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Coreanos – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Coreanos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Coreanos
(hangul: 한국인; rr: hanguk-in)
Bandeira da unificação coreana
Mapa da diáspora coreana ao redor do mundo.
População total

80.000.000 (est.)[1]

Regiões com população significativa
 Coreia do Sul 50.062.000 (est. 2009) [2]
 Coreia do Norte 24.051.218 (est. 2009) [3]
 China 2.336.771 [4]
 Estados Unidos 2.102.283 [4][5]
 Japão 904.512 [4]
 Canadá 223.322 [4]
 Rússia 222.027 [4][6]
 Austrália 203.633 [4]
 Uzbequistão 175.939 [4]
 Filipinas 115.400 [4]
 Cazaquistão 103.952 [4]
 Vietnã 88.120 [4]
 Dinamarca 15.000 [4]
 Brasil 50.000 [4]
 Reino Unido 45.295 [4]
 Tailândia 40.370 [4]
 Ucrânia 35.000 [7]
 Indonésia 31.760 [4]
 Alemanha 31.248 [4]
 Nova Zelândia 30.792 [4]
 Argentina 22.024 [4]
 Quirguistão 19.420 [4]
 França 14.738 [4]
 Malásia 14.580 [4]
 Singapura 13.509 [4]
 Hong Kong 13.288 [8]
 México 12.072 [4]
 Guatemala 9.921 [4]
 Índia 8.337 [4]
 Suécia 7.000 [4]
 Paraguai 5.229 [4]
Línguas
coreana
Religiões

Maioria:
Irreligião

Minorias: [9][10]

Os coreanos (em coreano: 한국인) são um grupo étnico originário da Península Coreana e Manchúria.[11]

Os sul-coreanos chamam a si próprios de "hanguk-in" (em coreano: 한국인 (hangul); 韓國人 (hanja); romaniz.: hanguk-in), "han-in" (em coreano: 한인; (hangul); 韓人(hanja); romaniz.: han-in; lit. "pessoas grandes") ou ainda "hanguk-saram" (em coreano: 한국 사람; romaniz.: hanguk-saram).

Os norte-coreanos se denominam "chosŏn-in" (em coreano: 조선인; romaniz.: "chosŏn-in") ou "chosŏn-in" (em coreano: 조선 사람; romaniz.: "chosŏn-saram").

Estudos linguísticos e arqueológicos

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Os coreanos são descendentes dos povos da Ásia Oriental. Evidências arqueológicas sugerem que os ancestrais dos coreanos eram migrantes da região da Manchúria e sul da Sibéria que migraram e se fixaram na Península Coreana em sucessivos deslocamentos do Neolítico à Idade do Bronze.[12][13][14] Ao migrarem para o extremo sul da península, por volta de três mil anos atrás, os coreanos acabaram expulsando os povos falantes de línguas japônicas para o arquipélago japonês (originando o povo japonês moderno) e os que permaneceram na Coreia acabaram por ser assimilados à língua e cultura coreana.[15][16]

O mesmo modelo de sepultura é um indicativo de quem tenha vivido ali. A maior concentração de dolmen no mundo está na Península Coreana. Estima-se que existam cerca de 35.000 dolmens, aproximadamente 40% do total encontrado no mundo. Dolmens semelhantes podem ser encontrados fora da Coreia, nomeadamente na Manchúria, Shandong e Kyushu, mas ainda é incerto o porquê dessa cultura florescer de forma tão intensa apenas na Península Coreana em comparação ao Nordeste da Ásia.

Estudos genéticos

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Estudos do polimorfismos no cromossomo Y humano produziram evidências de que o povo coreano possui uma longa história como um grupo étnico endogâmico com sucessivos deslocamentos de pessoas para a península e três Haplogrupos maiores do cromossoma Y.[17]

Diferenças regionais

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Existem diferenças regionais, culturais e políticas entre os coreanos, assim como ocorrem entre outras etnias.

Na Coreia do Sul, a mais importante diferença regional é entre a região de Yeongnam, que engloba as províncias de Gyeongsang do Norte e Gyeongsangnam do Sul à sudeste e a região de Honam, abrangendo as províncias de Jeolla do Norte e Jeolla do Sul à sudoeste. Essa rivalidade regional remonta aos Período dos Três Reinos que durou do século IV ao século VII, onde os reinos de Goguryeo, Baekje e Silla lutaram pelo controle da península.

Observadores notaram que são raros os casamentos inter-regionais desde que as duas áreas foram separadas. A partir de 1990, uma nova estrada de quatro pistas foi concluída entre Gwangju e Daegu, e as capitais de Jeolla do Sul e Gyeongsang do Norte tiveram um pequeno sucesso na sua integração.

A elite política da Coreia do Sul, incluindo os presidentes Park Chung-hee, Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo são, na sua maioria, da região de Yeongnam. Como resultado, a região possui uma atenção especial de recursos do governo para o desenvolvimento, em contraste com a região de Honam, que permaneceu predominantemente rural e com menor desenvolvimento.

As Coreias do Norte e do Sul possuem uma herança em comum; porém, com a divisão da Coreia em 1945, isso resultou em algumas divergências na cultura moderna.

A sociedade coreana é muito homogênea, já que 98% dos seus habitantes são etnicamente coreanos. Ainda que continue sendo mínima, a população de habitantes não-coreanos tem aumentado.[18]

Ver artigos principais: Língua coreana e Hangul

A língua das pessoas coreanas é a coreana, que utiliza o hangul como sistema de escrita principal. Existem cerca de 78 milhões de pessoas que falam o coreano ao redor do mundo.[19]

Em 2005, quase metade da população sul-coreana expressou que não tinha preferência religiosa.[20] Dos restantes, a maioria são cristãos e budistas; a população em 2010 era dividida em: 43,1% cristã (18,3% protestantes, 10,9% católicos e 13,9% de outras denominações cristãs) e 22,8% eram budistas.[21][22] Outras religiões praticadas no país incluem o islã e vários outros novos movimentos religiosos, como o jeungsanismo, o daesunismo, o cheondoísmo e o budismo won.

O budismo foi introduzido na Coreia no ano 372 d.C. por missionários chineses.[23] Segundo o censo nacional de 2005, no país existiam mais de dez milhões de budistas.[22]

O islã conta com pouco mais de trinta mil seguidores nativos, além de mais de cem mil estrangeiros provenientes de países muçulmanos,[24] especialmente do Paquistão e do Bangladesh.[25]

Referências

  1. Península da Coreia (50 milhões + 24 milhões) + Diáspora coreana (6,8 milhões)
  2. «Population of South Korea 2010». English.chosun.com. 1 de fevereiro de 2010. Consultado em 4 de maio de 2012 
  3. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 11 de novembro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 25 de março de 2009 
  4. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa 재외동포현황/Current Status of Overseas Compatriots. South Korea: Ministry of Foreign Affairs and Trade. 2009. Consultado em 21 de maio de 2009 
  5. Note that the 2006 American Community Survey gave a much smaller figure of 1,520,703. See S0201. Selected Population Profile in the United States. [S.l.]: United States Census Bureau. Consultado em 22 de setembro de 2007 
  6. The 2002 Russian census gave a figure of 148,556. See «Население по национальности и владению русским языком по субъектам Российской Федерации» (Microsoft Excel). Федеральная служба государственной статистики (em russo). Consultado em 1 de dezembro de 2006 
  7. http://www.ihrpex.org/en/article/2666/korean_diaspora_in_ukraine_increased_almost_three_times_during_10_years
  8. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de novembro de 2013. Arquivado do original em 26 de maio de 2012 
  9. «International Religious Freedom Report 2008 – Korea, Republic of». U.S. Department of State. Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor. 22 de janeiro de 2009. Consultado em 31 de janeiro de 2009 
  10. «state.gov». state.gov. 12 de abril de 2012. Consultado em 4 de maio de 2012 
  11. http://books.google.com/books?id=s2EVi-MpnUsC&pg=PA6&dq=korean+origin+manchuria&hl=en&sa=X&ei=yuZdUan1PMLE4APmkoDQDw&ved=0CGAQ6AEwCQ#v=onepage&q=korean%20origin%20manchuria&f=false
  12. The Rise of Civilization in East Asia: the Archaeology of China, Korea and Japan, pp. 165
  13. ?? ?? ???, ?? ?? ???: ???, ??, pp. 44–45
  14. Ahn, Sung-Mo (1 de junho de 2010). «The emergence of rice agriculture in Korea: archaeobotanical perspectives». Archaeological and Anthropological Sciences (em inglês). 2 (2): 89–98. ISSN 1866-9565. doi:10.1007/s12520-010-0029-9 
  15. Janhunen, Juha (2010). «Reconstructing the Language Map of Prehistorical Northeast Asia». Studia Orientalia Electronica (em inglês). 108: 281–304. ISSN 2323-5209 
  16. Vovin, Alexander (janeiro de 2013). «From Koguryǒ to T'amna: Slowly riding to the South with speakers of Proto-Korean». Korean Linguistics (em inglês). 15 (2): 222–240. ISSN 0257-3784. doi:10.1075/kl.15.2.03vov. Consultado em 22 de julho de 2023 
  17. «International Journal of Legal Medicine, Volume 124, Number 6». SpringerLink. Consultado em 4 de maio de 2012 
  18. Choe Sang-hun (2009). «South Koreans Struggle With Race». New York times.com. Consultado em 9 de abril de 2010. Cópia arquivada em 4 de fevereiro de 2012 
  19. «Korean». ethnologue 
  20. Serviço de Informação Estatística Coreana. «인구,가구/시도별 종교인구/시도별 종교인구 (2005년 인구총조사)» (em coreano). Kosis.nso.go.kr. Consultado em 1 de abril de 2010. Arquivado do original em 8 de setembro de 2006 
  21. «The Association of Religion Data Archives». National Profiles. www.thearda.com. Consultado em 14 de abril de 2011. Cópia arquivada em 4 de fevereiro de 2012 
  22. a b Departamento de Estado de EU (2009). «International Religious Freedom Report 2008 – Korea, Republic of» (em inglês). State.gov. Consultado em 8 de abril de 2010. Cópia arquivada em 4 de fevereiro de 2012 
  23. Quang Duc (2001). «Buddhism in Korea» (em inglês). Buddhism Today.com. Consultado em 8 de abril de 2010. Cópia arquivada em |arquivourl= requer |arquivodata= (ajuda) [e 🔗] Verifique valor |arquivourl= (ajuda) 
  24. «Islam Takes Root and Blooms» (em inglês). Islam Wareness.net. 2002. Consultado em 8 de abril de 2010. Cópia arquivada em 4 de fevereiro de 2012 
  25. «Korea's Muslims Mark Ramadan» (em inglês). The Chosun Ilbo.com. 2008. Consultado em 8 de abril de 2010 
  • 서의식 and 강봉룡. 뿌리 깊은 한국사, 샘이 깊은 이야기: 고조선, 삼국, ISBN 89-8133-536-2
  • Barnes, Gina. The Rise of Civilization in East Asia: the Archaeology of China, Korea and Japan, ISBN 0-500-27974-8