando os pobres não têm camisa". Tinha como confessor o capuchinho Ambroise de Lombez e como confidente Raoul IV de La Barre de Nanteuil (1743-1833). Os capuchinhos foram recebidos na corte. Iniciada nesta devoção ao Sagrado Coração no Convento da Visitação em Varsóvia, ela ampliou a ordem religiosa por toda a França. Ela tinha um altar do Sagrado Coração erguido na capela do Palácio de Versalhes.[19] Ela pediu aos bispos da assembléia geral do clero da França em Paris que estabelecessem a festa do Sagrado Coração em suas dioceses, que foi aprovada por uma carta de 14 de agosto de 1765.

A rainha tinha uma grande devoção a Maria e frequentava regularmente a Basílica de Notre-Dame de Marienthal em Haguenau, na Alsácia, que ela regava com doações - uma característica marcante da rainha eram as grandes quantias ofertadas por ela à caridade "O bem de uma mãe não pertence a seus filhos?", disse Maria ao seu tesoureiro, após este reclamar de sua caridade excessiva. Ela também tinha um carinho especial pela Abadia de Gräfinthal, no Sarre, onde realizou uma peregrinação, onde sua irmã Ana Leszczyńska, que havia morrido em 1717, estava enterrada.

Representações na cultura

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NATTIER, Jean-Marc. Maria Leszczyńska, rainha de França, lendo a bíblia. 1748. Óleo sobre tela, 138.9 x 107 cm

Cinema

  • Si Versailles m'était conté (1954), interpretada por Tania Fédor.
  • Carlo Goldoni: Veneza, Gran Teatro del Mondo (2007), interpretada por Silvia Fuga.

Televisão

  • Monsieur Pompadour (1973), interpretada por Éliane Varon.
  • Jeanne Poisson, marquise de Pompadour (2006), interpretada por Charlotte de Turckheim.

Outros

Maria Leszczyńska é a personagem principal do livro The Royal Merry-Go-Round, que retrata as aventuras amorosas do rei Luís XV. Maria também é retratada no anime Le Chevalier D'Eon, onde a mesma está entre os principais personagens da trama. No documentário Louis XV, le soleil noir foi interpretada pela atriz Karine Pinoteau.

Retratos

Maria foi a mecenas do pintor Jean-Marc Nattier, a quem encomendou em 1748, para pintar o último retrato em que posou, um retrato incomum por ser informal - No retrato Maria é apresentada como uma rainha católica simples e digna lendo a bíblia. Retratos de Maria também foram executados pelo pintor francês Louis-Michel van Loo. As pinturas de van Loo foram gravadas por L. Crespy, N. Larmessin e J. Moyreau.

Descendência

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Nome Nascimento Morte Observações[20]
Luísa Isabel de França 14 de agosto de 1727 6 de dezembro de 1759 Casou-se com Filipe, Duque de Parma em 1739, com descendência.
Henriqueta Ana de França 14 de agosto de 1727 10 de fevereiro de 1752 Madame Seconde
Maria Luísa de França 23 de julho de 1728 19 de fevereiro de 1733 Madame Troisième
Luís, Delfim da França 4 de setembro de 1729 20 de dezembro de 1765 Casou-se com Maria Teresa Rafaela da Espanha em 1745, com descendência.
Casou-se com Maria Josefa da Saxônia em 1747, com descendência.
Filipe, Duque de Anjou 30 de agosto de 1730 7 de abril de 1733 Morreu na infância.
Maria Adelaide de França 23 de março de 1732 27 de fevereiro de 1800 Duquesa de Louvois juntamente com a irmã Sofia.
Vitória de França 11 de maio de 1733 7 de junho de 1799 Madame Quatrième
Sofia Filipina de França 27 de julho de 1734 2 de março de 1782 Duquesa de Louvois juntamente com a irmã Adelaide.
Teresa Felicidade de França 16 de maio de 1736 28 de setembro de 1744
Luísa Maria de França 15 de julho de 1737 23 de dezembro de 1787 Tornou-se uma freira com o nome de Teresa.[21]

Notas

  1. Maria Leszczyńska ou Marie Leczynska - usada antes da reforma ortográfica polonesa - ambas estão corretas. Há também as variações "Maria Leczinska", tradicionalmente usada na França no século XVIII, "Marie Lekzinska" encontrada nas edições da Biographie Universelle Classique (1829), bem como em Vie de Marie Leckzinska (1828), do padre Proyart.
  2. Sendo os reis da Polônia eleitos, suas filhas não se tornavam automaticamente princesas - o título de príncipe (książę) é hereditário em certas famílias, como a dos Czartoryski.

Referências

  1. Achaintre, Nicolas Louis, Histoire généalogique et chronologique de la maison royale de Bourbon, Vol. 2, (Publisher Mansut Fils, 4 Rue de l'École de Médecine, Paris, 1825), p. 154.
  2. American Historical Association, The American historical review, Volume 10, The Macmillan Company, 1905, 707.
  3. Pajol, Charles Pierre Victor, Les guerres sous Louis XV, Vol. 2, (Imprimeurs de L'Institut, Rue Jacob, Paris, 1883), 7: .. à Louise-Elisabeth de France, fille de Louis XV, née le 14 aout 1727, morte le 6 décembre 1759...
  4. Campbell Orr, C. (ed.) Queenship in Europe 1660-1815: the role of the consort. Cambridge: Cambridge University Press, 2004, pp. 166, 171.
  5. Michel Antoine, Paris, Fayard, 1989, (ISBN 2-213-02277-1). - Réédition: Michel Antoine, Paris, Hachette littératures, coll. « Pluriel : histoire », 2006, (ISBN 2-213-02277-1).
  6. Bożena Krzywobłocka, Wielkopolskie damy (Great Polish Ladies), p. 123, Krajowa Agencja Wydawnicza, Poznan 1986.
  7. Henri Troyat: Peter der Grosse. Eine Biographie. Classen Verlag, Düsseldorf 1981, S. 149, 158, 184.
  8. a b c d Lundh-Eriksson, Nanna (1947). Wahlström & Widstrand, ed. Hedvig Eleonora. [S.l.: s.n.] 
  9. Ernst Probst, Louis XV. Der Vielgeliebte, München, GRIN Verlag, 2014
  10. Bérenguer 1993, p. 368.
  11. Rau-von der Schulenburg, Julia. 1973. Emmanuel Héré, Premier architecte von Stanislas Leszczynski in Lothringen. 1705–1763. Frankfurter Forschungen zur Architekturgeschichte. Bd. 4., Berlin
  12. Chapotot, Stéphanie. 1999. Les jardins du roi Stanislas en Lorraine. Metz: Editions Serpenoise
  13. Boyé. Pierre. 1910. Les châteaux du roi Stanislas en Lorraine. Nancy.
  14. a b c d e f Clarissa Campbell Orr: Queenship in Europe 1660-1815: The Role of the Consort. Cambridge University Press (2004)
  15. Edmond et Jules de Goncourt: La duchesse de Châteauroux et ses soeurs, Paris, 1906
  16. Christine Pevitt Algrant, Madame De Pompadour: Mistress of France, Grove Press, 2003, p. 26.
  17. Scher-Zembitska, Lydia, Stanislas 1er. Un roi fantasque, Paris, 1999. p. 80 f. Cosandey, La reine, p. 372
  18. Jeanne-Louise-Henriette Genest, Mémoires sur la vie privée de Marie-Antoinette, reine de France et de Navarre, Paris, Baudoin frères, 1823. p. 448.
  19. Letierce, Étude sur le Sacré-Cœur, p. 261.
  20. Antoine, 1997, p. 467-483. Le prénom usuel de l'enfant est indiqué en italique.
  21. Latour, Louis Therese (1927). Princesses Ladies and Salonnières of the Reign of Louis XV. [S.l.]: Kegan Paul, Trench, Trubner & Co. 
  22. Żychliński, Teodor (1882). Jarosław Leitgeber, ed. Złota księga szlachty polskiéj: Rocznik IVty (em polaco). p. 1. Consultado em 1 de agosto de 2018
  • Madame Campan, La vita segreta di Maria Antonietta, Roma, Newton Compton, 2006, ISBN 88-541-0785-9.
  • Alfred Cobban, Storia della Francia, Milão, Garzanti, 1966.
  • Benedetta Craveri, Amanti e regine. Il potere delle donne, Milão, Adelphi, 2008, ISBN 978-88-459-2302-9.
  • Guido Gerosa, Il Re Sole. Vita privata e pubblica di Luigi XIV, Milão, Mondadori, 1998, ISBN 88-04-47181-6.
  • Evelyne Lever, Madame de Pompadour. Passioni e destino di una favorita, Milão, Mondadori, 2002, ISBN 88-04-51762-X.
  • Antonia Fraser, Maria Antonietta. La solitudine di una regina, Milão, Mondadori, 2003, ISBN 88-04-50677-6.
  • Gerd Treffer: Maria Leszczyńska. In: Die Französischen Königinnen. Regensburg 1996, S. 292–296.
  • Uwe Schultz, Madame de Pompadour. C. H. Beck, München 2004.
  • Zieliński, Ryszard (1978). Polka na francuskim tronie. Czytelnik.

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