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Carlos Roberto Gallo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlos
Informações pessoais
Nome completo Carlos Roberto Gallo
Data de nascimento 4 de março de 1956 (68 anos)
Local de nascimento Vinhedo, São Paulo,  Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,88 m
destro
Apelido Ganso[1]
Informações profissionais
Período em atividade 1974–1993 (19 anos)
Posição goleiro
Clubes de juventude
1972–1974 Ponte Preta
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1975–1983
1984–1988
1988–1989
1990–1991
1991
1992
1993
Ponte Preta
Corinthians
Malatyaspor
Atlético Mineiro
Guarani
Palmeiras
Portuguesa
0000437 0000(0)
00159 0000(0)[1][2]
00000 0000(0)
000045 0000(0)
000032 0000(0)
000036 0000(0)
00002 0000(0)
Seleção nacional
1975–1993 Brasil 000044 0000(0)[2]
Medalhas
Jogos Pan-Americanos
Ouro Cidade do México 1975 Equipe

Carlos Roberto Gallo (Vinhedo, 4 de março de 1956) é um ex-futebolista brasileiro, que atuava como goleiro.

Considerado por muitos o maior goleiro da história da Ponte Preta[3], é recordista de partidas entre todos os atletas da posição que já passaram pelo clube.[4][5]

Não pensava em ser jogador na infância, embora praticasse muitos esportes na cidade natal, como basquete e salto em altura.[3]

Descoberto por Lourival Ciene, organizador de times amadores em Vinhedo, fez testes na Ponte Preta, onde foi aprovado pelo treinador Mário Juliato, e começou sua carreira nos juvenis do clube em 1971.[3]

Em 1974, Carlos foi convocado pela primeira vez para as categorias de base da Seleção Brasileira de juniores, sendo titular na equipe campeã do Torneio de Cannes, na França.[3] Ainda em 1974, com 18 anos[4], o goleiro recebeu sua primeira chance entre os profissionais da Ponte Preta.[3]

Em 1975, continuou ganhando importância dentro da Seleção Brasileira, sendo titular na conquista do torneio de futebol no Pan-Americano da Cidade do México, pela Seleção Brasileira olímpica.[3][4]

Um ano depois, participou do título da Seleção Brasileira no Torneio Pré-Olímpico, no Recife, e foi titular da equipe que disputou os Jogos Olímpicos de Verão de 1976, terminando em 4º lugar.[3][4]

Fez parte da antológica equipe da Ponte Preta que foi vice campeã do Campeonato Paulista de Futebol de 1977, de 1979 e de 1981.[3] Conquistou a Bola de Prata da revista Placar em 1980 e 1982, sendo considerado o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro daqueles anos.[3]

Carlos disputou 437 jogos com a camisa da Macaca entre 1975 e 1983.[4]

No final de 1983 foi vendido ao Corinthians[6], chegando no início de 1984 para disputar a posição com o goleiro Solito.[3]

Perdeu a posição no time para Waldir Peres em 1987. O goleiro ficou na reserva até 1988, quando Waldir deixou o clube. Porém, após seu retorno, Carlos contundiu-se, pouco antes do final do Campeonato Paulista de 1988, onde foi campeão, e perdeu a posição novamente, agora para Ronaldo.[3]

Pouco antes da final do torneio, foi vendido para o Malatyaspor. Pelo Corinthians, Carlos fez 159 jogos, com 69 vitórias, 53 empates e 37 derrotas.[7]

Outros clubes

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Na Turquia, Carlos não foi muito visto e perdeu a chance de estar na Copa de 1990.[3]

Em 1990, retornou ao Brasil para jogar no Atlético Mineiro, sendo titular da equipe que alcançou as quartas de final do Campeonato Brasileiro. Jogou mais um Brasileiro pelo Atlético em 1991, e logo depois se transferiu para o Guarani.[3]

Suas atuações no Guarani lhe renderam a volta à Seleção Brasileira, em 1992, para alguns amistosos, além de nova transferência, para o Palmeiras. Nesse clube Carlos foi titular durante a maior parte do ano, mas perdeu a posição para César, e então foi para a Portuguesa, em 1993[3], encerrando a carreira no clube no final daquele ano, aos 37 anos.[2]

Seleção Brasileira

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Sua primeira convocação para a Seleção Brasileira profissional aconteceu na fase final das eliminatórias para a Copa de 1978, sendo reserva imediato de Leão nesta Copa.[3]

No Mundialito de 1981, na partida de estreia da Seleção na competição contra a Argentina, Carlos fraturou o cotovelo e ficou em recuperação por um longo tempo, perdendo a titularidade na equipe nacional para Waldir Peres.[3] Foi terceiro reserva na Copa do Mundo FIFA de 1982.[3]

Reestreou pela Seleção Brasileira em 1985, no jogo contra a Bolívia, pelas eliminatórias da Copa de 1986.[3] Foi titular na Copa do Mundo FIFA de 1986[3], disputando todos os cinco jogos da campanha da Seleção[4], apesar de uma lesão na mão sofrida dias antes da estreia.[3] Na disputa de pênaltis contra a França, nas quartas de final, a bola cobrada pelo atacante francês Bruno Bellone bateu na trave, mas também atingiu as costas de Carlos no retorno, voltando para o gol. O gol foi validado, o que contribuiu para que o goleiro fosse atingido pela pecha de “pé-frio”.[3]

Continuou titular da Seleção até 1988, quando foi transferido para a Turquia, perdendo espaço para o jovem Taffarel, dez anos mais novo.[2]

As más atuações de Taffarel - reserva no Parma - levaram o técnico Carlos Alberto Parreira a testar Carlos, aos 37 anos, como alternativa na Copa América de 1993, na qual atuou em uma partida contra o Chile.[3] Contudo, não participou do grupo que disputou as Eliminatórias para a Copa do Mundo FIFA de 1994.

Carlos foi o único jogador brasileiro que disputou duas edições de Copa do Mundo defendendo clubes do Interior[5] e também é até hoje o único atleta com convocações para a Seleção Brasileira representando os dois rivais do futebol campineiro: Ponte Preta e Guarani.[4]

Com a camisa principal da seleção nacional, Carlos disputou no total 44 jogos entre 1978 e 1993 (26 vitórias, 11 empates, 7 derrotas)[4] e sofreu 32 gols. Já pela seleção olímpica, foram 24 partidas (12 vitórias, 7 empates, 5 derrotas) e 23 gols tomados.[7]

Trabalhou como técnico no Campo Grande e no Operário.[3] Posteriormente, se formou em Educação Física.[3]

Foi treinador de goleiros da Ponte Preta[3] de 2007 até o dia 9 de agosto de 2011.

Em março de 2012, foi ser treinador de goleiros da base do São Paulo, permanecendo até 2015, e posteriormente treinou os goleiros do time de cima[8] até 2019.[9]

Em 2022, foi contratado como auxiliar do Desportivo Brasil.[10]

Seleção Brasileira
Corinthians
Atlético Mineiro
Palmeiras

Referências

  1. a b «Carlos… a trave por testemunha». tardesdepacaembu. 11 de junho de 2018. Consultado em 19 de agosto de 2018 
  2. a b c d «CARLOS - Ex-goleiro da Ponte, Corinthians e Galo». Terceiro Tempo. Consultado em 19 de agosto de 2018 
  3. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y «Notícias». Museu do Futebol. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  4. a b c d e f g h Magnusson, Gustavo (22 de novembro de 2022). «Carlos, o único jogador que representou os dois rivais do futebol campineiro na Seleção Brasileira». Hora Campinas. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  5. a b Magnusson, Gustavo (11 de agosto de 2022). «Ponte Preta, 122 anos: celeiro de grandes goleiros que marcaram época». Hora Campinas. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  6. «Carlos Gallo - Goleiro Copas do Mundo». Ludopédio. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  7. a b «Carlos - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  8. «Ex-jogador do Corinthians é o novo preparador de goleiros do São Paulo - 06/01/2016 - Esporte - Folha de S.Paulo». m.folha.uol.com.br. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  9. «Veja por onde andam os jogadores da Ponte do dérbi histórico de 81». ge. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  10. «Paulista A3: Ex-goleiro da Ponte, que jogou três Copas do Mundo, será auxiliar do Desportivo Brasil». www.futebolinterior.com.br. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  11. «Gazeta irá reprisar título paulista do Corinthians sobre o Guarani em 1988». www.uol.com.br. Consultado em 1 de março de 2024 

Ligações externas

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