Academia Cearense de Letras
Logomarca. Além da logomarca atual a ACL também tem um emblema oficial em formato de jangada que nasceu com a criação da instituição. | |
Palácio da Luz, atual sede da Academia Cearense de Letras.
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Lema | "Forti Nihil Difficile - Para o determinado, nada é difícil" |
Tipo | Associação literária |
Fundação | 15 de agosto de 1894 (130 anos) |
Sede | Fortaleza Ceará e tem como sede postal o Palácio da Luz |
Membros | Cf. Index Academicorum [1] |
Línguas oficiais | Português |
Presidente | Ubiratan Aguiar |
Sítio oficial | academiacearensedeletras.org.br |
A Academia Cearense de Letras (ACL) é a entidade literária máxima do estado do Ceará. A ACL é a mais antiga das Academias de Letras existentes no Brasil, fundada em 15 de agosto de 1894, três anos antes da Academia Brasileira de Letras.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A história da ACL é dividida em três partes. A primeira tem início em 15 de agosto de 1894 quando foi fundada, e vai até 17 de julho de 1922, quando Justiniano de Serpa lhe promoveu a reconstituição. Esse primeiro período foi áureo para as letras cearenses, quando a inquietação de intelectuais já havia motivado a criação da Padaria espiritual, dois anos antes de sua fundação. O Ceará ocupava então importante papel dentro do movimento literário nacional, tendo se antecipado inclusive à criação da Academia Brasileira de Letras, fundada três anos depois da ACL, e à Semana de 22.
Foi fundada como Academia Cearense e a primeira revista foi publicada em 1896, com periodicidade anual até 1914. Seu primeiro presidente foi Tomás Pompeu de Sousa Brasil (II). Iniciou as atividades com 27 membros.
A segunda fase tem início em 1922, quando Justiniano de Serpa, diante da situação em que se encontrava a instituição com somente oito membros ainda residentes em Fortaleza,[3] reorganiza-a sob a nova denominação de "Academia Cearense de Letras". Neste novo formato, foram ampliadas as vagas, passando então para as atuais 40 cadeiras. Foi deste mesmo período a denominação dos patronos. No ano seguinte ao de sua reformulação, a morte de Justiniano de Serpa em 1 de agosto de 1923 fez a instituição ficar na penumbra até 1930.[4]
Em 21 de maio de 1930 foi instalada a reunião de reorganização da instituição, agora em definitivo até os nossos dias, na casa de Tomás Pompeu. Desde então sua revista passou a ser publicada ininterruptamente.[5]
Um fato especial traz novos ares à Academia: sua instalação no Palácio da Luz, em 1989, quando, depois de funcionar de 1978 a 1986 no Palácio Senador Alencar, que fora sede da Assembleia Legislativa e hoje abriga o Museu do Ceará, e em salas do Edifício Progresso, a Academia conhece sua sede definitiva. Anteriormente, a instituição peregrinara por diferentes salões: “As sessões ordinárias realizaram-se, a princípio, no salão de honra da Fênix Caixeiral, depois, no do Clube Euterpe, no Instituto do Ceará [...], casa de residência de Walter Pompeu, Clube Iracema, Instituto Epitácio Pessoa, casa de residência de Dolor Barreira e Casa de Tomás Pompeu.” Essa edificação trata-se a antiga sede do Governo do Ceará, um importante prédio que faz parte do conjunto arquitetônico da Praça dos Leões em Fortaleza.[6]
Publicação
[editar | editar código-fonte]Desde 1896 edita e publica a Revista da Academia Cearense de Letras.[7][8]
Condecorações
[editar | editar código-fonte]Atualmente, a academia concede:[9]
- Prêmio Osmundo Pontes (categorias: poesia e conto).
- Prêmio Antônio Martins Filho (para jovens poetas).
- Prêmio Fran Martins (para jovens escritores).
- Prêmio Edilson Brasil Soárez.
- Medalha Barão de Studart.
- Medalha Thomaz Pompeu.
Centro de Cultura
[editar | editar código-fonte]A Academia Cearense de Letras está se transformando num grande centro de cultura e pesquisa, abrigando entidades que não possuem sede própria, tais como: Academia Fortalezense de Letras, Academia Cearense de Retórica, Academia Cearense da Língua Portuguesa, Associação Brasileira de Bibliófilos, Sociedade Amigos do Livro (com a “Biblioteca Olga Barroso”, que reúne importante acervo com cerca de 4.000 títulos, boa parte da coleção do Governador Parsifal Barroso), União Brasileira dos Trovadores (seção Ceará), Sociedade Cearense de Geografia e História, Associação de Jornalistas Escritores do Brasil (secção Ceará), Academia Feminina de Letras, Academia de Letras e Artes do Ceará, Academia Ipuense de Letras e o Programa Terça-Feira em Prosa e Verso.[10][11][12]
Patronos
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Membros atuais
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Presidentes
[editar | editar código-fonte]Lista:[13]
Nº | NOME | MANDATO | |
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1º | Tomás Pompeu de Sousa Brasil (II) | 1894 - 1929 | |
2º | Antonio Ferreira Sales | 1930 - 1937 | |
3º | Thomaz Pompeu Sobrinho | 1937 - 1951 | |
4º | Dolor Uchôa Barreira | 1952 - 1954 | |
5º | Mário Rômulo Linhares | 1955 - 1956 | |
6º | Raimundo Girão | 1957 - 1958 | |
7º | Manoel Antonio de Andrade Furtado | 1959 - 1960 | |
8º | Raimundo Renato de Almeida Braga | 1961 - 1962 | |
9º | Antônio Martins Filho | 1963 - 1964 | |
10º | Manuel Eduardo Pinheiro Campos | 1965 - 1974 | |
11º | Cláudio Martins | 1975 - 1992 | |
12º | Artur Eduardo Benevides | 1993 - 2004 | |
13º | José Murilo de Carvalho Martins | 2005 - 2008 | |
14º | Pedro Henrique Saraiva Leão | 2009 - 2012 | |
15º | José Augusto Bezerra | 2013 - 2016 | |
16º | Ubiratan Diniz de Aguiar | 2017 - 2018 | |
17º | Angela Maria Rossas Mota de Gutiérrez | 2019 - |
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Lista de academias de letras no Brasil
- Lista de museus e instituições culturais de Fortaleza
- Academia Brasileira de Letras
- Padaria espiritual
Notas
- ↑ vaga com a morte de Genuíno Sales
- ↑ Vaga com a morte de Francisco Ernando Uchôa Lima
Referências
- ↑ «Academia Cearense de Letras - site oficial». www.ceara.pro.br. Consultado em 22 de setembro de 2018
- ↑ Lei estadual do Ceará 393 de 1897
- ↑ Dos 28, os 27 fundadores mais Rodrigues de Carvalho, ou tinham morrido ou estavam fora do Ceará.
- ↑ «Academia Cearense de Letras». www.fortalezanobre.com.br. Consultado em 22 de setembro de 2018
- ↑ «Academia Cearense de Letras». Coisa de Cearense. 10 de setembro de 2010
- ↑ Gutiérrez, Angela Maria Rossas Mota de (28 de agosto de 2014). «Os 120 anos da Academia Cearense de Letras» (PDF). institutodoceara.org.br/. Consultado em 22 de setembro de 2018
- ↑ Revista da Academia Cearense de Letras. Edição de 1973.
- ↑ LINHARES, Mário. História literária do Ceará. Rio de Janeiro, Jornal do Commercio, 1948.
- ↑ «Academia Cearense de Letras» (PDF). academiacearensedeletras.org.br. Consultado em 6 de outubro de 2018
- ↑ www.indexdigital.com.br, Index Comunicação Digital /. «Academia Cearense De Letras | Fundação Beto Studart». www.fundacaobetostudart.org.br. Consultado em 22 de setembro de 2018
- ↑ Ceará, Mapa Cultural do (26 de março de 2015). «Palácio da Luz (Academia Cearense de Letras) - Mapa Cultural do Ceará». Mapa Cultural do Ceará
- ↑ Academia Cearense de Letras completa 120 anos de existência - G1 Ceará - Bom Dia Ceará - Catálogo de Vídeos, consultado em 22 de setembro de 2018
- ↑ «Academia Cearense de Letras». www.academiacearensedeletras.org.br. Consultado em 23 de agosto de 2018
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- AZEVEDO, Sânzio (Org.) - Antologia da Academia Cearense de Letras - Edição do Centenário. Fortaleza: Academia Cearense de Letras, 1994.
- AZEVEDO, Sânzio - Literatura Cearense. Fortaleza: Academia Cearense de Letras, 1976.
- BARREIRA, Dolor - História do Ceará: História da Literatura Cearense (1º Tomo). Fortaleza: Edições do "Instituto do Ceará", 1948.