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Lesbos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Lesbos (em grego: Λέσβος; romaniz.: Lésvos; em turco: Midilli Adası) é uma ilha grega localizada no nordeste do mar Egeu. É a terceira maior ilha grega e a sétima maior do Mediterrâneo.[2] Possui uma área de 1 630 km² com 320 quilômetros de litoral. Sua população é de aproximadamente 90 000 habitantes, conhecidos como "Λεσβιοι/Lesvioi", em portugues "lesbios", um terço dos quais vive em sua capital, Mitilene, no sudeste da ilha. A população restante é distribuída em pequenas cidades e aldeias. As maiores cidades são Caloni, Gera, Plomari, Ayassos, Eresos e Mólivos, a antiga Metímna. Mitilene foi fundada no século XI a.C. pela família Pentilida, que chegou da Tessália e governou até a revolta popular (590−580 a.C.) comandada por Pítaco.

Lesbos

A ilha de Lesbos mostrada na costa da península anatoliana (Turquia asiática), ao noroeste de Esmirna
39° 10' N 26° 20' E
Geografia física
País  Grécia
Localização Mar Egeu
Ponto culminante 968 m
Área 1632,819  km²
Gentílico lesbiano, lésbico[1]

Imagem de satélite de Lesbos (1995).

De acordo com autores como o historiador romano Plínio o Velho, e o geógrafo grego Estrabão, a ilha de Lesbos, já foi chamada ao longo do tempo pelos nomes de : Himerte,Pelasgia, Lasia, Étiopia, Aegira, até ser finalmente nomeada como Lesbos, em homenagem ao príncipe Lesbos da Tessalia, que movido por um oráculo, guiou um grupo de colonos tessalianos, para colonizar a ilha.[3][4]

É interessante notar que os nomes refletem a mudança de poder na ilha, pois foi chamada de Pelasgia, quando era habitada pelos pelasgos, de Macaria, quando foi governada por Macar e Lesbos quando foi colonizada por ele.

Mitologia

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Segundo a mitologia grega clássica, a ilha foi primeiro habitada por Xanto, filho de Triopas, rei dos pelasgos de Argos; Xanto havia conquistado uma parta da Lícia, e dividiu Lesbos entre seu povo.[5]

Sete gerações depois, após o dilúvio de Deucalião haver feito boa parte da humanidade perecer, a ilha encontrava-se de novo desabitada.[6] Macareu, um nativo de Olenus e filho de Crinacus, filho de Zeus, tomou posse da ilha com seu povo, em maior parte formada de jônios.[7]

Em seguida chegou Lesbos, filho de Lápites, filho de Éolo, filho de Hipotes, que se casou com Metímna, filha de Macareu, e mudou o nome da ilha para Lesbos.[8]

Outra filha de Macareu se chamava Mitilene, que deu nome à cidade de Mitilene.[9]

Geografia

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A ilha é montanhosa. Dois picos — "Lepetímnos" (967 M) e "Olimpo", de altura parecida — dominam suas seções norte e central. A origem vulcânica da ilha é manifestada em várias nascentes quentes. A ilha é verde, competentemente chamada "Ilha Esmeralda", com uma variedade de flora que camufla sua proporção. Oliveiras — onze milhões delas — cobrem 40% da ilha juntamente com árvores de outros frutos. Florestas de pinheiros e alguns carvalhos ocupam 20% e o resto é arbustos, pastos e urbano. Na parte oeste da ilha está a segunda maior floresta petrificada do mundo de sequoias.

Sua economia é essencialmente agricultural. O azeite proveniente das suas oliveiras é a principal origem de renda. O turismo em Mitilene, encorajado por seu aeroporto internacional, e as cidades costeiras de Petra, Plomari, Mólivos e Eresos contribuem substancialmente para a economia da ilha. A pesca e a manufatura de sabonete e ouzo — o licor nacional grego — são as origens restantes de renda.

Unidade regional

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Lesbos é uma unidade regional da Grécia, localizada na região do Egeu Setentrional. Foi criada a partir da reforma administrativa instituída pelo Plano Calícrates de 2011, a partir da divisão da antiga prefeitura de Lesbos. É subdividida em apenas 1 município,[10] de mesmo nome, criado a partir da fusão de 13 antigos municípios na ilha, entre eles Mitilene, Metímna e Polichnitos.

Turismo LGBT

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Um significado da palavra Lésbica deriva dos poemas de Safo, que nasceu em Lesbos e escreveu poemas de cunho emocional direcionado para outras mulheres. Devido a essa associação, Lesbos e em especial a cidade de Eresos, é frequentemente visitada por turistas LGBT.[11] Em 2008, um grupo da população de Lesbos solicitou o banimento judicial do termo "lésbica" para designar mulheres homossexuais, com a justificativa de que seus direitos humanos estariam sendo "insultados" e envergonhados ao redor do mundo.[12] O grupo de três residentes apelou à justiça, mas perdeu o processo judicial contra a comunidade LGBT da Grécia, tendo que arcar com as despesas judiciais de €230.[13]

Ver também

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Referências

  1. «Dicionário de Gentílicos e Topónimos». www.portaldalinguaportuguesa.org. Consultado em 14 de fevereiro de 2024 
  2. «Holydays in Lesbos». Consultado em 26 de agosto de 2011. Arquivado do original em 2 de outubro de 2011 
  3. Smith, William (1854). Dictionary of Greek and Roman Geography: Abacaenum-Hytanis. 1854. v. 2 Iabadius-Zymethus. 1857 (em inglês). [S.l.]: Walton & Maberly 
  4. «Pliny the Elder, The Natural History, BOOK V. AN ACCOUNT OF COUNTRIES, NATIONS, SEAS, TOWNS, HAVENS, MOUNTAINS, RIVERS, DISTANCES, AND PEOPLES WHO NOW EXIST OR FORMERLY EXISTED., CHAP. 39.—LESBOS.». www.perseus.tufts.edu. Consultado em 10 de janeiro de 2023 
  5. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro V, 81.2
  6. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro V, 81.3
  7. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro V, 81.4
  8. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro V, 81.6
  9. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro V, 81.7
  10. Lei da Reforma Calícrates (em grego) PDF
  11. Carolyn, Bain; Clark, Michael; Hannigan, Des (2004). Greece. [S.l.]: Lonely Planet. pp. 568–570. ISBN 1-74059-470-3 
  12. Lesbos islanders dispute gay name
  13. Lesbos locals lose lesbian appeal