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Buriti

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Buriti (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaBuriti
Mauritia flexuosa na Ilha de Marajó, no Pará, no Brasil
Mauritia flexuosa na Ilha de Marajó, no Pará, no Brasil
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Arecales
Família: Arecaceae
Género: Mauritia
Espécie: M. flexuosa
Nome binomial
Mauritia flexuosa
Mart.

O termo buriti é a designação comum das plantas dos gêneros Mauritia, Mauritiella, Trithrinax e Astrocaryum, da família das arecáceas (antigas palmáceas). No Rio Grande do Sul o buriti nomina especificamente Trithrinax brasiliensis, uma espécie de palmeira raríssima que só existe neste estado da federação[1]. No entanto, em outros lugares, o termo buriti costuma se referir a Mauritia flexuosa (Mauritia vinifera Mart.), uma palmeira muito alta, nativa de Trinidad e Tobago e das Regiões Central e Norte da América do Sul, especialmente de Venezuela e Brasil. Neste país, predomina nos estados do Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão, Tocantins e Piauí, mas também encontra-se nos estados do Ceará, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. É também conhecida como coqueiro-buriti, buritizeiro, miriti, muriti, muritim, muruti, palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu e carandaí-guaçu.[2]

"Buriti", "miriti", "muriti", "muritim" e "muruti" provêm do tupi moretĩ.[3] "Carandá" provém do tupi karaná.[4]

Seu fruto, além de rico em vitamina A, B e C, ainda fornece cálcio, ferro e proteínas. Consumido tradicionalmente ao natural, o fruto do buriti também pode ser transformado em doces, sucos, picolé, licor, vinho, sobremesas de paladar peculiar e ração de animais. O óleo extraído da fruta é rico em caroteno e tem valor medicinal para os povos tradicionais do Cerrado que o utilizam como vermífugo, cicatrizante e energético natural. Também é utilizado para amaciar e envernizar couro, colorir e aromatizar diversos produtos de beleza, como cremes, xampus, filtro solar e sabonetes.[carece de fontes?]

O buriti também é um bioindicador de dois tipos de fitofisionomias que se chamam veredas e buritizal.[carece de fontes?]

O buriti fornece, ainda, palmito saboroso, fécula, seiva e madeira. As folhas jovens produzem uma fibra muito fina, a "seda" do buriti, usada pelos artesãos na fabricação de peças de capim-dourado. Na região dos Lençóis Maranhenses nos municípios de Barreirinhas e Paulino Neves o artesanato feito por mulheres em vários povoados. A folha jovem, conhecida como "olho do buriti" ou "linho do buriti", possui uma fibra, que é transformada no artesanato de bolsas, tapetes, toalhas de mesa, brinquedos, bijuterias, redes, cobertura de teto, cordas etc. O talo das folhas se presta ainda à fabricação de móveis, que se destacam pela leveza e durabilidade. O caule e as flores são utilizadas na fabricação do vinho de buriti.[2]. A madeira é utilizada na construção do instrumento musical viola de buriti. Além disso, a seiva da palmeira de buriti é açucarada sendo possível extrair sacarose cristalizada.[5]

Importância ecológica

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O buriti é de grande importância na manutenção de olhos d'água. Em locais em que olhos d'água estão secando, recomenda-se o plantio de buritis, além do de ingazeiros e sangra-d'água, entre outras árvores, para recuperá-los.[carece de fontes?]

Referências

  1. https://www.scielo.br/pdf/rod/v65n1/v65n1a09.pdf
  2. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p.294.
  3. Navarro, Eduardo de Almeida (2013). Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global. p. 312. ISBN 9788526019331 
  4. Navarro, Eduardo de Almeida (2013). Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global. p. 221. ISBN 9788526019331 
  5. Oleaginosas da Amazônia. PESCE, Celestino
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