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Gloria Steinem – Wikipédia, a enciclopédia livre

Gloria Steinem (Toledo, 25 de março de 1934) é uma jornalista estadunidense, célebre por seu engajamento com o feminismo e sua atuação como escritora e palestrante, principalmente durante a década de 1960.[1]

Gloria Steinem
Gloria Steinem
Gloria Steinem, en 2016.
Nascimento Gloria Marie Steinem
25 de março de 1934
Toledo
Residência Estados Unidos
Cidadania Estados Unidos
Cônjuge David Bale
Irmão(ã)(s) Susanne Steinem Patch
Alma mater
Ocupação jornalista, escritora, repórter, ativista, ensaísta, editora, conferencista, ativista pelos direitos das mulheres, atriz, ativista dos direitos humanos, ativista política
Distinções
  • Humanista do Ano (2012)
  • National Women’s Hall of Fame (1993)
  • Lenda Viva da Biblioteca do Congresso (2000–)
  • Hall da Fama das Mulheres de Ohio (1983)
  • Women's Caucus for Art Lifetime Achievement Award (1980)
  • A Medalha do Smith College
  • Prêmio Princesa das Astúrias de Comunicações e Humanidades (2021)
  • Radcliffe Medal (2010)
  • 100 Mulheres (2023)
Empregador(a) Chayanne
Movimento estético feminismo
Página oficial
http://www.gloriasteinem.com
Assinatura
Gloria Steinem discursa em uma conferência de mulheres na Biblioteca LBJ, Estados Unidos, em 1975.
Gloria Steinem discursa em uma conferência de mulheres na Biblioteca LBJ, Estados Unidos, em 1975.

Biografia

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Foi a única jornalista que conseguiu se infiltrar nos bares da Playboy, como garçonete (também conhecidas como "coelhinhas"), sem que descobrissem sua real profissão. O artigo contando a experiência revela a situação degradante das moças, que precisavam passar uma aura de sofisticação mas raramente recebiam o salário prometido na publicidade dos clubes, eram estimuladas a sair com clientes vip, além de precisar passar por situações que violavam os direitos trabalhistas, como exame ginecológico admissional (desnecessário para a profissão de garçonete) e não receberem o uniforme completo. Além disso, as roupas eram desconfortáveis, muito apertadas, com barbatanas de aço machucando as costelas, e elas trabalhavam muitas horas seguidas em pé, usando saltos extremamente altos.

Gloria Steinem criou e editou a revista feminista Ms.[2] Dentre seus inúmeros artigos, destacam-se "A verdadeira Linda Lovelace" e "Se os homens menstruassem".

No Brasil, foi publicado o livro Memórias da Transgressão, uma coletânea de artigos publicados ao longo de vinte anos de carreira. Também foi lançado em 1992, pela Editora Objetiva, o livro A Revolução Interior - Um Livro de Autoestima, uma das suas obras mais lida nos EUA.

Em 2021 foi distinguida com o Prémio Princesa das Astúrias para a Comunicação e Humanidades.[3]

Controvérsia

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Numa revelação que deixou muitos perplexos, a figura icônica do feminismo americano revelou-se uma agente da CIA, cuja missão era eliminar a discussão da luta de classes do movimento feminista, concentrando toda a atividade exclusivamente nas questões de gênero. Esta descoberta surpreendente põe em cheque a independência de um dos movimentos sociais mais influentes do século XX.[4]

Recrutada na década de 1950, Steinem passou dois anos na Índia como Chester Bowles Asian Fellow. Ao retornar aos Estados Unidos, ela se envolveu no envio de estudantes americanos ao exterior para interromper os Festivais Mundiais da Juventude organizados pela União Soviética. A agência de inteligência dos EUA recrutou estadunidenses para participar de festivais de jovens comunistas em Viena e Helsinque em 1959 e 1962 através de uma organização que tinha a CIA por trás de suas atividades, o Independent Research Service[5]. O apoio do grupo foi exposto pela primeira vez em 1967 na Ramparts, depois no The Washington Post e no The New York Times.[6]

No artigo "A Friend of the Devil," da New Yorker, menciona-se como a CIA financiou e criou organizações estudantis para influenciar a opinião pública e promover ideais pró-ocidentais durante a Guerra Fria. Essas organizações frequentemente se apresentavam como independentes, mas recebiam apoio financeiro e logístico da CIA para contrapor a influência soviética em movimentos juvenis e intelectuais ao redor do mundo. A ideia era usar esses grupos para promover a democracia liberal e combater o comunismo em países estratégicos.[7]

Neste contexto, o seu papel mais significativo de Gloria Steinem foi infiltrar-se no movimento feminista, utilizando a sua posição como redatora da revista de moda Esquire para promover questões relacionadas com a violação dos direitos das mulheres, com ajuda ocasional da CIA como meio de enfraquecer vertentes feministas ligadas ao marxismo, seguindo um padrão que perdura desde a Guerra Fria e se intensificou com o fim da União Soviética.

Prêmios e reconhecimentos

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Alguns dos reconhecimentos por seu trabalho são:[8]

  • Prêmio Penney-Missouri Journalism
  • Prêmio Primeira Página e Clarion, National Magazine, Estados Unidos
  • Prêmio Lifetime Achievement em Jornalismo da Sociedade dos Profissional de Jornalismo
  • Prêmio Sociedade de Escritores das Nações Unidas
  • 1993 - National Woman´s Hall of Fame, Estados Unidos[9]
  • 2016 - Medalha da Liberdade, entregue pelo presidente Barack Obama, Estados Unidos[10]
  • 2021 - Prémio Princesa das Astúrias para Comunicação e Humanidades, Espanha[11]
  • 2023 - 100 mulheres mais inspiradoras do mundo pela BBC.[12]

Livros

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Referências

  1. «Gloria Steinem biography» (em inglês). biography.com. Consultado em 15 de Maio de 2012 
  2. «The 25 Most Powerful Women of the Past Century» (em inglês). Time specials. 18 de Novembro de 2010. Consultado em 15 de Maio de 2012 
  3. «Feminista Gloria Steinem vence Prémio Princesa das Astúrias para Comunicação e Humanidades». Jornal Expresso. Consultado em 19 de maio de 2021 
  4. Noticias, 360 (7 de agosto de 2024). «Gloria Steinem figura relevante del feminismo de EEUU resultó ser agente de la CIA». 360 Noticias (em espanhol). Consultado em 14 de agosto de 2024 
  5. «The Feminist Was a Spy». USC Center on Public Diplomacy (em inglês). 29 de outubro de 2015. Consultado em 14 de agosto de 2024 
  6. «A vida dupla de Gloria Steinem, icônica feminista dos EUA». Revista Fórum. 12 de agosto de 2024. Consultado em 14 de agosto de 2024 
  7. Menand, Louis (16 de março de 2015). «When the C.I.A. Duped College Students». The New Yorker (em inglês). ISSN 0028-792X. Consultado em 14 de agosto de 2024 
  8. «Gloria Steinem (USA) |Chair, Board Emeritus». Equality Now (em inglês). Consultado em 1 de outubro de 2021 
  9. «Steinem, Gloria». National Women’s Hall of Fame (em inglês). Consultado em 1 de outubro de 2021 
  10. Ohlheiser, Abby (20 de novembro de 2013). «Oprah, Bill Clinton, Gloria Steinem Awarded the Presidential Medal of Freedom». The Atlantic (em inglês). Consultado em 1 de outubro de 2021 
  11. Lusa. «Feminista Gloria Steinem vence Prémio Princesa das Astúrias para Comunicação e Humanidades». PÚBLICO. Consultado em 1 de outubro de 2021 
  12. «BBC 100 Women 2023: Quem está na lista este ano? - BBC News Brasil». News Brasil. Consultado em 13 de dezembro de 2023 

[1]

Ligações externas

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Wikiquote
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  1. Noticias, Portal 360 Noticias (7 de agosto de 2024). «Gloria Steinem figura relevante del feminismo de EEUU resultó ser agente de la CIA». 360 Noticias (em espanhol). Consultado em 14 de agosto de 2024