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Indústrias Nucleares do Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Indústrias Nucleares do Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Indústrias Nucleares do Brasil (INB)
Indústrias Nucleares do Brasil
Razão social Indústrias Nucleares do Brasil (INB) S.A.
Empresa pública
Atividade Ciclo do Combustível Nuclear
Fundação 31 de agosto de 1988 (36 anos)
Sede Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro
Proprietário(s) ENBPar (100%)[1]
Presidente Adauto Seixas[2]
Produtos Mineração, beneficiamento e enriquecimento de urânio, combustível nuclear
Antecessora(s) Nuclebrás
Website oficial http://www.inb.gov.br/

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) é uma empresa pública brasileira, vinculada à ENBPar[3] e sob controle finalístico do Ministério de Minas e Energia (MME).[1] Tem unidades nos seguintes estados São Paulo, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro (onde possui a sua sede), e é um importante elemento do sistema brasileiro de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para o domínio do ciclo e produção de combustíveis nucleares. Era uma empresa controlada pelo órgão Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

O tratamento físico dos minerais pesados com a prospecção e pesquisa, lavra, industrialização e comercialização das areias monazíticas e obtenção de terras-raras são atividades que competem à INB. É ainda responsável pela exploração do urânio, desde a mineração e o beneficiamento primário até a produção e montagem dos elementos combustíveis que acionam os reatores de usinas nucleares. A totalidade dessas atividades compõe o Ciclo do Combustível Nuclear.

Produtos e serviços

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Principais ocorrências de urânio no Brasil

A INB fornece produtos e serviços relacionados ao ciclo do combustível nuclear: produção de concentrado de urânio (yellowcake), produção de pó e pastilhas de dióxido de urânio, elementos combustíveis e fabricação de componentes.

Para os diversos setores industriais através de fornecimento de matéria-prima (minerais pesados) para a indústria siderúrgica, automobilística, de fibras óticas e cerâmicas especiais.

Além dos serviços relacionados ao ciclo do combustível nuclear, para diversos setores industriais desenvolve os itens abaixo:

  • usinagem de componentes mecânicos de alta precisão;
  • soldas especiais utilizando feixes de elétrons;
  • análises de materiais e processos a partir de técnicas como medição tridimensional de peças e sistemas de medição a laser;
  • fornecimento de matéria-prima — ilmenita, rutilo e zirconita para a indústria siderúrgica, automobilística, de fibras óticas e de cerâmicas especiais;
  • terras-raras obtidas a partir da monazita, também conhecidas como materiais da terceira onda, com um altíssimo grau de pureza.

A INB oferece, ainda, serviços avançados de controle de qualidade através dos laboratórios de materiais e metrologia.

A Empresas Nucleares Brasileiras (Nuclebrás) foi uma empresa de economia mista, criada pela Lei n.º 6.189 de 16 de dezembro de 1974. A Nuclebrás foi constituída no governo Ernesto Geisel, com o objetivo de executar amplo programa de atividades na área nuclear, em cooperação com o governo da República Federal da Alemanha, compreendendo a pesquisa de minerais fósseis, o desenvolvimento do ciclo do combustível, a construção de usinas nucleoelétricas e a montagem de um parque industrial destinado à fabricação dos equipamentos para tais usinas.[4]

Em 27 de junho de 1975, o Brasil e a República Federal da Alemanha, por intermédio dos seus ministros das Relações Exteriores, assinaram em Bonn o Acordo sobre Cooperação no Campo dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear,[5] também conhecido como Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. A Nuclebrás foi criada para cumprir o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha e tinha como objetivo concentrar todo o ciclo de produção do combustível nuclear, desde a mineração até a montagem e entrega do elemento combustível.[6]

O Decreto-Lei 2.464 de 31 de agosto de 1988, que reformulou o programa nuclear brasileiro, reorganizou a Nuclebrás, sob a denominação de Indústrias Nucleares Brasileiras S.A. (INB).[4] Em 1994, a INB tornou-se uma única empresa ao incorporar suas controladas: Nuclebrás Enriquecimento Isotópico S.A. (Nuclei); Urânio do Brasil S.A. e Nuclemon Mínero-Química Ltda, absorvendo suas atividades e atribuições.

Em 1982, foi inaugurada a fábrica de elementos combustíveis em Resende, que passou a ser chamada de Fábrica do Combustível Nuclear (FCN) em 1996 após uma ampliação. Na FCN são fabricados os combustíveis nucleares que abastecem as usinas de Angra 1 e Angra 2. Ainda em 1996, o processo de reconversão e das linhas de produção de pó e de pastilhas de urânio começou a ser implementado, entrando em operação em 1999 e 2000, respectivamente. A mina da Caetité começou a ser explorada em 1999. Posteriormente, em 2006, o primeiro módulo da cascata de centrífugas para enriquecimento de urânio em escala industrial entrou em operação em Resende.[7]

Em outubro de 2022, foi aprovado em assembleia geral dos acionistas o aumento de capital social da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) por meio do aporte de todas as ações que a União detém no capital da Indústrias Nucleares do Brasil. Com essa operação, a ENBPar assumiu o controle acionário da INB, deixando de ser uma estatal dependente de recursos do Tesouro Nacional.[3]

  • INB Rio de Janeiro (RJ) — Sede
  • INB São Paulo (SP) — Unidade Usina Interlagos
  • INB Caetité (BA) — Unidade de Concentrado de Urânio
  • INB Santa Quitéria (CE) — Consórcio Santa Quitéria
  • INB Caldas (MG) — Unidade de Tratamento de Minérios
  • INB Resende (RJ) — Fábrica de Combustível Nuclear (FCN)
  • INB Barra Seca (RJ) — Unidade de Minerais Pesados (UMP)

Responsabilidade social corporativa

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Na INB a responsabilidade social corporativa começa com a preocupação de incorporar modernas técnicas administrativas a iniciativas voltadas para a qualidade de vida e de valorização profissional e pessoal de cada colaborador da empresa.

A gestão de desenvolvimento de recursos humanos estimula a incorporação de novas posturas individuais e corporativas através de políticas de remuneração e benefícios, da execução de projetos permanentes de treinamento e reciclagem e de avaliações sobre qualidade de vida e novos aprendizados.

Consciente de sua responsabilidade social, a empresa concilia atividades na área nuclear com atuação constante de incentivo à educação, cultura e bem-estar das comunidades circunvizinhas às suas unidades operacionais.

A exploração e o meio ambiente

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Os riscos da exploração de material radioativo recaem sobre a Empresa, naturalmente.

Atentos à conservação do meio ambiente tanto os órgãos estatais, as ONG's e as sociedades do entorno se preocupam em fiscalizar e controlar os recursos naturais expostos a possíveis falhas da Empresa.

No ano de 2010, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) concluiu que as atividades de mineração da INB em Caetité atende todos os requisitos de segurança e que não provocam nenhum impacto significativo ao meio ambiente da região.[8]

Referências

  1. a b «Demonstrações Financeiros 2022 (Notas Explicativas INB 2022)». INB - Indústrias Nucleares do Brasil. 2 de março de 2023. Consultado em 12 de abril de 2023 
  2. «Estrutura Organizacional». INB - Indústrias Nucleares do Brasil. Consultado em 12 de abril de 2023 
  3. a b thunders. «Acionistas autorizam aumento de capital da ENBPar». www.canalenergia.com.br. Consultado em 13 de novembro de 2022 
  4. a b «NUCLEBRÁS (Empresas Nucleares Brasileiras S.A.)». FGV CPDOC. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  5. «ACORDO Nuclear Brasil-Alemanha». FGV CPDOC. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  6. «História». Indústrias Nucleares do Brasil. Consultado em 25 ago. 2022. Cópia arquivada em 25 ago. 2022 
  7. «História». inb.gov.br. Consultado em 20 de outubro de 2019 
  8. «Missão da ONU diz que mina de urânio em Caetité não é perigosa». 4 de fevereiro de 2010. Consultado em 13 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014 

Ligações externas

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