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Camaçari

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Camaçari (desambiguação).

Camaçari
  Município do Brasil  
Camaçari
Camaçari
Camaçari
Símbolos
Bandeira de Camaçari
Bandeira
Brasão de armas de Camaçari
Brasão de armas
Hino
Lema Pax et labor
"Paz e trabalho"
Gentílico camaçariense
Localização
Localização de Camaçari na Bahia
Localização de Camaçari na Bahia
Localização de Camaçari na Bahia
Camaçari está localizado em: Brasil
Camaçari
Localização de Camaçari no Brasil
Mapa
Mapa de Camaçari
Coordenadas 12° 41′ 52″ S, 38° 19′ 26″ O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Região metropolitana Salvador
Municípios limítrofes Lauro de Freitas, Simões Filho, Dias d'Ávila, Mata de São João
Distância até a capital 41 km[1]
História
Fundação 28 de setembro de 1758 (266 anos)
Administração
Prefeito(a) Antônio Elinaldo (UNIÃO[2], 2021–2024)
Características geográficas
Área total IBGE/2022[3] 785,421 km²
 • Área urbana  IBGE/2019[4] 102,43 km²
População total (2024) 319 394 hab.
 • Posição BA: 4° · NE: 19° · BR: 92º[5]
Densidade 406,7 hab./km²
Clima Tropical (As)
Altitude 36 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 42800-000 até 42810-590
Indicadores
IDH (PNUD/2010[6]) 0,694 médio
Gini (PNUD/2010[7]) 0,53
PIB (IBGE/2021[8]) R$ 33 971 705,19 mil
 • Posição BR: 38º, BA: 2°, NE: 8°
PIB per capita (IBGE/2021[8]) R$ 109 866,84
Sítio www.camacari.ba.gov.br (Prefeitura)
www.cmcamacari.ba.gov.br (Câmara)

Camaçari é um município do estado da Bahia, no Brasil. Situa-se a 50 quilômetros da capital estadual, Salvador. O município é conhecido como "Cidade Industrial", por abrigar o Polo Industrial de Camaçari.[9] O seu gentílico é "camaçariense". Camaçari é a quarta cidade mais populosa do estado e a segunda mais populosa cidade da Região Metropolitana de Salvador.

Possui o segundo maior produto interno bruto municipal do estado (depois de Salvador, sendo também o 8º maior da Região Nordeste e o 38º maior do país), estimado em 25,6 bilhões de reais (dados do IBGE), em 2020.[10] Faz parte dos 71 municípios brasileiros integrados no Mercosul.

Foi sede da Ford Motor Company Brasil (inaugurada em 12 de outubro de 2001, fechando as portas em 12 de maio de 2021 (20 anos após a inauguração), sendo a primeira fábrica de automóveis a se instalar na Região Nordeste do Brasil)[11] e do Polo Petroquímico, o maior polo industrial do estado, abrigando diversas indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, começou a abrigar outros ramos da indústria, como: automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil, fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico planejado do país e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de 90 empresas instaladas.[12]

"Camaçari" deriva do tupi antigo kamasary, que designava a árvore atualmente conhecida como "cachaporra-do-gentio".[13]

Em meados do século X, a região do Recôncavo Baiano foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores da região, falantes de línguas macro-jês, para o interior do continente. Quando os primeiros exploradores europeus chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada pela tribo tupi dos tupinambás.[14]

A história da ocupação portuguesa do território de Camaçari começa em 1558, quando foi criada a Aldeia do Divino Espírito Santo pelos padres jesuítas, reunindo indígenas de várias aldeias tupinambás ao redor de uma capela de taipa sob o comando do padre João Gonçalves e do irmão Antônio Rodrigues às margens do Rio Joanes.

Em 1562, na Igreja de "Santos Spiritus", ajuntaram sete aldeias, com mil almas cristãs. Há indícios que esses indígenas tenham participado da "guerra do Paraguaçu", apesar de serem tupinambás, assim como os indígenas do Vale do Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de São Francisco de Iguape, pertencente a Cachoeira). Mais tarde, já entre 16241640, os indígenas da aldeia do Espírito Santo participaram da luta contra a invasão holandesa, juntamente com o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São João), o que fez crescer o índice de mortalidade por sucessivas epidemias e fome, antes mesmo da expulsão dos jesuítas no governo do Marquês de Pombal em 1755.

Após a expulsão dos jesuítas, a aldeia passou à categoria de Vila por provisão do Conselho Ultramarino, Alvará Régio de 27 de setembro de 1758, denominando-se Vila Nova do Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes - com a inauguração da Casa da Câmara e Cadeia Municipal (Senado da Câmara e Pelourinho).

A vila foi extinta em 1846 pela Resolução provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada ao município de Mata de São João. Em 1848, foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 3 de junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.

Séculos XVIII e XIX

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Entre os séculos XVIII e XIX, tem-se a administração da Marquesa de Niza através de Tomas da Silva Paranhos, que lhe enviou juros e rendas (enfiteuses e laudêmios) até, finalmente, adquirir a propriedade. Este latifundiário deixou 9 herdeiros: entre eles, Maria Joaquina da Silva Paranhos, casada com José Garcez Montenegro, de quem descende o desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro.

No final do século XIX, houve a expansão da malha ferroviária baiana: suas principais diretrizes eram a integração com o recôncavo e a região do São Francisco. Camaçari está estrategicamente situada entre as duas bifurcações (uma em Simões Filho em direção ao recôncavo, e outra em Alagoinhas, onde a estrada toma outras duas direções – Médio São Francisco e Litoral Norte).

Abrantes, cuja importância se devia à ocupação pelos jesuítas e à limitada exploração agrícola nas terras da Marquesa de Niza, perdeu importância econômica em relação ao desenvolvimento que o interior passou a oferecer: a sede do município passou, então, a ser em Parafuso (sendo, posteriormente, construída a estação de trem). Por força política, no entanto, houve o retorno da sede para Abrantes em 1892.

Primeira administração municipal

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A primeira composição administrativa (municipal) de Vila de Abrantes (sede) abrangia os distritos de Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A Lei municipal de 22 de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de Abrantes, criação essa, confirmada pela Lei estadual nº 1.422, de 4 de agosto desse mesmo ano.

A Lei estadual nº 1.809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o topônimo para Montenegro (em homenagem ao desembargador Tomas Garcez Paranhos Montenegro) e transferiu-lhe a sede para o arraial de Camaçari, elevado à categoria de vila. Mas, em 1938, em razão do decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, em que todos os municípios passaram a ter o nome de suas respectivas sedes, o município passou a denominar-se Camaçari, constituindo-se dos distritos de Camaçari, Abrantes e Monte Gordo. Incluindo as localidades Parafuso e Dias d'Ávila, esta última foi elevada à categoria de vila e distrito em 1953 (Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953).

Lauro de Freitas, em 1880, passou integrar o distrito de Montenegro, atual Camaçari. Em 1932, retornou a Salvador.

Período recente

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Unidade de Hidrogênio da Peroxy Bahia, no Polo Industrial de Camaçari.

Em 1957, estimava-se uma população de 4 300 habitantes, o que caracterizou-se como a principal cidade de veraneio da região pela excelência de suas águas minerais.

A separação do distrito de Dias d'Ávila, transformado em município segundo a Lei Estadual nº 4.404, ocorreu em 25 de dezembro de 1985, reduzindo a área de Camaçari para 773 quilômetros quadrados e retornando à formação anterior com três distritos: Camaçari (distrito sede), Abrantes e Monte Gordo.

Passou a existir, na região, um padrão de ocupação a partir da agricultura de sobrevivência, roças, arruados, chácaras e sítios. Existe, também, no município, hoje, aglomeração de populações de remanescentes de quilombo.

O município possui sobrevivências africanas na capoeira de Angola, candomblés e artesanatos, onde percebem-se as influências indígenas numa fusão com as africanas. Estão presentes, no município, as etnias banta e iorubá na sede e na orla.

As mais intensas transformações das paisagens e populações do município se dão a partir da década de 1970, quando se inicia o processo de implantação do Polo Petroquímico, e, mais tarde, com a implantação do polo de Apoio (2000) e Ford (2001), além da construção da estrada litorânea que liga o estado da Bahia a Sergipe.

Camaçari e os outros municípios da região metropolitana
Mapa de localização dos distritos de Camaçari à direita, em destaque Monte Gordo em azul

Localiza-se a 12 graus, 41 minutos e 51 segundos de latitude sul e a 38 graus, 19 minutos e 27 segundos de latitude oeste, estando a uma altitude de 36 metros.[15] Com área territorial de 785,421[16] quilômetros quadrados, distância cerca de 41 quilômetros da capital Salvador, sendo parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS) limitando-se ao norte com Mata de São João, ao sul com Lauro de Freitas, ao sudoeste com Simões Filho, a oeste com Dias d'Ávila e leste com o Oceano Atlântico. Camaçari possui três distritos: Vila de Abrantes, Monte Gordo e Sede (Camaçari). A localidade de Parafuso, por sua vez, integra o distrito Sede, enquanto Cordoaria, área remanescente de quilombo, pertence ao distrito de Vila de Abrantes.

A costa de Camaçari é formada por um conjunto de praias no Oceano Atlântico: Busca-Vida, Abrantes, Jauá, Arembepe, Guarajuba, Barra do Jacuípe e Itacimirim. [17]

As vegetações encontradas no município são dunas, manguezais, restingas, mata ciliar e atlântica. Existem três áreas de proteção ambiental (APA): Joanes/Ipitanga, Rio Capivara e Lagoas de Guarajuba.[15] Além das unidades de conservação: Cinturão Verde de Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes e Parque Garcia D'Ávila.[1]

O clima de Camaçari é tropical úmido,[15] com uma temperatura média compensada de 25°C. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período entre 1978 e 2006, a menor temperatura registrada em Camaçari foi de 14,4 °C em 20 de agosto de 1996,[18] e a maior atingiu 37,1 °C em 22 de janeiro de 1995.[19] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 186,9 milímetros (mm) em 1 de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados superiores a 150 mm foram 172,4 mm em 12 de janeiro de 1988 e 152,3 mm em 10 de junho de 1997.[20]

Dados climatológicos para Camaçari
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 37,1 36,6 36,5 35,1 33,8 32,3 31 31,6 32,9 34,5 34,8 35,6 37,1
Temperatura máxima média (°C) 31,7 31,6 31,4 30,2 29 27,5 27,1 27,1 28,3 29,7 30,5 31,4 29,6
Temperatura média compensada (°C) 26,4 26,5 26,4 25,6 24,5 23,3 22,6 22,6 23,6 24,8 25,6 26,2 24,8
Temperatura mínima média (°C) 22,1 22,2 22,4 21,9 21,2 20 19,1 18,9 19,6 20,6 21,6 22,1 21
Temperatura mínima recorde (°C) 16,4 17,3 18,7 17,7 16,2 16 14,6 14,4 15,2 15,5 16,7 19 14,4
Precipitação (mm) 87 101,7 143,7 226,9 244,4 232,8 184,9 139,7 103 85,8 111,8 74,9 1 736,6
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 9 9 12 16 17 19 19 18 11 7 9 6 152
Umidade relativa compensada (%) 76,7 77,4 79,8 82,9 85,3 86,3 84,9 83,6 81,7 78,5 78,7 77,5 81,1
Insolação (h) 216,5 188,1 204,7 176,9 173,3 139,2 173,2 174,2 184,4 209,2 185,6 197,8 2 223,1
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[21] recordes de temperatura: 01/01/1978 a 31/01/2006)[18][19]
Crescimento populacional
Censo Pop.
1991113,639
2000161,72742,3%
2010242,97050,2%
2022300,37223,6%

Com população estimada para 2021 de 309 208 habitantes, segundo o IBGE, a cidade é a quarta mais populosa do estado (depois de Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista).[22]

Setor secundário

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Fábrica da Alstom Brasil.
Boulevard Shopping Camaçari
Boulevard Shopping Camaçari com o Atacadão ao fundo

A economia do município é quase totalmente baseada no polo industrial de Camaçari, inaugurado em 1978 no município e em atividade até os dias atuais, figurando como um dos mais importantes da América Latina. Foi o primeiro complexo petroquímico planejado do país. Tem mais de 60 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade como automotiva, destacando-se a fábrica que era da Ford e atualmente pertence a BYD Auto, de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços, entre outras.

Possui faturamento anual de 16 bilhões de dólares estadunidenses e contribuição anual de 1 bilhão de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o estado da Bahia. Responde por mais de 90 por cento da arrecadação tributária de Camaçari. Emprega 13 mil pessoas diretamente e 20 mil pessoas através de empresas contratadas (80 por cento da mão de obra local). Além disso, gera 45 mil empregos, sendo 15 mil diretos e 30 mil indiretos. Representa mais de 30 por cento do total exportado pelo estado da Bahia. Sua participação no Produto Interno Bruto baiano é de 20 por cento.

A fábrica da Ford Motor Company na cidade montava os veículos Ford EcoSport, Ford Fiesta e o Ford Fiesta Sedan.[23] Essa foi a primeira indústria automotiva a se instalar no nordeste do país e emprega cerca de 800 engenheiros.[24] A JAC Motors também teria uma fábrica em Camaçari, o que geraria cerca de 3.500 empregos diretos e 10.000 empregos indiretos, com uma produção anual de 100 mil veículos,[25] o que acabou não se concretizando.

Em dezembro de 2001, a Companhia Monsanto no Polo Petroquímico de Camaçari a primeira planta da empresa projetada para produzir matérias-primas para o herbicida Roundup na América do Sul. O investimento é equivalente a 500 milhões de dólares. A fábrica de Camaçari, a maior unidade da Monsanto fora dos Estados Unidos, é também a única planta da empresa voltada para a fabricação de matérias-primas para a linha de produção Roundup.[26]

Setor terciário

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Praia de Guarajuba - Camaçari, Bahia, Brasil
Praia de Guarajuba - Camaçari

Em Camaçari, são mais de 42 km de praias paradisíacas, o que contribui de forma acentuada para o turismo na cidade. Em Camaçari, existe a mais tradicional aldeia hippie do Brasil; o projeto Tamar de preservação das tartarugas-marinhas; e — na direção do interior — o Parque da Dunas de Abrantes e o Mirante do Cruzeiro. Também em Vila de Abrantes está a igreja mais antiga do município; construída pelos jesuítas há mais de 400 anos e, — entre muitas outras riquezas – as nascentes protegidas das quatro principais bacias hidrográficas responsáveis pelo abastecimento de água de toda a Região Metropolitana de Salvador.

Além de sua riqueza industrial, o litoral de Camaçari possui praias, como Guarajuba, Arembepe e Jauá, todas muitos frequentadas. Além delas, há também a Praia de Barra do Jacuípe, de Genipabu, de Interlagos, Praia de Itacimirim, Praia do Japonês e de Busca Vida.

Infraestrutura

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Comunicação

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No ramo da comunicação, o município era sede da extinta TV Camaçari, que entrou no ar em 1993, sendo afiliada à TV Cultura[27] até 20 de fevereiro de 2009, quando ocorreu o seu fechamento por causa de diversas irregularidades. Em 2008, a TV Aratu Camaçari, afiliada ao Sistema Brasileiro de Televisão, foi inaugurada no município, deixando suas atividades no município a partir do ano de 2011. O município também possuí emissoras de rádio com finalidade Comercial como a Mix FM Salvador e Sucesso FM, e com finalidade Educativa como a Líder FM, além da Faixa Comunitária em 87.9 MHz.

Na educação, o município é sede de um campus da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), do Centro Territorial de Educação Profissional da Região Metropolitana ( CETEP-RM), do Instituto Federal da Bahia (IFBA), da Faculdade Metropolitana de Camaçari (FAMEC) e visa construir um campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Católica do Salvador (UCSal).[28][29] O município também sedia o programa social Cidade do Saber, inaugurado em 22 de março de 2007 e reconhecido como o mais importante centro de conhecimento e inclusão social do estado da Bahia.[30]

Cartazes na frente no Teatro Cidade do Saber, à noite, em abril de 2014

Na área da cultura, destaca-se a Cidade do Saber, pois promove diversos eventos movimentando o calendário com exposições, concertos, espetáculos de dança e teatro, competições esportivas. A instituição, inaugurada em março de 2007, mantém duas orquestras, a @Orquestra Caraipa formada por alunos, ex-alunos e mestres do Conservatório de Música Cidade do Saber e a recém criada OJUCA-Orquestra Juvenil Sinfônica de Camaçari compostade por jovens alunos de música do Conservatório CidadedoSaber,[[uma companhia de balé somadas às atividades oferecidas de educação não formal a crianças e adultos, como música, teatro, dança (em parceria com a Ebateca), artesanato, artes plásticas, judô, caratê, natação, ginástica rítmica, hidroginástica, futebol, cursos de inglês e espanhol (em parceria com as Escolas Fisk), hidroginástica. São 10 mil alunos nessas atividades, e mais 40 mil pessoas que circulam anualmente no complexo. Mantido anualmente com R$ 15 milhões da Prefeitura, além de recursos da Braskem e Cofic, é administrado pelo Instituto Professor Raimundo Pinheiro funcionando com cerca de 300 colaboradores.[31]

A estrutura de 22 mil metros quadrados é composta por dois prédios com salas de aula distribuídas em três pavimentos, o Teatro Cidade do Saber (segundo maior teatro da Bahia e público de 19 mil espectadores em 2014), o Museu Interativo de Química, Física e Mecânica (em parceria com a Braskem), ginásio de esportes e piscina semiolímpica, além de uma unidade móvel para oficinas de leitura e contação de histórias que percorre áreas da zona rural. A importância se percebe também nos cinco prêmios de reconhecimento recebidos, dos quais três são internacionais.[31]

Em Camaçari, acontece a tradicional festa do Boi Janeiro de Parafuso, a mais antiga da cidade, sendo celebrada com apresentações de dança e de música, em ramificação ao bumba meu boi. Surgida na década de 1930, no distrito de Parafuso, a festa veio a ocorrer através de Dona Palmira, falecida moradora da região.

Existe, também, o Boi Mirim de Parafuso, surgida através do Boi Janeiro, como uma forma de não deixar a tradição acabar. Surgiu em 1997, por iniciativa de Dona Adélia, moradora da regiãoː reúnem-se crianças em sua casa e elas imitam os personagens do Boi Janeiro.

O Estádio Fernando Lopes Ferreira.

O esporte mais popular da cidade é o futebol. Os principais clubes são o Camaçari Futebol Clube e Sport Clube Camaçariense, que formam o derby Clássico do Polo. Atualmente, as duas equipes se encontram na Segunda Divisão do Campeonato Baiano.

O Estádio Fernando Lopes Ferreira é a principal praça esportiva da cidade.

Feriados municipais

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São feriados municipais na cidade, conforme a lei municipal n.º 283 de 22 de dezembro de 1993, que os fixa:

Referências

  1. a b «Camaçari: Uma área de preservação ambiental». EcoViagem. Consultado em 27 de abril de 2013 
  2. «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  3. «Cidades e Estados». IBGE. Consultado em 3 de julho de 2023 
  4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Meio Ambiente». Consultado em 8 de fevereiro de 2023 
  5. «Estimativas da população residente para os municípios e para as unidades da federação - IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 11 de setembro de 2024 
  6. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 7 de agosto de 2013 
  7. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2010). «Perfil do município de Camaçari - BA». Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Consultado em 4 de março de 2014 
  8. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2021». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 1º de janeiro de 2024 
  9. Sidelvan Nóbrega (26 de setembro de 2012). «Moção Nº 14.727/2012» (RTF). Assembleia Legislativa da Bahia. Consultado em 25 de abril de 2013 
  10. «Produto Interno Bruto dos Municípios (Pesquisas)». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 4 de julho de 2023 
  11. «Complexo Industrial Ford Nordeste/BA». Ford para todos. Consultado em 24 de abril de 2013 
  12. «O Polo Industrial de Camaçari». Cofic. 2009. Consultado em 2 de abril de 2011 
  13. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 551.
  14. BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª edição revista. São Paulo. Ática. 2003 . p. 19.
  15. a b c «Área territorial do Município». Prefeitura Municipal de Camaçari. Consultado em 27 de abril de 2013 
  16. «TERRITÓRIO». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 4 de julho de 2023 
  17. «Costa de Camaçari – 42 km de praias surpreendentes esperando por você.» (em inglês). Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  18. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (ºC) - Camaçari». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 22 de abril de 2018 
  19. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (ºC) - Camaçari». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 22 de abril de 2018 
  20. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Camaçari». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 22 de abril de 2018 
  21. «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 22 de abril de 2018 
  22. «Camaçari (BA) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 25 de janeiro de 2023 
  23. «Ford ampliará fábrica de Camaçari, na Bahia». Parana-online.com.br. 20 de novembro de 2009. Consultado em 19 de novembro de 2012 
  24. «Ford Motor Company in Salvador Metropolitan Area» 
  25. G1 (ed.). «JAC Motors anuncia instalação da fábrica de automóveis no pólo industrial de Camaçari». Consultado em 19 de novembro de 2012 
  26. Monsanto Camaçari completa 10 anos. Acessado em 19 de novembro de 2012.
  27. Observatório da Imprensa. «Dossiê das concessões de TV» (PDF). Consultado em 28 de fevereiro de 2013 
  28. «Presidente Dilma Roussef assina termo para criação novas universidades federais». Universidade Federal da Bahia. Consultado em 27 de abril de 2013 
  29. «UCSAL EM CAMAÇARI: Aulas começam no segundo semestre». Prefeitura Municipal de Camaçari. 27 de maio de 2014. Consultado em 28 de maio de 2014 
  30. «Quem Somos». Página oficial da Cidade do Saber. Consultado em 28 de maio de 2014 
  31. a b Ronaldo Jacobina (20 de dezembro de 2014). «Cidade do Saber: janela para o futuro». A Tarde. Consultado em 13 de Janeiro de 2015 

Ligações externas

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