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Caverna da Pedra Pintada – Wikipédia, a enciclopédia livre

Caverna da Pedra Pintada

Caverna da Pedra Pintada
Geografia
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Funcionamento
Estatuto
Mapa

Caverna da Pedra Pintada é um sítio arqueológico brasileiro localizado no município de Monte Alegre (Pará), sendo conhecido mundialmente pela presença de pinturas rupestres com mais de 11,2 mil anos, retratando plantas, animais e até as cenas de um parto.[1][2]

Estudos

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As pinturas da Caverna da Pedra Pintada são de grande importância arqueológica e antropológica, pois fornecem insights sobre a vida e a cultura dos povos que viveram na área no passado. Elas retratam por exemplo, animais, figuras humanas, cenas cotidianas e símbolos, proporcionando um vislumbre das atividades e crenças dessas antigas comunidades.[1]O sítio arqueológico foi documentado por vários viajantes e naturalistas. A arte rupestre vem sendo estudada pela arqueóloga Edithe Pereira do Museu Goeldi desde os anos 1980. Entre 1990 e 1992 a caverna foi objeto de estudos da arqueóloga Anna Curtenius Roosevelt, incluindo a datação por radiocarbono das pinturas, ficando registrado a presença humana no local dos povos mais antigos que habitaram a região, provavelmente no final do Pleistoceno e início do Holoceno[3] e classificaram as pinturas em dois estilos, Parime (abstrato) e Surumu (naturalista), enquanto as gravuras rupestres foram consideradas semelhantes às do já caracterizou o estilo Aishalton das Antilhas e do norte da América do Sul.[4]

Datações realizadas em 1996 revelaram que a ocupação humana neste sítio se deu desde 11 200 anos AP e que se estendeu, de forma descontínua, até 430 anos AP, quando ocorreu contato com os europeus,[5] corroboradas por escavação realizada em 2014, que ainda dataram lascas.[6] A equipe do Museu Goeldi e da UFOPA, responsável pela escavação de 2014, sugere que novas tecnologias de documentação das pinturas rupestres[7] possibilitarão encontrar novos elementos que possam ajudar na identificação de figuras e de traços com maior antiguidade.[6]

Visitação

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A visitação é pemitida e pode ser controlada para garantir a conservação das pinturas e do ambiente.[4] É necessário seguir as regulamentações locais e, em alguns casos, é necessário o acompanhamento de guias especializados para visitar o local.[5]

Referências

  1. a b Portal São Francisco. «Pintura Rupestre». Consultado em 14 de março de 2013 
  2. The New York Times. «SCIENTIST AT WORK: Anna C. Roosevelt;Sharp and To the Point In Amazonia» (em inglês). Consultado em 14 de março de 2013 
  3. Monte Alegre - PA. «Cavernas». Consultado em 14 de março de 2013 
  4. a b Pereira, Edithe. (2004). Arte rupestre na Amazônia : Pará 1a. ed. Belém, Pará: Museu Paraense Emílio Goeldi. OCLC 55993269 
  5. a b Roosevelt, A. C.; Lima da Costa, M.; Lopes Machado, C.; Michab, M.; Mercier, N.; Valladas, H.; Feathers, J.; Barnett, W.; Imazio da Silveira, M. (19 de abril de 1996). «Paleoindian Cave Dwellers in the Amazon: The Peopling of the Americas». Science (em inglês) (5260): 373–384. ISSN 0036-8075. doi:10.1126/science.272.5260.373. Consultado em 11 de janeiro de 2021 
  6. a b Pereira, Edithe da Silva; Moraes, Claide de Paula; Pereira, Edithe da Silva; Moraes, Claide de Paula (agosto de 2019). «A cronologia das pinturas rupestres da Caverna da Pedra Pintada, Monte Alegre, Pará: revisão histórica e novos dados». Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas. 14 (2): 327–342. ISSN 2178-2547. doi:10.1590/1981.81222019000200005. Consultado em 11 de janeiro de 2021 
  7. Pereira, Edithe; Rubio, Trinidad Martinez i; Barbosa, Carlos Augusto Palheta (dezembro de 2013). «Documentação digital da arte rupestre: apresentação e avaliação do método em dois sítios de Monte Alegre, Amazônia, Brasil». Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas (3): 585–603. ISSN 1981-8122. doi:10.1590/S1981-81222013000300007. Consultado em 11 de janeiro de 2021 
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