União dos Palmares
União dos Palmares é um município brasileiro localizado no estado de Alagoas. Pertencente à Região Imediata de União dos Palmares e à Região Intermediária de Maceió, localiza-se a norte da capital do estado, distando desta cerca de 73 quilômetros e faz limite com as cidades de Santana do Mundaú, São José da Laje, Ibateguara, Branquinha e Joaquim Gomes. Sua população foi estimada em 2019 pelo IBGE em 65 611 habitantes,[5] sendo assim uma das dez cidades mais populosas do estado de Alagoas e o primeiro de sua microrregião. Sua área é de aproximadamente 427 km², sendo que 26,251 km² estão em perímetro urbano.[6] Cidade pólo da região da zona da mata alagoana, União dos Palmares é banhada pelo Rio Mundaú. União dos Palmares é considerada uma das principais cidades de Alagoas e é conhecida por ser "A Terra da Liberdade", pois foi nela, mais precisamente na Serra da Barriga, onde foi dado o primeiro grito de liberdade por Zumbi dos Palmares. Cidade rica em história e cultura, foi nela que nasceu o poeta Jorge de Lima, o príncipe dos poetas alagoanos.
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Libertas super omnia "Liberdade acima de tudo" | ||
Gentílico | palmarino | ||
Localização | |||
Localização de União dos Palmares em Alagoas | |||
Localização de União dos Palmares no Brasil | |||
Mapa de União dos Palmares | |||
Coordenadas | 9° 09′ 30″ S, 36° 01′ 55″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Alagoas | ||
Região metropolitana | Zona da Mata | ||
Municípios limítrofes | Branquinha, Capela, Chã Preta, Ibateguara, Joaquim Gomes, Murici, Santana do Mundaú e São José da Laje. | ||
Distância até a capital | 73 km | ||
História | |||
Fundação | 13 de outubro de 1831 (193 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Areski Damara de Omena Freitas Junior (MDB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 427,825 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2020[2]) | 65 790 hab. | ||
• Posição | AL: 5° | ||
Densidade | 153,8 hab./km² | ||
Clima | Tropical megatérmico e úmido | ||
Altitude | 155 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (IBGE/2010[3]) | 0,593 — baixo | ||
Gini | - | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 313 855,010 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 5 030,13 |
Economia
editarA economia do município tem as suas bases no binômio agricultura-pecuária, destacando-se, como um dos maiores produtores de cana-de-açúcar de Alagoas. Destaca-se, ainda, como um dos maiores produtores de banana do Estado, possuindo uma fábrica de doces, além de uma indústria de laticínios, de cerâmicas em barro (olaria), piscicultura, suinocultura, avicultura (esta com as instalações mais modernas do país),[7] seguido da pecuária que contribui de maneira relevante para a economia do município. A feira-livre realizada quatro vezes por semana, sendo a de sábado a principal, merece destaque por empregar grande parte da população, além do comércio de confecções, calçados, móveis, etc.
Eventos
editarOs principais eventos festivos são: a procissão do Mastro (terceiro domingo do mês de janeiro), a festa da padroeira Santa Maria Madalena (23 de janeiro à 02 de fevereiro), a festa do millho - FEMIL, coincidindo com as populares festas juninas (junho), a festa da Consciência Negra (20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares) e a Corrida Palmarina do Jumento Alagoano (último domingo de dezembro).
Infraestrutura
editarO município conta atualmente com seis hotéis, nove restaurantes, quatro agências bancárias, dois hospitais,[8] três postos de saúde urbanos, três escolas particulares, 65 escolas públicas municipais, cinco escolas públicas estaduais e ainda o campus da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), que oferece os cursos de Geografia e Letras Inglês e Português. Na comunicação, o município conta com uma agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e quatro emissoras de rádios (AG-FM, Quilombo FM e Zumbi FM). No transporte, o município é servido pelas rodovias federais BR-101 e BR-104 e estadual AL-205.
Turismo
editarA Serra da Barriga, tombada pelo Iphan e palco principal do famoso Quilombo dos Palmares, hoje declarada Patrimônio Cultural do Mercosul, está a cerca de 6 km da sede do atual município de União dos Palmares e conta o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, implantado em 2007, que consegue em cada detalhe retratar o maior quilombo das Américas, permitindo aos seus visitantes conhecer de perto como foi a luta pela liberdade do povo negro.
Por ser a terra natal de Jorge de Lima, o príncipe dos poetas alagoanos, dedica um museu à sua memória, o Memorial Jorge de Lima, localizado na casa onde ele morou, nas imediações da Praça Basiliano Sarmento.
Outro museu a ser visitado é a Casa de Maria Mariá, instalado na antiga residência da historiadora Maria Mariá de Castro Sarmento, onde é possível encontrar variedades de objetos que refletem a vida na zona da mata alagoana.
Vale salientar, também, a presença da comunidades quilombola de remanescentes Muquém, a 5 km do centro da cidade, onde se pode encontrar artesanato variado produzido pela comunidade quilombola que ali vive até hoje.
História
editarUnião dos Palmares é considerado um dos mais antigos municípios do estado de Alagoas. Os primeiros indícios de presença humana datam de finais do Século XVI, quando os negros fugitivos dos engenhos de açúcar dos atuais estados de Alagoas e Pernambuco chegaram à Serra da Barriga, onde instalaram a sede do Quilombo dos Palmares. O Quilombo dos Palmares foi a primeira tentativa de vida livre promovida pelos negros africanos nas Américas, surgindo por volta de 1597 e durando até 1695, ano em que foi morto Zumbi, seu principal líder. O Quilombo tinha uma extensão média de 200 km², englobando terras da zona da mata dos atuais estados de Pernambuco e Alagoas. Inicialmente, quando sede do Quilombo, a localidade chamava-se Macaco. Em meados dos século XVIII, como era comum na época, o português Domingos José de Pino chegou à região após ganhar uma sesmaria de terras, onde, como forma de introduzir a religião católica na localidade, construiu uma capela dedicada a Santa Maria Madalena, virando esta padroeira do pequeno povoado. Daí, o primeiro nome do lugar: Santa Maria Madalena. Já no Império, em 13 de outubro de 1831, em homenagem à Imperatriz Amélia, segunda esposa de Dom Pedro I, mudou-se o nome para Vila Nova da Imperatriz. Nesta mesma época, a vila, então, ganha autonomia administrativa, após desmembrar-se do município de Atalaia. Assim chamou-se até meados do Século XIX. Em 1889, recebe através de Decreto de Lei a condição de cidade e passa a chamar-se União. Essa mudança de nome se deve à união através da linha férrea entre os estados de Alagoas e Pernambuco. Contudo, o nome definitivo da cidade só veio a ser dado em 1944, quando houve o acréscimo de Palmares ao nome da cidade, em homenagem ao Quilombo dos Palmares.
Palmarinos notórios
editarReferências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Estimativa populacional 2020 IBGE». Estimativa populacional 2020. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2020. Consultado em 27 de junho de 2020
- ↑ «IDH-M dos municípios do Brasil». IBGE. IBGE Cidades e estados. 2020. Consultado em 27 de junho de 2020
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «União dos Palmares». IBGE. Consultado em 4 de março de 2016
- ↑ Embrapa Monitoramento por Satélite. «Alagoas». Consultado em 5 de março de 2016
- ↑ fonte?
- ↑ Alagoas, Saúde (2 de outubro de 2020). «Hospital regional Zona da Mata». Al.gov. Consultado em 6 de julho de 2021