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Durindana – Wikipédia, a enciclopédia livre

Durindana, referida em língua francesa como Durandal, em língua inglesa como Durendal ou Durandal, em língua italiana como Durlindana, em língua castelhana como Durandal ou Durandarte, e ainda como Duranda ou Durindart, é uma espada mitológica. A sua virtude era ser inquebrável, e possivelmente o seu nome deriva do verbo francês "durer" ("durar").

A morte de Rolando: a seu lado, a Durindana e o Olifante.
Lago de Carucedo, Espanha.
A Brecha de Rolando, nos Pirenéus.
Alegado fragmento da Durindana em Rocamadour, na França.

Literatura

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Como descrito em várias obras da chamada Matéria de França, Durindana é a espada do conde Rolando (em italiano, Orlando), recebida de Carlos Magno quando de sua investidura como cavaleiro, aos dezessete anos de idade. De acordo com o poema Orlando Furioso de Ludovico Ariosto, ela pertencera outrora a Heitor de Troia, e tinha sido dada a Rolando por Malagigi (Maugris).

No poema épico A Canção de Rolando, afirma-se que a espada contém, em seu punho de ouro, um dente de São Pedro, sangue de São Basílio, um fio de cabelo de São Denis e um fio da capa da Virgem Maria. No poema, ao perder o seu cavalo, Vigilante ("Veillantif"), e perceber que está ferido de morte numa emboscada dos sarracenos[1], Rolando tenta destruir a espada para impedir que ela seja capturada. Como a espada prova-se indestrutível, Rolando esconde-a então sob seu corpo, junto com o olifante, o instrumento usado para alertar Carlos Magno.

Também existe um personagem da literatura castelhana que personifica a espada. O personagem, chamado Durandarte, está presente nos poemas do "Romancero Viejo" e é famoso por sua relação com Belerma.

Lendas

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Existem várias tradições do folclore ligadas ao episódio. Nos Pireneus, na fronteira entre a Espanha e a França há um enorme estreito chamado "Brecha de Rolando" (La Brèche de Roland) que, segundo a lenda, foi aberto por Rolando ao golpear a montanha com a Durindana. Outras lendas pretendem que, ao não conseguir quebrar a espada nas rochas, Rolando acabou por jogá-la no fundo de um rio envenenado. O nome do rio de la Espada, perto de Toledo, recorda essa passagem. Em El Bierzo existe a lenda de que a espada de Rolando encontra-se no fundo do lago de Carucedo, próximo às minas romanas de Las Médulas[2]. Na França, pretende-se que a espada ainda existe, cravada num rochedo em Rocamadour, na Occitânia. Na Dinamarca, conta-se que uma inscrição na espada do herói lendário Holger Danske dizia: "O meu nome é Cortana, do mesmo aço e têmpera de Joiosa[3] e Durindana".

Notas

  1. Veja-se a Batalha de Roncesvalles, a 15 de agosto de 788, e o manuscrito "Canção de Roncesvalles'".
  2. Lago de Carucedo
  3. "Joyeuse" (em língua portuguesa "alegre", "festiva" cf. UOL Michaelis. Consultado em 8 Out. 2009) era a espada de Carlos Magno.

Ver também

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