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Jonas Eduardo Américo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Edu
Informações pessoais
Nome completo Jonas Eduardo Américo
Data de nascimento 6 de agosto de 1949 (75 anos)
Local de nascimento Jaú, São Paulo, Brasil
canhoto
Informações profissionais
Período em atividade 1966–1985 (20 anos)
Posição ponta-esquerda
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1966–1976
1976
1977
1977
1977–1983
1980
1983
1984–1985
1985
Santos
Colorado
Corinthians
Internacional
Tigres UANL
Tampa Bay Rowdies
São Cristóvão
Nacional-AM
Dom Bosco
0584 00(184)

0040 0000(5)
0009 0000(4)
0059 0000(9)


0022 0000(7)
Seleção nacional
1966–1976 Brasil 0042 0000(14)[1]

Jonas Eduardo Américo, conhecido como Edu (Jaú, 6 de agosto de 1949)[2][3][4][5] é um ex-futebolista brasileiro.[6]

Era um jogador de extrema habilidade e chutes precisos. Muito temido por seus dribles[2][5], Edu figura entre os maiores dribladores de todos os tempos. Destacou-se desde cedo no Santos Futebol Clube fazendo sua primeira partida com apenas 15 anos de idade.[7]

Ao lado de Pepe, figura entre os dois maiores ponta esquerda da história do Santos Futebol Clube e um dos maiores pontas da história do futebol.

Disputou 3 Copas do Mundo (1966, 1970 e 1974)[7], sendo campeão mundial em 70[8].[2][3][9][10][11]

Filho de uma professora de piano e de um alfaiate, estudou em colégio de padres.[6]

Foi Pelé quem indicou o menino Edu para o Santos.[4][5][6] O Rei estava de férias no interior em 1964 e perguntou para os irmãos de Edu se alguém da família jogava bola.[5] Assim, Edu e Pelé se conheceram e o Rei levou o jovem menino de Jaú para fazer testes no Santos FC, sendo aprovado.[2][5]

O começo no futebol foi nas categorias de base do time Alvinegro.[5][12] O adolescente estreou pelos profissionais com apenas 16 anos, seis meses e 25 dias.[3][5] A estreia foi na vitória diante da Portuguesa de Desportos, no dia 3 de março de 1966, por 2 a 1[9], em partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo, realizada no Pacaembu.[2][3][13][4][5] Ele entrou no lugar de Del Vecchio.[9]

Bastaram dois jogos para que assumisse a titularidade da equipe, deixando na reserva Pepe, então com 31 anos.[3] Fez uma sequência de sete jogos seguidos como titular e foi um dos principais nomes do Peixe na conquista do Torneio Rio-São Paulo no qual estreou.[3][5]

Em 1971, foi um dos destaques do Santos no Campeonato Brasileiro e venceu a Bola de Prata pelo desempenho.[14]

A última vez em que Edu vestiu a camisa santista foi no dia 17 de novembro de 1976, em uma partida de caráter amistoso na cidade de Catanduva, no estádio Sílvio Telles, vencida pelo Santos por 1 a 0 com um gol dele nessa despedida do Alvinegro.[2][4][5]

Edu disputou 584 jogos pelo Santos[3][5][9], sendo o 6º jogador que mais vestiu a camisa alvinegra[2][3] (sendo superado apenas por Pelé, Pepe, Zito, Lima e Dorval).

Fez 184 gols com a camisa do Santos[3] em 11 anos (1966 a 1976)[5][9][15] (média de 16,6 gols por temporada). É o sétimo maior artilheiro da história do Santos[2][3], ficando atrás de Pelé, Pepe, Coutinho, Toninho Guerreiro, Feitiço e Dorval.

  • 1966: 30 partidas, 8 gols.
  • 1967: 67 partidas, 16 gols.
  • 1968: 57 partidas, 22 gols.
  • 1969: 70 partidas, 35 gols.
  • 1970: 34 partidas, 11 gols.
  • 1971: 74 partidas, 23 gols.
  • 1972: 90 partidas, 28 gols.
  • 1973: 60 partidas, 15 gols.
  • 1974: 40 partidas, 7 gols.
  • 1975: 26 partidas, 12 gols.
  • 1976: 36 partidas, 6 gols.

Pelo Peixe conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1966, os Campeonatos Paulistas de 1967, 1968, 1969 e 1973, o Campeonato Brasileiro de 1968, a Recopa Sul-americana e a Recopa Mundial de 1968.[2][3][4][5][6][7][13][16]

Jogo inesquecível

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Edu considera seu segundo jogo com a camisa do Santos como inesquecível, foi pelo Rio - São Paulo de 1966, o Santos venceu o Bangu por 5 a 2, no Pacaembu. Edu relembra ter marcado 2 gols. O primeiro foi de falta, gol que ele considera o mais importante da carreira, pois "abriu todas as portas". No segundo ele driblou toda a defesa do Bangu. Começava a surgir o grande Edu, pois Pelé estava machucado e todos os olhos passaram a admirar a nova promessa.

Sondado por Portuguesa, Vasco, Fluminense e NY Cosmos, no início de 1977[17], aos 26 anos, foi emprestado ao Corinthians por nove meses por 1 milhão de cruzeiros para disputar a posição com Romeu[7].[18]

Estreou em 23 de janeiro, na derrota para o Grêmio Maringá por 3 a 2, onde marcou um gol[18], em partida amistosa realizada no Estádio Willie Davids.

No clube, disputou o Campeonato Paulista, onde foi campeão.[6][19][20]

Em sua última partida disputada pelo clube, em 21 de setembro de 1977, o Corinthians foi derrotado pelo Guarani por 1 a 0, em partida válida pelo Campeonato Paulista de 1977.

Pelo alvinegro do Parque São Jorge, Edu realizou 39 partidas e marcou quatro gols.

Outras equipes

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Em 1978, atuou por dois meses no Internacional.[20] Estreou numa derrota de 4x0 para o arquirrival Grêmio.

Edu também passou por Internacional (1977 até 1978), Monterrey (1978 até 1983), São Cristóvão (1983), Dom Bosco (1985) e Club Brasil Masters (1992 até 1995).[7]

Seleção Brasileira

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Devido ao destaque no Torneio Rio-São Paulo de 1966, no mesmo ano foi convocado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo realizada naquele ano, com apenas dezesseis anos[21].[3] Até hoje, é o jogador mais jovem a ser convocado para disputar uma Copa do Mundo FIFA.[2][3][12][16][4] Segundo ele conta, o motivo dessa convocação foi seu desempenho brilhante em apenas dois jogos, nos quais marcou gols: contra o Bangu (fez 2) e Palmeiras.

Ele foi fundamental para a classificação do Brasil para a Copa de 1970, atuando em todos os jogos das eliminatórias.[2] Voltaria a ser convocado em 1970, participando do grupo que trouxe em definitivo a Taça Jules Rimet.[12] Na competição, atuou em 25 minutos contra a Romênia, nas oitavas-de-final.[22]

Em 1974, esteve presente novamente na seleção que terminou em quarto lugar.

Ao todo fez 54 jogos e marcou 12 gols pela Seleção Canarinho.[2][3][9][16]

Após encerrar a carreira profissional, fez sucesso como um dos atletas da Seleção Brasileira de futebol categoria "masters"[23] que excursionava pelo Brasil e nos dias atuais costuma jogar em partidas de veteranos pelo interior do Estado sempre que requisitado pelos amigos que conquistou nos gramados de todo o Brasil.[2]

  • Jogador mais novo a ser inscrito numa Copa do Mundo: 17 anos incompletos na Copa da Inglaterra, em 1966.
  • Disputou 90 dos 92 jogos do Santos na temporada de 1972.
  • Disputou em 1971, 74 jogos pelo Peixe, sendo que nos anos de 1971 e 1972, foi o jogador mais atuante do elenco santista.
  • Estreou no Santos com 15 anos, no Maracanã, contra o Botafogo.
  • Trigésimo Nono maior artilheiro da Seleção Brasileira com 12 gols.
  • Segundo jogador mais novo a marcar com a camisa da Seleção Brasileira, com 16 anos e 306 dias.[24]

Seleção Brasileira

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Referências

  1. «Todos os brasileiros 1966». Folha de S. Paulo. 9 de dezembro de 2015. Consultado em 7 de maio de 2020 
  2. a b c d e f g h i j k l m «Um dos melhores camisa 11 da história aniversaria hoje». Santos Futebol Clube. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  3. a b c d e f g h i j k l m n «Ídolo Edu faz 70 anos!». Santos Futebol Clube. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  4. a b c d e f «Edu, nosso Ídolo Eterno, comemora aniversário». Santos Futebol Clube. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  5. a b c d e f g h i j k l m Memória, Centro de (6 de agosto de 2024). «Edu, Ídolo Eterno, completa 75 anos». Santos Futebol Clube. Consultado em 10 de novembro de 2024 
  6. a b c d e «Jonas Américo | FGV CPDOC». cpdoc.fgv.br. Consultado em 10 de novembro de 2024 
  7. a b c d e «Edu - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  8. Abril, Editora (18 de junho de 1982). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  9. a b c d e f «Edu, o Pelé da ponta-esquerda». Santos Futebol Clube. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  10. «O Santos FC na Seleção Brasileira». Santos Futebol Clube. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  11. «O caçula do Brasil nas Copas - Notícias». Terceiro Tempo. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  12. a b c «50 anos do Tri: Edu, atacante da Seleção Brasileira de 1970». Confederação Brasileira de Futebol. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  13. a b «Memória: Edu vestia a camisa da equipe principal do Santos FC pela primeira vez». Santos Futebol Clube. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  14. Abril, Editora (24 de dezembro de 1971). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  15. «Ídolo do Santos critica equipe defensiva e pede Marinho livre para decidir». www.uol.com.br. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  16. a b c «Memória: Em partida com goleada, Edu marcava no Morumbi». Santos Futebol Clube. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  17. Napoleão, Antonio Carlos (2001). Corinthians x Palmeiras: uma história de rivalidade. [S.l.]: Mauad Editora Ltda 
  18. a b Abril, Editora (4 de fevereiro de 1977). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  19. http://globoesporte.globo.com/bau-do-esporte/noticia/2012/06/menino-da-vila-e-um-dos-herois-do-timao-em-77-edu-acredita-no-santos.html
  20. a b Abril, Editora (13 de agosto de 1982). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  21. Abril, Editora. Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  22. Abril, Editora (22 de abril de 1983). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  23. Abril, Editora (6 de outubro de 1986). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  24. Reis, Ana Karolina. «Endrick se torna o quarto jogador mais jovem a marcar pela Seleção». CNN Brasil. Consultado em 25 de março de 2024 
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