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Harvey Weinstein – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Harvey Weinstein

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Harvey Weinstein
Harvey Weinstein
Nascimento 19 de março de 1952 (72 anos)
Nova Iorque
Cidadania Estados Unidos
Cônjuge Georgina Chapman
Irmão(ã)(s) Bob Weinstein
Alma mater
Ocupação produtor cinematográfico, produtor executivo, ator, diretor de cinema, roteirista
Distinções
Empregador(a) The Weinstein Company
Harvey Weinstein
Crime(s) Estupro e assédio sexual[1]
Pena 25 anos de prisão[1]
Situação encarcerado

Harvey Weinstein, (19 de março de 1952), é um ex-produtor de filmes norte-americano condenado por crimes sexuais. Ele e seu irmão Bob Weinstein co-fundaram a empresa de entretenimento Miramax, que produziu vários filmes independentes de sucesso, incluindo Sex, Lies and Videotape (1989), The Crying Game (1992), Pulp Fiction (1994), Heavenly Creatures (1994), Flirting with Disaster (1996) e Shakespeare in Love (1998).[2] Weinstein ganhou um Óscar por produzir Shakespeare in Love e ganhou sete Tony Awards por uma variedade de peças e musicais, incluindo The Producers, Billy Elliot - The Musical e August: Osage County.[3] Depois de deixar a Miramax, Weinstein e seu irmão Bob fundaram a The Weinstein Company, um estúdio de cinema. Ele foi co-presidente, ao lado de Bob, de 2005 a 2017.

Em outubro de 2017, após ter sido acusado de cometer abusos sexuais, Weinstein foi desligado de sua empresa e expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.[4][5] Em 31 de outubro, mais de oitenta mulheres fizeram denúncias contra Weinstein.[6] As acusações provocaram o início da campanha #MeToo, na mídia social. Logo seguiu-se uma onda acusações semelhantes, contra outros homens poderosos que também acabaram demitidos, no âmbito do chamado "efeito Weinstein". Em 25 de maio de 2018, Weinstein foi preso em Nova Iorque, acusado de estupro e outros delitos, sendo libertado sob fiança.[7] Seu julgamento começou em 6 de janeiro de 2020. Ele também foi acusado de estupro em Los Angeles.[8] Em 24 de fevereiro do mesmo ano, foi julgado culpado de dois dos cinco crimes, em Nova Iorque, acarretando uma sentença de até 25 anos de prisão.[9][10][11]

Escândalo sexual

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Em 2017, foi acusado de assédio sexual por várias mulheres, incluindo Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow,[12] Mira Sorvino, Rosanna Arquette, Emma de Caunes, Judith Godrèche, Léa Seydoux, Cara Delevingne, Ashley Judd, Rose McGowan, Heather Graham, Brit Marling, Zoe Brock, Lucia Stoller e Louisette Geiss.[13] Pelo menos três mulheres o acusaram de estupro: a italiana Asia Argento, a atriz Lucia Evans e uma terceira, que permaneceu anônima.[14] O escândalo repercutiu de tal forma que sua esposa, a estilista de moda inglesa Georgina Chapman, pediu o divórcio do produtor, com quem estava casada havia dez anos.[15] O caso também teve repercussões profissionais: os membros do conselho do Óscar votaram pela expulsão de Weinstein da organização.[16] Ele também foi excluído da empresa que criou, a Weinstein Company.[17] Harvey Weinstein também teria contratado a Kroll Inc. para encobrir a provas e obstruir a justiça, em processos contra ele.[18]

Em 25 de abril de 2024, o mais alto tribunal de Nova York anulou uma das condenações por estupro do ex-magnata do cinema, em 2020. A Justiça concluiu que o juiz que condenou Weinstein prejudicou o empresário ao incluir no processo depoimentos de testemunhas que não faziam parte da ação. Apesar da anulação, Weistein segue preso por outra condenação por estupro.[19]

Prêmios e honrarias

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Antes do escândalo, Harvey Weinstein havia recebido vários prêmios. Em 26 de setembro de 2000, recebeu o título de doutor honoris causa, pela Universidade de Buffalo.[20] Em 19 de abril de 2004, Weinstein foi eleito Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE) em reconhecimento ao seu trabalho para a indústria cinematográfica. Este prêmio foi "honorário" já que Weinstein não é cidadão da Commonwealth.[21] Em 2 de março de 2012, Weinstein foi eleito cavaleiro da Legião de Honra da França, em reconhecimento ao seu esforço de popularizar filmes estrangeiros nos Estados Unidos.[22]

A Universidade de Buffalo revogou seu doutorado honoris causa, dizendo que sua conduta "contradiz o espírito de um doutor honorário", enquanto o presidente da França Emmanuel Macron afirmou estar a fazer diligências no sentido de revogar o seu título da Legião de Honra, ambos em 2017.[23][24][25][26] Em 18 de setembro de 2020, Weinstein perdeu seu título honorário de Comandante da Ordem do Império Britânico.[27][28]

Referências

  1. a b «Júri condena Harvey Weinstein por ataque sexual e estupro». G1. 24 de fevereiro de 2020. Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  2. Kunz, William M. (2007). Culture Conglomerates: Consolidation in the Motion Picture And Television Industries. Lanham, Maryland: Rowman & Littlefield. p. 15. ISBN 978-0-7425-4066-8. Consultado em 24 de janeiro de 2019 
  3. Klinger, Barbara (13 de março de 2006). Beyond the Multiplex: Cinema, New Technologies, and the Home. Berkeley, Califórnia: University of California Press. p. 212. ISBN 978-0-520-24586-0. Consultado em 24 de janeiro de 2019 
  4. Farrow, Ronan (10 de outubro de 2017). «From Aggressive Overtures to Sexual Assault: Harvey Weinstein's Accusers Tell Their Stories». The New Yorker. Consultado em 24 de janeiro de 2019 
  5. Lartey, Jamiles; Helmore, Edward; Batty, David (14 de outubro de 2017). «Stars welcome Academy move to expel Weinstein over sexual assault claims». The Guardian. Londres, Inglaterra: Guardian Media Group. Consultado em 24 de janeiro de 2019 
  6. Williams, Janice (30 de outubro de 2017). «Harvey Weinstein Accusers: Over 80 Women Now Claim Producer Sexually Assaulted or Harassed Them». Newsweek. Nova Iorque: IBT Media. Consultado em 24 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 24 de janeiro de 2019 
  7. «Harvey Weinstein charged with rape». BBC News. 25 de maio de 2018. Consultado em 24 de janeiro de 2019 
  8. «Harvey Weinstein charged in Los Angeles with sexual assault of two women in 2013 -prosecutor». www.msn.com. Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  9. Pierson, Brendan (24 de fevereiro de 2020). «Weinstein convicted of sexual assault, rape, in milestone verdict for #MeToo movement». Reuters (em inglês). Consultado em 24 de fevereiro de 2020. Arquivado do original em 24 de fevereiro de 2020 
  10. «Harvey Weinstein trial resumes as jury split over charges». Fox Business (em inglês). 24 de fevereiro de 2020. Consultado em 24 de fevereiro de 2020. Arquivado do original em 24 de fevereiro de 2020 
  11. Pilkington, Ed (24 de fevereiro de 2020). «Harvey Weinstein found guilty at rape trial». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  12. «Home». BBC News. Consultado em 11 de outubro de 2017 
  13. «Quem são as atrizes que acusam Harvey Weinstein de assédio - e até estupro». BBC Brasil. 12 de outubro de 2017 
  14. «Harvey Weinstein é alvo de investigações em Nova York e Londres por acusações de assédio». G1 
  15. «Harvey Weinstein's Wife Georgina Chapman Announces Separation, Calls His Actions 'Unforgivable'». Just Jared (em inglês) 
  16. «Conselho do Oscar expulsa o produtor Harvey Weinstein após acusações de assédio». BBC Brasil (em inglês). 14 de outubro de 2017 
  17. «O que há contra Harvey Weinstein, poderoso de Hollywood acusado de assédio». Nexo Jornal 
  18. AdoroCinema. «Harvey Weinstein contratou espiões para encobrir seus casos de assédio». AdoroCinema. Consultado em 9 de junho de 2021 
  19. «Tribunal anula uma das condenações por estupro de Harvey Weinstein, ex-magnata do cinema que motivou #MeToo». G1. 25 de abril de 2024. Consultado em 28 de abril de 2024 
  20. «Miramax Films' Harvey Weinstein to Receive Honorary SUNY Doctorate from UB on Sept. 26 – University at Buffalo». www.buffalo.edu. Consultado em 19 de setembro de 2020. Arquivado do original em 20 de setembro de 2019 
  21. Minns, Adam (20 de abril de 2004). «Weinstein to be awarded honorary CBE by Queen». Screen International. Consultado em 19 de setembro de 2020. Arquivado do original em 12 de junho de 2018 
  22. Cieply, Michael (2 de março de 2012). «From France Avec L'Amour: Another Honor for Harvey Weinstein». New York Times. Nova Iorque: New York Times Company. Consultado em 19 de setembro de 2020. Arquivado do original em 12 de junho de 2018 
  23. «Alma mater strips Harvey Weinstein of honorary degree». Page Six. News Corp. 15 de novembro de 2017. Consultado em 19 de setembro de 2020. Arquivado do original em 29 de abril de 2018 
  24. «Harvey Weinstein faces losing CBE amid sexual assault allegations». BBC. Consultado em 19 de setembro de 2020. Arquivado do original em 26 de outubro de 2017 
  25. Cockburn, Harry; Agerholm, Harriet (15 de outubro de 2017). «Macron 'to revoke Harvey Weinstein's Legion of Honour award'». The Independent. Independent Print Ltd. Consultado em 19 de setembro de 2020. Arquivado do original em 24 de outubro de 2017 
  26. Papenfuss, Mary (10 de junho de 2017). «French President Moves To Strip Harvey Weinstein Of His Legion Of Honor». Huffington Post. Nova Iorque: Huffington Post Media Group. Consultado em 19 de setembro de 2020. Arquivado do original em 25 de outubro de 2017 
  27. «Central Chancery of the Orders of Knighthood- Honours and Awards». The Gazette. 18 de setembro de 2020. Consultado em 19 de setembro de 2020 
  28. «Harvey Weinstein stripped of honorary CBE». BBC News. 18 de setembro de 2020. Consultado em 19 de setembro de 2020 

Ligações externas

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