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Frumentários

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os frumentários[1] (em latim: frumentarii) teriam sido a primeira polícia secreta e política organizada da História, tendo existido no Império Romano do século III, sob a iniciativa do Imperador Adriano, que dava o sobrenome de Martire aos seus integrantes, em homenagem ao deus Marte. Roma usava de longa data informantes e espiões nos exércitos de ocupação e legiões romanas, mas nunca em uma forma organizada, mesmo na cidade de Roma, com seus sussurros e infindáveis conspirações. Tito utilizou os mensageiros especiais e assassinos da guarda pretoriana para levar a cabo execuções e liquidações (os Speculatores), contudo, eles pertenciam à Guarda e foram limitados em alcance e potência.

Através do segundo século, a necessidade de um amplo serviço de informações no império era evidente. Mas mesmo um imperador não poderia facilmente criar um serviço nacional com o objetivo expresso de espionagem sobre os cidadãos do vasto território do Império Romano. Porém Adriano imaginou uma operação de grande escala e criou o frumentários. Existiam frumentários que eram, por exemplo, cobradores de milho em uma província, uma posição que trouxe a esse funcionário contato com os habitantes locais, suficiente para adquirir considerável inteligência sobre um determinado território. Adriano colocou em uso espiões.

Conta-se uma história de que o frumentários leu uma carta dirigida a um homem do governo nas províncias, que, segundo a correspondência da sua mulher, amava banhos. Quando o funcionário solicitou uma licença, Adriano disse-lhe que não, argumentando que esse funcionário não deveria se entregar aos prazeres daquela forma.

Os frumentários rapidamente ganhou o ódio da sociedade. No terceiro século, a associação com os chefes do governo produziria graves repercussões. Diocleciano encerrou os frumentários por causa de seus abusos e reputação repugnante. A decisão do imperador lhe cedeu grande popularidade, mas um breve período depois, foi criado em seu lugar uma polícia política muito melhor organizada, os agentes nos assuntos.

Referências

  1. Monteiro 2009, p. 33.
  • Monteiro, João Gouveia (2009). Vegécio. Compêndio da Arte Militar. [S.l.]: Imprensa da Univ. de Coimbra 

Keppie, Lawrence, The Making of the Roman Army from Republic to Empire , Barnes and Noble Books, New York, 1994, ISBN 1-56619-359-1