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Arthur Penn – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Arthur Penn

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Arthur Penn
Nascimento 27 de setembro de 1922
Filadélfia, Pensilvânia
Estados Unidos
Morte 28 de setembro de 2010 (88 anos)
Nova York
Ocupação Diretor de cinema, produtor
Festival de Berlim
Urso de Ouro Honorário
2007

Arthur Hiller Penn (Filadélfia, 27 de setembro de 192228 de setembro de 2010[1]) foi um diretor e produtor de cinema e televisão norte-americano, famoso por seus filmes nos anos 1960 e 1970 e por seu papel na contracultura da época, principalmente por seu mais conhecido e aclamado trabalho, o filme Bonnie and Clyde, de 1967, que instituiu uma nova linguagem cinematográfica para o cinema de Hollywood.

Penn começou a carreira na televisão, onde se estabeleceu como diretor de dramas de qualidade, até estrear na direção cinematográfica em 1958 com The Left Handed Gun, a história do pistoleiro Billy the Kid, com Paul Newman, mostrando o lado psicológico personagem do jovem fora-da-lei como ainda não havia sido mostrado no cinema.

Seu próximo filme quatro anos mais tarde lhe trouxe o reconhecimento de Hollywood, com a transposição para as telas da história da luta de Anne Sullivan para ensinar a cega e surda Helen Keller a se comunicar com o mundo exterior em O Milagre de Anne Sullivan, que deu a Anne Bancroft o Oscar de melhor atriz e a Patty Duke o de melhor atriz coadjuvante, num brilhante trabalho de direção de atores de Penn.

Em 1965 Penn faria sua primeira parceria com Warren Beatty em Mickey One, filme dirigido sob a influência da Nouvelle Vague francesa que Penn admirava, com a história de um humorista de shows de boites perseguido pela máfia. Filme esteticamente ambicioso, sinistro e de montagem inovadora, dividiu público e crítica e sua atmosfera de paranóia inspiraria diversos filmes dos anos 70 entre eles The Parallax View, com o próprio Beatty.

Seu próximo filme, The Chase, apesar de não ter grande sucesso de bilheteria foi recheado de astros como Marlon Brando e Jane Fonda e lançou Robert Redford no cinema. Seguindo a estética e o interesse de Penn pelos tempos conturbados em que vivam os EUA, o filme faz um estudo profundo e cínico sobre a corrupção, o racismo e a violência endêmica do país, retratado numa pequena cidade sulista, com a volta à casa de um condenado fugitivo. Sua cena mais notável, o espancamento quase até a morte do xerife interpretado por um Marlon Brando sangrando por todos os lados, seria uma prévia do realismo que seria instituído no filme seguinte.

Em 1967, novamente reunido a Warren Beatty, Penn faria sua obra-prima, Bonnie and Clyde, a obra que o consagrou e confirmou Penn como um artista antenado com a desesperança e o desencantamento com o mundo da jovem geração dos anos 60. Apesar de ambientado na época da Grande Depressão, o filme tinha o verdadeiro espírito da contracultura e se tornou um fenômeno mundial. Devido a ele e a sua influência nos jovens cineastas americanos, na década seguinte o cinema produziu diversos thrillers na linha do "amor criminoso em fuga", o mais notável sendo Badlands, que em 1973 lançou ao estrelato Martin Sheen e Sissy Spacek.

Depois de Little Big Man, grande sucesso com Dustin Hoffman em 1970, em 1976 ele dirigiu Marlon Brando e Jack Nicholson num western notado pelo cinismo e humor de seus personagens, The Missouri Breaks, mostrando a relação entre um notório ladrão de cavalos e um excêntrico caçador de recompensas irlandês que o persegue no oeste americano.

Nos anos 80, com os tempos de contestação pela Guerra do Vietnam e pela mudança de costumes ficando para trás na sociedade americana, Penn perdeu seu 'momentum' como criador cinematográfico e seus filmes nesta década já não tiveram o mesmo brilho inovador de antes. Na década de 1990 ele voltou novamente sua atenção para o veículo em que começou a carreira, a televisão, e desde então vem atuando como produtor de diversas séries e programas de TV, atualmente sendo responsável pela produção executiva do seriado Law & Order, que já há algumas temporadas faz sucesso em todo o mundo.

Arthur Penn morreu na noite de terça-feira, dia 28 de setembro de 2010, em decorrência de problemas no coração e um dia após completar 88 anos de idade.[2]

Referências

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