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João Moreira Salles – Wikipédia, a enciclopédia livre

João Moreira Salles

diretor de cinema brasileiro

João Moreira Salles (Rio de Janeiro, 27 de março de 1962) é um documentarista, produtor de cinema brasileiro e fundador da revista piauí.

João Moreira Salles
Nome completo João Moreira Salles
Conhecido(a) por Fundar a Revista Piauí
Nascimento 27 de março de 1962 (62 anos)
Rio de Janeiro, DF
Nacionalidade brasileiro
Fortuna Baixa US$ 3,1 bilhões (2019)
Parentesco Pedro Moreira Salles (irmão)
Walter Salles (irmão)
Fernando Moreira Salles (meio-irmão)
Ocupação diretor, produtor, roteirista, documentarista

Biografia

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É filho do embaixador Walther Moreira Salles e irmão do cineasta Walter Salles.

Em 2006 criou a revista piauí, segundo ele, "para contar boas histórias com humor".[1]

Em 2017, junto com sua esposa Branca Moreira Salles, João doou R$ 350 milhões para o primeiro instituto privado dedicado ao fomento de pesquisa e divulgação científica do Brasil, nomeado por ele mesmo de Serrapilheira.[2][3]

Carreira

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Seu primeiro trabalho, em 1985, foi o roteiro para a série "Japão, uma Viagem no Tempo", exibida na extinta TV Manchete.[4]

Em 1987, os dois irmãos fundaram a produtora Videofilmes, com o propósito inicial de realizar documentários para a televisão, mas que acabou sendo a produtora de importantes filmes da chamada retomada do cinema brasileiro.[5] Ainda em 1987, João dirigiu "China, o Império do Centro" e fez o roteiro do documentário "Krajcberg, o Poeta dos Vestígios", pelo qual recebeu prêmios na Itália, em Cuba e no Brasil. Também recebeu um prêmio em Paris por um especial co-produzido e veiculado pela rede Manchete, “Blues” (1990).[4]

Entre 1991 e 1996, trabalhou em publicidade. Em 1998, lançou a série de programas "Futebol", codirigida por Arthur Fontes. No ano seguinte, com Kátia Lund, dirigiu "Notícias de uma Guerra Particular", um documentário sobre a população, a polícia e o tráfico de drogas no Rio de Janeiro.

Entre maio de 1999 e maio de 2000, João coordenou um grupo formado pelos jornalistas Dorrit Harazim, Flávio Pinheiro, Marcos Sá Corrêa e Zuenir Ventura e os documentaristas Arthur Fontes e Izabel Jaguaribe e trabalharam numa série de documentários mesclando a experimentação artística do cinema ao trabalho jornalístico de investigação. Com o propósito de exibir um ponto de vista que aparece pouco sobre o país, estreou em agosto de 2000, no canal de TV por assinatura GNT, da rede Globosat, a série de documentários intitulada “6 Histórias Brasileiras”. Dois episódios da série foram dirigidos por João.[6]

Na Videofilmes produziu "Lavoura Arcaica", de Luiz Fernando Carvalho, "Madame Satã", de Karim Ainouz, "Babilônia" e "Edifício Máster", de Eduardo Coutinho, entre tantos outros filmes.

Em 2002, João lançou o documentário "Nelson Freire", sobre a carreira do pianista brasileiro. Durante a campanha presidencial, em 2002, João filmou os bastidores da campanha política do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, criando o documentário "Entreatos", lançado em 2004. Em 2007 lançou "Santiago", um documentário sobre um antigo mordomo de sua própria família.

Filmografia

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Como diretor de longas[7]
Como diretor de curtas e projetos para TV[7]
  • 1987 - China - O Império do Centro (para TV)
  • 1989 - América (série) (para TV)
  • 1990 - Blues (para TV)
  • 1990 - Poesia é uma ou duas linhas e por trás uma imensa paisagem (curta-metragem)
  • 1998 - Futebol (para TV; codirigido com Arthur Fontes)
  • 2000 - O Vale, episódio de 6 Histórias Brasileiras (para TV; codirigido com Marcos Sá Corrêa)
  • 2000 - Santa Cruz, episódio de 6 Histórias Brasileiras (para TV; codirigido com Marcos Sá Corrêa)
Como produtor[7]

Premiações

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  • Menção especial no Festival de Málaga com "Notícias de uma guerra particular" (1999)
  • Melhor documentário no Festival de Havana com Entreatos (2002)
  • Melhor documentário no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro com Nelson Freire (2003)
  • Melhor documentário no Cinéma du Réel e no Miami Film Festival com Santiago (2007)
  • Melhor documentário no Cinéma du Réel com No intenso agora (2017)

Ver também

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Referências

  1. http://www.faroisdocinema.com.br/2013/03/farois-joao-moreira-salles/ Arquivado em 28 de fevereiro de 2014, no Wayback Machine. Faróis do Cinema
  2. «Moreira Salles cria instituto e investe R$ 350 milhões para pesquisa e divulgação científica». G1. 23 de março de 2017. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  3. «Primeira instituição privada de apoio à ciência no Brasil sonha em frear 'fuga de cérebros'». Folha de S.Paulo. 23 de março de 2022. Consultado em 26 de setembro de 2023 
  4. a b «João Moreira Salles». educacao.uol.com.br. Consultado em 17 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 1 de março de 2014 
  5. http://www.filmeb.com.br/quemequem/html/QEQ_profissional.php?get_cd_profissional=PE245 Arquivado em 28 de fevereiro de 2014, no Wayback Machine. Quem é quem
  6. http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R0410-1.pdf Uma História Brasileira: João Moreira Salles e o Popular, por Dafne Reis Pedroso da Silva, Universidade Federal de Santa Maria
  7. a b c «Quem é quem: João Moreira Salles». Filme B. Consultado em 24 de maio de 2020 

Ligações externas

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