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Aventura (gênero de histórias em quadrinhos) – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Aventura (gênero de histórias em quadrinhos)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados de Aventura, veja Aventura (desambiguação).

Aventura (Adventure Strip, literalmente tira de aventura) é um gênero de histórias em quadrinhos caracterizado pela existência de heróis e vilões, o gênero teria surgido com a publicação de tiras na década de 1920.

Geralmente associados a um estilo realista, eles pretendem entreter o leitor através da identificação com um herói geralmente positivo, com histórias em ritmo acelerado e com a apresentação de universos ficcionais atraentes, se eles representam fielmente o mundo ou os lugares presentes. imaginários espetaculares e exóticos.

Uma grande variedade de gêneros podem ser associados as histórias em quadrinhos de aventura: faroeste, detetive, ficção científica, fantasia, etc.[1]

Flash Gordon de Alex Raymond

Em 1921, inspirado pelo cinema, Ed Wheelan criou a tira Minute Movies.[2]

Em 1923, os japoneses Oda Nobutsune (roteiro) e Katsuichi Kabashima (desenhos) iniciam a tira Shōchan no bōken (正チヤンの冒険 lit. "As aventuras de Sho-chan"?) para o jornal Asahi Graph.[3] Em 1926, o belga Hergé lança Les Aventures de Totor, C.P. des hannetons[4] na revista Le Boy-scout belge.[5] Em 1927, é lançada a prancha dominical Connie, criada por Frank Godwin para o Ledger Syndicate e no ano seguinte, Jane Arden, criada por Monte Barrett e artist Frank Ellis para o Register and Tribune Syndicate, enquanto que Connie surgiu como uma debutante e a partir de 1934 começou como uma repórter e depois detetive, Jane Arden já começou como repórter, ambas são apontadas como as primeiras mulheres a protagonizarem histórias em quadrinhos de aventura[6] e antecedem outras repórteres como Lois Lane (das histórias do Superman) e Brenda Starr.[7]

Dick Tracy em anúncio no formato de tira
Terry e Pat Ryan de Terry e os Piratas

Em 1928, surge a tira de faroeste Young Buffallo Bill de Harry O’Neil,[8] em outubro do mesmo ano, a revista semanal inglesa Tit-Bits publica pela primeira vez as tiras de Tarzan por Hal Foster, criado em 1912 por Edgar Rice Burroughs para as revistas pulps, o herói já vinha sendo adaptado para os cinemas, as tiras do personagem só viriam a ser publicadas nos Estados Unidos em 7 de janeiro de 1929, curiosamente, no mesmo dia estreava a tira diária Buck Rogers por Dick Calkins, também baseado em uma história oriunda dos pulps,[9] o romance de ficção científica Armageddon 2419 A.D. de Philip Francis Nowlan, publicado a partir de 1928 na revista Amazing Stories. Em 10 de janeiro de 1929, Hergé lança As Aventuras de Tintim[10] no suplemento juvenil Le Petit Vingtième, do jornal belga Le Vingtième Siècle.[11] Naquele mesmo ano, duas séries de humor estreiam com novos personagens que mudam a direção das mesmas para a aventura: Na série Tubinho (Wash Tubbs), criada em 1924 por Roy Crane, surge Capitão César (Captain Easy) entre os protagonistas,[12] em Thimble Theatre de E. C. Segar, surge Popeye,[13] que se torna o protagonista da tira, que inclusive muda de nome,[14] quatro anos depois, Easy ganha sua própria prancha dominical "Captain Easy, Soldier of Fortune".[15] Em 1931 surge o detetive Dick Tracy de Chester Gould,[2] em 1933, surge um novo herói de ficção científica Brick Bradford, de William Ritt (roteiro) e Clarence Gray (desenho),[16] inicialmente criado como um aviador,[17] o primeiro herói de aventura criado exclusivamente para uma revista em quadrinhos, Dan Dunn, nitidamente inspirado em Dick Tracy, Dunn foi criado por Norman Marsh e publicado pela primeira vez na revista "Detective Dan, Secret Operative No. 48", que teve apenas uma edição,[18] o personagem acabou migrando para as tiras de jornal, distribuídas pela Publishers Syndicate,[19] surge também a tira de faroeste Little Joe de Ed Leffingwell,[20] no ano seguinte surgem o Mandrake, o Mágico de Lee Falk (roteiro) e Phil Davis (desenho), Terry e os Piratas de Milton Caniff, Alex Raymond cria as séries Flash Gordon, Jim das Selvas e Agente Secreto X-9 (roteirizada pelo escritor de romances policias, Dashiell Hammett) para a King Features Syndicate, criadas para concorrer com Buck Rogers (ficção científica), Tarzan (aventuras nas selvas) e Dick Tracy (histórias policias).[21] Inicialmente, a King Features Syndicate planejava adaptar outro personagem de Edgar Rice Burroughs, John Carter de Marte da série literária Barsoom, no entanto, o syndicate não conseguiu chegar a um acordo com Burroughs, com isso, a King Features escalou Alex Raymond parar criar uma nova série de ficção científica espacial,[22][23] além de Barsoom, para criar Flash Gordon, Raymond também se inspirou em outro romance de ficção científica When Worlds Collide de Philip Wylie e Edwin Balmer de 1933, onde há um planeta órfão que entra em rota de colisão com o Planeta Terra, e um herói atlético, sua namorada, e um cientista viajar para um novo planeta usando um foguete espacial.[24][25] John Carter só foi ganhar histórias em quadrinhos em 1939, nas páginas da revista The Funnies da Dell Comics, entre 1941 e 1943, o filho de Edgar Rice Burroughs, John Coleman Burroughs produziu as pranchs dominicais do herói,[26]When Worlds Collide gerou a tira Speed Spaulding (1940-1941).[27]


Em 1935, Jesús Blasco lança na Espanha, Cuto.[28] Em 1936, Lee Falk cria uma série de aventuras nas selvas, O Fantasma, ilustrada por Ray Moore, em 1937, Hal Foster lança sua própria série dominical, Príncipe Valente, ambientada nos tempos do lendário Rei Arthur,[29] tal como Tarzan, os quadrinhos de Sheena de Will Eisner estrearam primeiro na revista britânica Wags #46 (1937) e no ano seguinte, passa a ser publicada nos Estados Unidos pela editora Fiction House.[30] Em 1938, é lançada a revista belga Jornal Spirou, publicando series americanas como Brick Bradford e Red Ryder e uma serie própria Spirou, criada por Rob-Vel, mais tarde renomeada como "Spirou e Fantásio", graças a adição do personagem criado por Jijé em 1943.[31]

Notas


  1. Quella-Guyot, Didier. (1990). La bande dessinée. Malakoff: Desclée de Brouwer. OCLC 29361445 
  2. a b Rentroia Iannone, Leila; Iannone, Roberto Antônio (1994). «As denominações». O mundo das histórias em quadrinhos. [S.l.]: Editora Moderna. pp. 22–23. ISBN 8516010082 
  3. Shunsuke Tsurumi (2010). A Cultural History of Postwar Japan: 1945-1980. [S.l.]: Routledge. 9781136917660 
  4. Tintim - 85 anos
  5. As aventuras de Tintim: Herói não tem poderes sobre-humanos, apenas coragem e da astúcia
  6. Philippa Gates (2011). Detecting Women: Gender and the Hollywood Detective Film. [S.l.]: SUNY Press. 108 páginas. 9781438434056 
  7. Steve Duin e Mike Richardson (1998). Comics: Between the Panels. [S.l.]: Dark Horse Comics. 9781569713440 
  8. Marcus Ramone (18 de setembro de 2015). «Os implacáveis quadrinhos de faroeste». Universo HQ 
  9. Alberto Becattini, Edgar Rice Burroughs in the Funnies!, vol. 3, nº 129, TwoMorrows Publishing, novembro de 2014.
  10. Rentroia Iannone, Leila; Iannone, Roberto Antônio (1994). «As primeirias histórias e personagens». O mundo das histórias em quadrinhos. [S.l.]: Editora Moderna. p. 41. ISBN 8516010082 
  11. Sérgio Codespoti (12 de janeiro de 2009). «Tintim completa 80 anos de aventuras». Universo HQ 
  12. Waldomiro Vergueiro (21 de Fevereiro de 2002). «As histórias em quadrinhos e seus gêneros - Parte 6». Omelete 
  13. Se os personagens de desenho animado envelhecessem como acontece na vida real, Popeye não teria tantos músculos nem a mesma força de antigamente –mesmo tomando muitas latas de espinafre. Nesta sexta-feira (17), ele completa 85 anos de idade Folha de S. Paulo
  14. [https://omelete.uol.com.br/quadrinhos/artigo/elzie-crisler-segar-e-popeye/ Elzie Crisler Segar e Popeye
  15. Waldomiro Vergueiro (29 de março de 2002). «Roy Crane e Wash Tubbs». Omelete 
  16. Alexandre Lobão (2012). «Tecnologia e Futurologia nas Histórias em Quadrinhos». Editora Escala. Conhecimento Prático Literatura (45) }
  17. Ron Goulart (1995). The Funnies: 100 Years of American Comic Strips. [S.l.]: Adams Pub. pp. 110, 217. 9781558505391 
  18. Jones, Gerard. Homens do Amanhã - geeks, gângsteres e o nascimento dos gibis. [S.l.]: Conrad Editora, 2006. 110 p. ISBN 85-7616-160-5
  19. Robert C. Harvey (199). The Art of the Funnies: An Aesthetic History. [S.l.]: Univ. Press of Mississippi. 127 páginas. 9780878056125 
  20. M. Keith Booker (2014). Comics through Time: A History of Icons, Idols, and Ideas [4 volumes]: A History of Icons, Idols, and Ideas. [S.l.]: ABC-CLIO. 412 páginas. 9780313397516 
  21. Maria Beatriz Furtado Rahde (2000). Imagem: estética moderna & pós-moderna - Volume 7 de Coleção Comunicação. [S.l.]: EDIPUCRS. 54 páginas. 9788574301426 
  22. Peter Poplaski, "Introduction" to Flash Gordon Volume One: Mongo, the Planet of Doom by Alex Raymond,edited by Al Williamson.Princeton, Wisconsin. Kitchen Sink Press, 1990. ISBN 0878161147 (6 p.)
  23. Doug Murray, "Birth of a Legend", in Alex Raymond and Don Moore, Flash Gordon : On the Planet Mongo: Sundays 1934-37. London : Titan Books, 2012.ISBN 9780857681546 (10-15 p.).
  24. Carlos Orsi Martinho (15 de dezembro de 2014). «Ensaio sobre os temíveis 'planetas gigantes' que nunca colidem com a Terra». Revista Galileu 
  25. "Raymond levou a premissa básica de Philip Wylie do When Worlds Collide, que estava sendo reproduzida na revista Blue Book naquela época, e é usado como ponto de partida para a aventura". Al Williamson e Peter Poplaski, "Introdução" para Alex Raymond, Flash Gordon:Mongo, the Planet of Doom. Princeton, Wis. : Kitchen Sink Press. 1990. ISBN 0878161147 (p. 5).
  26. Kevin Hile (1993). Authors & Artists for Young Adults. [S.l.]: Gale. 47 páginas. 9780810380257 
  27. Ron Goulart, "The 30s -- Boomtime for SF Heroes". Starlog, janeiro de 1981 (31–35 p.).
  28. David A. Roach, Jon B. Cooke (2001). The Warren Companion: The Definitive Compendium to the Great Comics of Warren Publishing. [S.l.]: TwoMorrows Publishing. 264 páginas. 9781893905085 
  29. «O Início das HQs». Editora Eclipse. Eclipse Quadrinhos - Especial Kaboom (1). 2005 
  30. Randy Duncan, Matthew J. Smith (2013). Icons of the American Comic Book: From Captain America to Wonder Woman, Volume 1. [S.l.]: ABC-CLIO. 667 páginas. 9780313399237 
  31. The Comics Journal, Edição 114;Edições 123-125, Comics Journal, Incorporated, 1987. 31 p.
Bibliografia
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