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Bernardo Sassetti

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bernardo Sassetti
Informação geral
Nome completo Bernardo da Costa Sassetti Paes
Nascimento 24 de junho de 1970
Origem Lisboa
País Portugal
Morte 10 de maio de 2012 (41 anos)
Género(s) Jazz
Ocupação(ões) Compositor/Pianista
Instrumento(s) Piano

Bernardo da Costa Sassetti Paes, conhecido apenas por Bernardo Sassetti ComIH (Lisboa, 24 de Junho de 1970Cascais, 10 de Maio de 2012),[1] foi um compositor e pianista português.

Bernardo Sassetti iniciou os seus estudos de piano DINDONG clássico aos nove anos com a professora Maria Fernanda Costa e, mais tarde, com o professor António Menéres Barbosa, tendo frequentado também a Academia dos Amadores de Música. Dedicou-se ao jazz, estudando com Zé Eduardo, Horace Parlan e Sir Roland Hanna. Em 1987 começa a sua carreira profissional, em concertos e clubes locais, com o quarteto de Carlos Martins e o Moreiras Jazztet; participa em inúmeros festivais com músicos tais como Al Grey, John Stubblefield, Frank Lacy e Andy Sheppard. Desde então, nos primeiros quinze anos de carreira, apresenta-se por todo o mundo ao lado de Art Farmer, Kenny Wheeler, Freddie Hubbard, Paquito D'Rivera, Benny Golson, Curtis Fuller, Eddie Henderson, Charles McPherson, Steve Nelson, integrado na United Nations Orchestra e no quinteto de Guy Barker com o qual gravou o CD "Into the blue" (Verve), nomeado para os Mercury Awards 95 - Ten albuns of the year. Em Novembro de 1997, também com Guy Barker, gravou "What Love is", acompanhado pela Orquestra Filarmónica de Londres e tendo como convidado especial o cantor Sting.

Como compositor destacam-se as suites "Ecos de África", "Sons do Brasil", "Mundos", "Fragments (Of Cinematic Illusion)", "Entropé" (para piano e orquestra) e "4 Movimentos Soltos" (para piano, vibrafone, marimba e orquestra). O seu primeiro trabalho discográfico como líder, Salsetti (Groove/Movieplay), foi gravado em Abril de 1994 com a participação de Paquito D'Rivera, o segundo, Mundos (Emarcy/Polygram), em Janeiro de 1996.

"Nocturno", lançado pela editora Clean Feed em 2002, foi distinguido com o 1.º Prémio Carlos Paredes. "Índigo" e "Livre" são outras das suas mais recentes gravações de piano solo para a mesma editora.

A 30 de Janeiro de 2006 foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[2]

Bernardo Sassetti foi casado com a actriz Beatriz Batarda, com a qual teve duas filhas, Maria e Leonor Batarda Fernandes Sassetti Pais, de 8 e 6 anos à data da sua morte.[3][4]

Faleceu no dia 10 de Maio de 2012, na sequência de uma queda de 20 metros duma falésia no Guincho. A Capitania do Porto de Cascais recebeu uma chamada às 15h15 de quinta-feira 10 de Maio para socorrer “um indivíduo caído numas pedras a norte da Praia do Abano”.[1]

Música para cinema

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Dedicava-se regularmente à música para cinema, tendo realizado vários trabalhos, de entre os quais se destaca a sua participação no filme do realizador Anthony Minguella - "The Talented Mr. Ripley" (Paramount/Miramax). Para este projecto gravou "My Funny Valentine" com o actor Matt Damon, entre outros temas. Compôs igualmente, em parceria com o trompetista Guy Barker, uma série de temas para serem apresentados na estreia deste filme realizada em Los Angeles, Nova Iorque, Chicago, Berlim, Paris Londres e Roma.

Os seus mais importantes trabalhos de composição para cinema são os seguintes: "Maria do Mar" de Leitão Barros, "Facas e Anjos" de Eduardo Guedes, "Quaresma" de José Álvaro Morais, "O Milagre Segundo Salomé" de Mário Barroso, "A Costa dos Murmúrios" de Margarida Cardoso, "Alice" de Marco Martins, o documentário "Noite em Branco" de Olivier Blanc e a curta-metragem "As Terças da Bailarina Gorda" de Jeanne Waltz. Como solista, participou também no filme "Pax" de Eduardo Guedes e na curta-metragem "Bloodcount" de Bernard McLoughlan.

Como concertista

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Como concertista, apresenta-se em piano solo, em trio com Carlos Barretto e Alexandre Frazão ou em duo com o pianista Mário Laginha, com quem gravou os CDs "Mário Laginha/Bernardo Sassetti" e "Grândolas" (uma homenagem a Zeca Afonso e aos 30 anos do 25 de Abril).

De entre muitos discos gravados (como solista, acompanhador e compositor) podem destacar-se os seguintes: Conrad Herwing e Trio de Bernardo Sassetti - "Ao vivo no Guimarães jazz"; Orquestra Cubana Sierra Maestra - "Dundumbanza" e "Tibiri tabara"; Carlos Barreto - "Impressões" e "Olhar"; Carlos Martins com Cindy Blackman - "Passagem"; Luis Represas - "Cumplicidades"; Carlos do Carmo "Ao vivo no Coliseu"; Guy Barker - "Into the blue", "Timeswing" e "What love is"; Perico Sambeat - "Perico"; Guillermo McGill - "Cielo" e "Oración"; Tetvocal - "Desafinados"; Djurumani - "Reencontro" e Andy Hamilton - "Jamaica by night", entre muitos outros.

Referências

  1. a b «Morreu o compositor e pianista Bernardo Sassetti». 11 de maio de 2012. Consultado em 11 de maio de 2011 
  2. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Bernardo Sassetti". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de abril de 2015 
  3. Hugo Torres, Romana Borja-Santos e Vítor Belanciano (11 de Maio de 2012). «Morreu Bernardo Sassetti, o músico que buscava o silêncio». Público. Consultado em 4 de Dezembro de 2018 
  4. «Biografia». Casa Bernardo Sassetti. Consultado em 4 de Dezembro de 2018 
  5. «Unreal: Sidewalk Cartoon». Clean Feed. Consultado em 12 de novembro de 2011 
  6. Diário Insular de 17/05/2012, pág. 12, nº 20470, ano LXVI.