Epsilon Geminorum
ε Geminorum | |
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Dados observacionais (J2000) | |
Constelação | Gemini |
Asc. reta | 06h 43m 55,9s[1] |
Declinação | +25° 07′ 52,1″[1] |
Magnitude aparente | +3,06[2] |
Características | |
Tipo espectral | G8 Ib[3] |
Cor (U-B) | +1,46[4] |
Cor (B-V) | +1,40[4] |
Astrometria | |
Velocidade radial | +8,09 ± 0,14 km/s[5] |
Mov. próprio (AR) | -5,57 mas/a[1] |
Mov. próprio (DEC) | -12,36 mas/a[1] |
Paralaxe | 3,86 ± 0,17 mas[1] |
Distância | 840 ± 40 anos-luz 260 ± 10 pc |
Magnitude absoluta | −4,15 |
Detalhes | |
Massa | 19,2 ± 0,1[6] M☉ |
Raio | 140 ± 35[3] R☉ |
Gravidade superficial | 0,88 ± 0,05 (log g)[7] |
Luminosidade | 8 500[2] L☉ |
Temperatura | 4 662 ± 36[7] K |
Metalicidade | [Fe/H] 0,15 ± 0,07[7] |
Rotação | 8,7 ± 1,0 km/s[5] |
Idade | 8,3 ± 0,1 milhões[6] de anos |
Outras denominações | |
27 Geminorum, FK5 254, HD 48329, HIP 32246, HR 2473, SAO 78682. | |
Epsilon Geminorum (ε Gem, ε Geminorum) é a quinta estrela mais brilhante da constelação de Gemini, com uma magnitude aparente de +3,06.[2] É também conhecida pelo nome tradicional Mebsuta (também Melboula ou Melucta).[8] Com base em sua paralaxe de 3,86 ± 0,17 milissegundos de arco, está a aproximadamente 840 anos-luz (260 parsecs) da Terra, com uma margem de erro relativamente grande de 40 anos-luz.[1] Como Epsilon Geminorum está localizada perto da eclíptica, pode ser ocultada pela Lua ou por um planeta. Uma ocultação por Marte aconteceu em 8 de abril de 1976, a qual permitiu que o achatamento da atmosfera externa do planeta fosse medido.[9]
O espectro desta estrela corresponde a uma classificação estelar de G8 Ib,[3] em que a classe de luminosidade Ib indica que é uma estrela supergigante de baixa luminosidade. Alternativamente, pode ser uma estrela que passou pelo ramo gigante assintótico e possui uma camada externa de poeira.[10] Esta estrela tem uma massa estimada em 19,2 vezes a massa do Sol,[6] e expandiu a um raio 105–175 vezes maior que o do Sol.[3] Desde 1943, seu espectro tem servido como base pela qual outras estrelas são classificadas.[11]
Epsilon Geminorum está irradiando cerca de 8 500 vezes a luminosidade do Sol[2] de sua atmosfera externa a uma temperatura efetiva de 4 662 K,[7] o que dá a ela o brilho amarelo típico de estrelas de classe G.[12] Um campo magnético superficial com uma força de –0,14 ± 0,19 G foi detectado nessa estrela. Esse campo topologicamente complexo é provavelmente gerado por dínamo formado na zona de convecção da estrela.[13]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e f «SIMBAD query result - eps Gem». SIMBAD. Centre de Données astronomiques de Strasbourg. Consultado em 30 de setembro de 2012
- ↑ a b c d Mallik, Sushma V. (dezembro de 1999), «Lithium abundance and mass», Astronomy and Astrophysics, 352: 495–507, Bibcode:1999A&A...352..495M
- ↑ a b c d Nordgren, Tyler E.; et al. (dezembro de 1999), «Stellar Angular Diameters of Late-Type Giants and Supergiants Measured with the Navy Prototype Optical Interferometer», The Astronomical Journal, 118 (6): 3032–3038, Bibcode:1999AJ....118.3032N, doi:10.1086/301114
- ↑ a b Johnson, H. L.; et al. (1966), «UBVRIJKL photometry of the bright stars», Communications of the Lunar and Planetary Laboratory, 4 (99), Bibcode:1966CoLPL...4...99J
- ↑ a b De Medeiros, J. R.; et al. (novembro de 2002), «A catalog of rotational and radial velocities for evolved stars. II. Ib supergiant stars», Astronomy and Astrophysics, 395: 97–98, Bibcode:2002A&A...395...97D, doi:10.1051/0004-6361:20021214
- ↑ a b c Tetzlaff, N.; Neuhäuser, R.; Hohle, M. M. (janeiro de 2011), «A catalogue of young runaway Hipparcos stars within 3 kpc from the Sun», Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 410 (1): 190–200, Bibcode:2011MNRAS.410..190T, arXiv:1007.4883, doi:10.1111/j.1365-2966.2010.17434.x
- ↑ a b c d Wu, Yue; et al. (janeiro de 2011), «Coudé-feed stellar spectral library - atmospheric parameters», Astronomy and Astrophysics, 525: A71, Bibcode:2011A&A...525A..71W, arXiv:1009.1491, doi:10.1051/0004-6361/201015014
- ↑ Allen, Richard Hinckley (1899), Star-names and their meanings, G. E. Stechert, p. 235
- ↑ French, R. G.; Taylor, G. E. (março de 1981), «Occultation of Epsilon Geminorum by Mars. IV - Oblateness of the Martian upper atmosphere», Icarus, 45 (3): 577–585, Bibcode:1981Icar...45..577F, doi:10.1016/0019-1035(81)90023-3
- ↑ Lobel, A.; Dupree, A. K. (dezembro de 2000), «The Chromospheres of G-type Ib Supergiants», Bulletin of the American Astronomical Society, 32: 1474, Bibcode:2000AAS...197.4415L
- ↑ Garrison, R. F. (dezembro de 1993), «Anchor Points for the MK System of Spectral Classification», Bulletin of the American Astronomical Society, 25: 1319, Bibcode:1993AAS...183.1710G, consultado em 30 de setembro de 2012
- ↑ «The Colour of Stars», Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, Australia Telescope, Outreach and Education, 21 de dezembro de 2004, consultado em 30 de setembro de 2012
- ↑ Grunhut, J. H.; et al. (novembro de 2010), «Systematic detection of magnetic fields in massive, late-type supergiants», Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 408 (4): 2290–2297, Bibcode:2010MNRAS.408.2290G, arXiv:1006.5891, doi:10.1111/j.1365-2966.2010.17275.x